“Bravo, Gaal Dornick”
Estou
duplamente surpreso… E ESTOU ADORANDO ISSO. “Foundation”
entrega mais um excelente episódio que conta duas histórias paralelas com boas
possibilidades para o futuro – embora eu esteja muito mais empolgado e curioso
com uma delas do que com a outra. “Upon
Awakening” nos leva de volta ao passado de Gaal, em uma introdução
visualmente bonita, mas, ao mesmo tempo, desesperadora,
que se passa em Synax e mostra como Gaal se tornou a pessoa que conhecemos no
início de “Foundation”: aquela jovem
que vinha de um planeta extremamente religioso e com “aversão” à ciência, mas
que tinha sido capaz de desvendar um complexo problema matemático proposto por
Hari Seldon, um professor de Trantor. Mesmo com tanta coisa que já conhecíamos, foi muito bom acompanhar
esse “despertar” de Gaal Dornick.
Particularmente,
acho Synax um planeta assustador – um lugar onde a religião domina e a ciência
é completamente ignorada é extremamente perigoso. É assombroso ver o tamanho da
ignorância de um povo que se recusa a aceitar a ciência que pode salvar vidas enquanto esperam apenas por
intervenção divina, e todo mundo que pensa
diferente é executado de maneira brutal ao serem jogados no mar com seus
livros. É o caso do Dr. Sorn, mas ele deixa um legado que é uma semente que ele
planta na mente de Gaal, e que a faz buscar conhecimento, se inscrever em uma
competição matemática e perceber que grandes problemas de Synax, como a alta da
maré, podem ser resolvidos com um pouco de conhecimento – que todos se recusam
a escutar. Então, conhecemos a história: ela resolve a Conjectura de Abraxas, é
elogiada por Hari Seldon e convidada a ir a Trantor.
O episódio
continua, então, do que eu vou chamar de “segundo despertar” de Gaal, que
acontece depois de tudo o que acompanhamos na nave a caminho de Terminus, há
mais de 30 anos. Quando Gaal acorda sozinha
em uma nave desconhecida e sem saber para onde está indo, ela descobre que
esteve “dormindo” por mais de 34 anos – o que quer dizer que sua linha temporal
agora se alinha à de Terminus. Temos toda uma sequência bacana de Gaal na nave,
tentando descobrir onde estava, para onde ia, se a colônia chegou em Terminus
para dar início à Fundação. É uma sequência muito boa protagonizada por Gaal,
na qual ela descobre o que aconteceu a Hari, assiste à execução de Raych e
descobre, finalmente, para onde está indo: Helicon,
o planeta natal de Hari Seldon. O que ela não sabe é como pode chegar lá
tendo sido acusada de ser cúmplice em sua morte.
As coisas mudam drasticamente quando
percebemos que talvez Hari Seldon não esteja morto!
Infelizmente,
com toda a parte interessantíssima de Gaal Dornick e aquele final chocante com
o sangue de Hari Seldon aparecendo e sumindo da nave, foi bem menos interessante acompanhar a história
em Terminus, onde Salvor Hardin está tentando fazer com que as pessoas a
escutem, mas todos parecem estupidamente fazer exatamente o que Phara quer que eles façam… os anacreonianos tinham
um plano elaborado para chamar a atenção do Império e encontrar uma maneira de
recomeçar longe, e eles planejam ainda um
pouco de vingança, e tudo está saindo exatamente como Phara planejara. A
cena mais interessante dessa história foi Salvor enfrentando Phara enquanto ela
ameaçava a vida de sua mãe, o fazendo com uma frieza e uma inteligência
inigualáveis, mas a Fundação parece ter chegado a um momento bastante
complicado de sua história.
Será que o
Cofre pode ajudar?
Ou será que
Hari e Gaal precisarão ir a Terminus?
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