Cuidado com o Anjo – Marichuy fica cega

Um caso do destino.

Acho que a Estefanía, embora no fundo quase tudo o que faça seja a mando de Isabella e pouco ela pense sozinha, é a verdadeira vilã de “Cuidado com o Anjo”, e estou cada vez mais convencido disso. Viviana foi uma completa inútil, uma personagem vergonhosa na história de “vilãs de telenovelas”. Ivette é uma personagem confusa, com pouco carisma, que não consegue realmente subir ao cargo de “vilã”, embora mereça o seu mérito por ser quem finalmente tirou Viviana do caminho e nos privou daquela chatice toda. Mas Estefanía… bem, foi ela quem ficou mais próxima de se casar com o Juan Miguel, foi ela quem roubou o lugar de Marichuy na casa dos Velarde, e também foi ela quem arquitetou o plano mais maquiavélico de “Cuidado com o Anjo”, enquanto Marichuy atuava como Alejandra Robles, fazendo-a ser baleada! E as consequências disso na reta final da novela são IMPORTANTES!

Uma das maiores tramas do fim da novela é que MARICHUY FICA CEGA, adicionada quando a novela foi estendida pelo seu sucesso. Tudo isso começa quando Marichuy está ensaiando um novo espetáculo, e Estefanía visita o estúdio, certificando-se de qual é a arma que será usada para o ensaio da cena, e então colocando balas de verdade na arma. Depois de fazê-lo, Estefanía consegue com Patrício um dinheirão para que possa ir para longe e não estar na cidade no dia do “acidente”, para estar livre de suspeitas. Assim, no dia do ensaio, quando Marichuy está ensaiando a cena com seu parceiro, O CARA DÁ TRÊS TIROS NELA DE VERDADE! Bem, eu ainda não entendo como a mesma novela que mata Viviana com uma faquinha ridícula em 30 segundos (e sem sangue), deixa alguém viver depois de levar três tiros… mas sei lá, Marichuy é a protagonista. Acho que isso a torna meio “imune”.

De todo modo, claro que estou FELIZ que ela tenha vivido.

Mas Marichuy não está bem. É bem trágico como ela é levada ao hospital pela ambulância, passa por cirurgias, e os médicos não têm muita esperança de que ela vá ficar bem. E várias cenas tristes resultam desse acidente, como o sofrimento de Juan Miguel ao pé da cama e, também, Patrício vindo ao hospital visitá-la, preocupado, tocando sua mão carinhosamente e perguntando se “sua filha” vai ficar bem. Frente à possibilidade de perdê-la, ele deixa de ser teimoso e admite que gosta de Marichuy, e a aceita como filha. Ela, por sua vez, está convicta de que vai morrer e, no que acredita ser seu leito de morte, beija o filho e o deixa aos cuidados de Cecília, e é ironicamente engraçado como, à beira da morte, Marichuy faz aquilo que disse que nunca faria, e exatamente o que Cecília fez no passado e pelo qual ela a julgava: abrir mão do filho para que ele esteja em segurança.

Como sempre digo: destino, né?

Após passar por mais uma cirurgia, o médico diz que as chances de sobrevivência de Marichuy são grandes. Quando ela acorda, no entanto, com as pessoas ao seu redor, esperando ansiosamente por ela, ela pergunta do filho, que está no colo de Cecília, arrumado todo bonitinho por Cande para que ela pudesse vê-lo, mas ela diz, desesperada, que não pode vê-lo. MARICHUY ESTÁ CEGA. É um momento de desespero quando ela acorda e se dá conta do que está acontecendo, e chora, e me parte o coração vê-la sofrer novamente. Imediatamente, Juan Miguel vai atrás de um especialista em oftalmologia, enquanto Marichuy pensa que “isso é um castigo”, por ter julgado Cecília sua vida inteira e depois ter feito exatamente a mesma coisa… enfim ela entendeu como Cecília se sentiu, e enfim concorda com ela que “às vezes existe muito mais amor em um ato de renúncia”. Assim, ela pede perdão à mãe.

Enquanto Juan Miguel e o especialista acreditam que Marichuy tem chances de voltar a enxergar, e Marichuy compartilha cenas lindas com Cande, Cecília e o filhinho, tocando a roupa dele e sabendo exatamente qual é, mas lamentando que não vai poder vê-lo crescer e se tornar um homem, agora só terá que imaginar, a polícia investiga o caso da arma e das balas, e graças a Amador, eles chegam depressa à pista de Estefanía, que é imediatamente chamada para depor e trazida de volta de Acapulco. Estefanía, claro, NEGA TUDO, mas Patrício consegue saber que foi ela, porque tudo faz sentido. A grande malvada, aqui, é Isabella, que é uma grande covarde: chorando, dá um depoimento se fazendo de vítima, diz que foi Estefanía quem fez tudo sozinha, mesmo com ela tentando convencê-la do contrário, e deixa a sobrinha na cadeia, acreditando que ainda pode confiar nela para tirá-la dali…

Iludida.

Isabella lava as mãos, e deixa que “Estefanía se entenda com a justiça”.

Não é fácil atuar como cega, e passar toda a força e a emoção do momento. Essa é uma trama base em “Esmeralda”, outra novela mexicana que eu ADORO, mas naquele caso a protagonista já inicia a novela cega. O caso de “Cuidado com o Anjo”, a meu ver, se assemelha mais à história de “Chiquititas”, quando Mili fica cega depois de cair de um cavalo, com a diferença de que Marichuy é uma adulta e acabou de ter um filho… eu adoro, no entanto, a imensa FORÇA de Marichuy, que embora tenha momentos muito tristes e lágrimas sentidas, também tem momentos lindos em que sorri, começando a tomar confiança para fazer as coisas, dando os primeiros passos sozinhas, e certa de que as coisas ficarão mais fáceis quando ela for embora do hospital, porque então estará em lugares que já conhece e tal… essa é a atitude que esperamos de Marichuy.

É por isso que a ADMIRAMOS!

 

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