Lost 1x22 – Born to Run

A Kate exposta… que cena!!!

Passei raiva? Sim. Mas ao menos o episódio me recompensou com uma das minhas cenas favoritas do Sawyer nessa temporada, expondo a Kate na frente de todo mundo – já tinha passado da hora de alguém fazer isso, e foi uma delícia de assistir! Temos que aguentar a insuportável hipocrisia do Jack (sério, o ranço já se instalou, agora entendo porque eu o detestava tanto da primeira vez que vi “Lost”) e a Kate se fazendo de boazinha enquanto manipula as pessoas (todo mundo parece ver o Locke manipulando as pessoas, mas a Kate faz exatamente a mesma coisa, mas com outras armas), mas o episódio é recompensador. “Born to Run” foi exibido em 11 de maio de 2005 e é o último episódio antes do Season Finale em 3 partes – o que quer dizer que esse flashback de como “a Kate matou um homem” é o último individual da temporada.

O flashback mostra um pouquinho mais do passado de Kate, responde algumas perguntas, mas também joga novos mistérios sobre a personagem… estamos em algum momento depois de ela ter se tornado uma foragida, e podemos a ver se escondendo atrás de flores quando passa por um policial lendo o jornal no hospital, e também a vemos tentar se aproximar da mãe, que, apavorada, grita por socorro quando a vê em seu quarto de hospital – o que quer que Kate tenha feito, parece assombroso, mas ainda não sabemos o que foi. O que assistimos nesses flashbacks é a Kate novamente manipulando alguém para conseguir o que quer: dessa vez, ela usa o seu amor de infância/adolescência, Tom Brennan (o dono do aviãozinho do último flashback de Kate), para entrar no hospital, mesmo sem autorização, para tentar conversar com a mãe uma última vez.

Eventualmente, as coisas dão muito errado. Quando a mãe de Kate grita por socorro ao vê-la, ela acaba ficando muito exposta e não demora muito para que ela seja reconhecida – e rapidamente vários carros de polícia estão cercando o hospital. Então, Kate tem que fugir. Ela usa o carro de Tom Brennan para escapar, mas ele acaba entrando no carro também – as pessoas que gostam de Kate vão defendê-la dizendo que “ela mandou Tom sair do carro antes de sair daquele estacionamento”, mas a verdade é que isso não a inibe da culpa de sua morte… Kate arrastou Tom para essa história toda, e se ela não o tivesse usado (como ela aparentemente usa todo mundo), ele não estaria naquele carro, não levaria aquele tiro, e não teria morrido. Ela não “matou” um homem, como suspeitamos, mas ela foi, sim, parcialmente culpada de sua morte.

Não precisa vir defender a Kate não. Por favor.

Na ilha, Kate percebe que ela precisa conseguir uma vaga na balsa que Michael está construindo: é a sua única chance de assumir uma nova identidade e escapar onde quer que eles atraquem, antes que uma equipe de resgate apareça na ilha e a leve presa. E ela parece capaz de fazer qualquer coisa para conseguir uma vaga na balsa, que já está cheia – Kate tenta conversar com Michael e, depois, diz a Sawyer que quer sua vaga na balsa e que vai consegui-la, o que parece bastante convincente e, quem sabe, um pouco ameaçador. Não muito tempo depois, Michael começa a passar mal e Jack descobre que é porque alguém colocou alguma coisa na sua água, e como todos apontam dedos para o Sawyer toda vez que qualquer coisa dá errado nessa ilha, é claro que ele é o primeiro suspeito, e Michael faz o que Kate queria: expulsa o Sawyer da balsa e a coloca no lugar.

Sinceramente, eu não julgo o Sawyer por EXPOR A KATE daquela maneira – acho que ele estava corretíssimo… ele ia o quê? Levar a culpa por algo que não fez, deixar que Kate saísse como vítima e ainda roubasse a sua vaga na balsa? Então, ele acaba tendo uma cena perfeita na qual expõe a Kate na frente de todo mundo (e é o suficiente para que o Michael lhe devolva a sua vaga na balsa), esvaziando a mochila dela na frente de todo mundo e mostrando que ela adulterou o passaporte de Joana, a mulher que se afogou lá nos primeiros dias deles na ilha, para colocar uma foto dela e assumir a sua identidade… ele também aproveita para expor o fato de que a Kate estava no avião acompanhada de um oficial de justiça, e que ela era a prisioneira, uma informação que muita gente ainda desconhecia… mas já era hora de todo mundo ficar sabendo disso!

No fim, descobrimos que também não foi a Kate que envenenou a água de Michael, e que foi a Sun, que colocou algo o suficiente na água apenas para fazer com que alguém passasse mal, mas não que morresse – foi intensa a sua cena breve com Jack na qual ele percebe que foi ela, tentando fazer com que o Jin não embarcasse, porque ela não quer que ele vá embora. Não gostei de o episódio estar tentando aliviar a barra de Kate, mas eu adoro as reviravoltas que “Lost” dá, e o episódio termina nos mostrando que a ideia de tudo foi, sim, de Kate, e a verdade é que a Sun foi apenas mais uma pessoa que ela manipulou e que ela usou para conseguir o que queria… como ela faz com todo mundo. Kate é ardilosa, e faz tudo de caso pensado, o que a torna muito perigosa. Em paralelo, vemos Walt confessar ao pai que foi ele quem colocou fogo na primeira balsa.

Outra história que passa a envolver mais pessoas nesse episódio é a história da escotilha – Sayid fez Locke lhe mostrar a escotilha da qual Boone falara no último episódio, e agora ele leva Jack para lá… sinceramente, eu fiquei muito irritado com o Jack cobrando o Locke, dizendo que ele sabia daquilo há semanas e “não tinha contado para ele”. Sério, o Jack se acha mesmo o líder de todos, o dono da razão, né? Que cara irritante! E eu posso ter minhas reservas com o Locke (eventualmente isso se transforma em algo mais intenso e negativo, por enquanto chamo de “reservas”), mas eu ADOREI vê-lo jogando umas coisas na cara de Jack: ele sabia sobre a maleta cheia de armas e também não contou para ninguém por muito tempo; ele sabia que a Kate era uma prisioneira, e não pensou em compartilhar isso com ninguém… Sawyer expondo o teatro de Kate e Locke a hipocrisia de Jack num mesmo episódio?

Adorei!

 

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