Foundation 1x06 – Death and the Maiden

“As the galaxy changes, so must we”

PROVAVELMENTE O MEU EPISÓDIO FAVORITO. Eu adoro o ritmo e o clima de “Foundation”, e estou muito feliz em saber que ela já foi renovada para uma segunda temporada, o que quer dizer que poderemos continuar explorando esse universo e a criação da Fundação através de muitos anos e muitos personagens diferentes. “Death and the Maiden” é o meu episódio favorito até o momento pela maneira como conseguiu equilibrar três histórias muito boas e diferentes entre si – duas protagonizadas pelos Imperadores e uma protagonizada pela Guardiã de Terminus. Assim, tivemos uma história repleta de ação e de pessoas se preparando para uma guerra, em paralelo a histórias com uma pegada forte de filosofia que muito me fascina, e a sequência toda de Cleon XIV, o último clone do Primeiro Imperador, um personagem que estou aprendendo a amar.

O episódio começa com Cleon XIII, o Brother Day, atendendo a um chamado feito ao Império. O vemos, acompanhado de Demerzel, explorar um “novo mundo”, e eu adoro como “Foundation” consegue criar diferentes planetas e civilizações, crenças, e como isso tudo soa crível e fascinante. Adorei o cenário, adorei a história da Donzela, da Mãe e da Anciã, que é a trindade na qual os Luministas, que vivem na Lua Donzela, acreditam. Tudo é bastante simbólico e temos várias cenas incríveis, como a chegada do Imperador, recebido por Zephyr Halima, uma mulher que pode assumir o lugar da Proxima que morreu e que pensa diferente do que aquilo que o Império prega. Eu adorei ver Halima assumir a liderança durante uma cerimônia de despedida, fazendo um discurso pungente sobre como “uma alma sagrada de 400 anos atrás não seria sagrada hoje” e como “eles precisam de mudança”.

A cara do Imperador é impagável. E a Demerzel se ajoelhando perante à força de tudo aquilo.

QUE CENA PERFEITA!

 

“Even a soul that appeared holy 400 years ago would not be holy today. This is the Mother's lesson. As the galaxy changes, so must we. We must embrace the value of transformation, of evolution, of difference. The greatest failure of humanity, the greatest sin against the Mother, is stagnation. And so we rejoice that Proxima Opal's soul will not stagnate and rust into corruption. We rejoice that her soul is not bound to a single, immutable body. We rejoice that her soul is an ever-transformative, evolving soul. Our lives in these bodies may be brief… But our souls are endless. And as we shape and sculpt our souls into a never-ending quest for holiness, remember this. This will not always be your life. But it is your life now. Your choice now. Your change now. Make it count! To the Mother!”

 

Halima tem uma presença fascinante. É bom ouvi-la falar, nos vemos assentindo enquanto acompanhamos seu discurso, e a força do momento lá faz com que todos a sigam, todos a aplaudam, todos a aceitem como a nova Proxima. E enquanto ela fala de mudanças, o Imperador sabe que ele representa o oposto daquilo tudo – ou assim ele pensa. Na verdade, “Foundation” vem nos mostrando que Cleon XIV, o Brother Dawn, pode ser diferente de todos os clones que vieram antes dele, de alguma maneira, e esse episódio tem um desenvolvimento muito bacana para o personagem, que começa passando para falar rapidamente com a jardineira por quem se encantou antes de encontrar o Brother Dusk para o dia da sua “primeira caçada” a Raptors Ghillies. Eu adoro como Cleon XIV tem uma atitude baseada no “vou fazer do meu jeito” e o faz melhor que os irmãos.

Ou pelo menos diferente.

Gosto de toda a parte protagonizada por Cleon XIV e como isso envolve novos cenários, criaturas fantásticas e uma pitada de romance que funciona bem para o Imperador adolescente. Depois de caçar 6 Raptors Ghillies, o dobro de quanto Dusk caçou no seu melhor dia, ele finge ter sido apenas 3 também, porque não quer chamar a atenção para si mesmo… mais tarde, ele chama a jardineira para o seu quarto, e os dois protagonizam uma cena bonita e quase poética na janela do quarto dele, sem o campo de força que o protege de uma eventual queda, e eu adoro todas as nuances do diálogo… a maneira como eles se envolvem ao conversar sobre a paisagem e suas cores, e como aquilo é tanto o início de um romance quanto a revelação de um segredo: Cleon XIV é daltônico, mas embora ele deva ser uma cópia exata dos demais imperadores, nenhum Cleon nunca foi daltônico…

Ele é diferente desde sempre, e agora ela sabe disso, mas ele não se importa.

“That’s my secret. Now you know it”

O beijo dos dois é um momento lindo do episódio!

Por fim, acompanhamos Terminus, e eu confesso que queria estar gostando mais dessa parte da história, mas eu acho os Imperadores e, agora, o Cleon XIV, tão fascinantes que eles continuam roubando toda a atenção, a meu ver. A trama de Terminus avança com Phara e os anacreonianos enquanto eles falam sobre querer a ajuda para consertar uma nave e então ir embora, mas as crianças que ajudam Salvor Hardin a escapar escutam Phara falando sobre “Invictus”, e então Salvor percebe que existem detalhes no plano de Phara que ela não está falando – o fato de ela ter descoberto Invictus, a nave imperial que é capaz de destruir mundos inteiros… então não é em qualquer nave que ela está querendo fugir, mas em um poder grande demais para estar na mão dos anacreonianos. Ainda acho Salvor impressionante e misteriosa: o que foi a visão dela da morte de Hari Seldon?

Preciso de mais informações sobre Salvor!

 

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