Vale o Piloto? – Monstros no Trabalho 1x01 – Bem-vindo à Monstros S.A.

Que nostalgia!

Eu estava ANSIOSO por essa estreia, e esse primeiro episódio de “Monstros no Trabalho” foi a introdução perfeita para o que eu queria como sequência de “Monstros S.A.” desde… bem, desde sempre. Na infância/adolescência, “Monstros S.A.” foi meu filme favorito da Pixar, e embora novas animações como “Divertida Mente” e “Viva: A Vida é uma Festa” tenham conquistado meu coração e os primeiros lugares nos meus rankings de filmes da Pixar, “Monstros S.A.”, é claro, continua sempre tendo o seu lugarzinho especial. Eu sempre me divirto com as confusões de Mike Wazowski e toda a jornada dele e de Sulley Sullivan que, com a presença de uma criança humana chamada Boo, aprendem algumas coisas importantes e fazem uma mudança radical no mundo dos monstros e em uma empresa destinada a assustar crianças para gerar energia.

No fim de “Monstros S.A.”, a empresa adotou novas políticas e passou a fazer as crianças rirem ao invés de assustá-las, descobrindo que seus risos tinham mais poder do que seus gritos, no fim das contas. O que sempre quisemos ver era mais dessa nova fase da Monstros S.A., mas quando um segundo filme da franquia foi anunciado, descobrimos que ele seria uma prequela, e “Universidade Monstros” é um filme divertido, mas sem grandes inovações, o que sempre foi a marca da Pixar. Agora, a Disney estreia “Monstros no Trabalho” e promete entregar justamente o que pedimos: a Monstros S.A. em sua nova fase, e a série começa logo depois do fim do filme… vemos Sulley se tornar o Presidente da empresa, Mike Wazowski assumir algum cargo igualmente importante (promovendo Celia), e eles precisam pensar em um novo slogan para a empresa…

“No susto e no grito, fazemos bonito” já não serve mais.

O episódio é inteligente e retoma conceitos e cenários que adoramos e conhecemos desde 2001 (VINTE ANOS DESDE “MONSTROS S.A.”!), trabalhando muito com a nostalgia, seja com a presença de personagens conhecidos ou em momentos como a deliciosa abertura que lembra os créditos iniciais do filme original, mas ao mesmo tempo conseguindo explorar novos espaços da empresa, novidades em Monstrópolis e, é claro, novos personagens. Parece que a série vai acompanhar os passos de Tylor Tuskmon, um assustador que se formou com louvor na Escola do Susto, batendo recordes que antes pertenciam a Sulley Sullivan, e que acaba de ser contratado pela Monstros S.A. – mas ele não sabe o quanto as coisas mudaram recentemente por lá. Como um monstro que foi treinado para assustar chega e consegue fazer as crianças rirem?

“Monstros no Trabalho” tem uma temática muito interessante dentro de um conceito inteligente que foi proposto pela Pixar lá em 2001. Sim, risos geram mais energia do que sustos, não traumatizam as crianças e tudo o mais – mas os monstros estão capacitados para esse trabalho? E, se não estão, como Monstrópolis vai ter energia? As luzes da empresa já estão começando a piscar ameaçadoramente! Parece que o trabalho vai ser bem mais árduo do que inicialmente pensamos, e Mike Wazowski vai ter que assumir o controle dessa parte da fábrica, ensinando os monstros a deixarem de ser “assustadores” para serem “cômicos”. E Tylor Tuskmon está descobrindo isso tudo agora. Não é o emprego dos sonhos, ele acaba preso no subsolo com um monte de monstros esquisitos (eu adorei a Val Little!!!) e tudo o que ele treinou não serviu para nada…

…mas um dia ele estará no Andar do Susto Riso.

Gostei de como o episódio conseguiu trabalhar, em 20 minutos, com tanta novidade e nostalgia bem equilibradas. Amei ver Tylor, por exemplo, invadindo o Andar do Riso escondido para tentar provar a si mesmo que ele conseguia fazer uma criança rir, gerando uma confusão de portas que faz referência a vários momentos de “Monstros S.A.”, como quando uma criança humana invade a fábrica dos monstros. Acho que Sulley e Mike vão ser muito parceiros e eu estou ansioso para vê-los ser bem-sucedidos nessa nova fase da Monstros S.A., e eu mal posso esperar para ver AS AULAS DE MIKE WAZOWSKI. “Monstros no Trabalho” teve um excelente primeiro episódio, entregando exatamente aquilo que eu esperava e um pouquinho mais, com leveza, respeito ao material original, criatividade e diversão… tem tudo para ser uma série deliciosa e nostálgica de se acompanhar.

 

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