Turma da Mônica Jovem (2ª Série, Edição Nº 49) – De Médico e Louco

Os Monstros do ID estão de volta…

Em uma das sagas de maior sucesso da Primeira Série da “Turma da Mônica Jovem”, conhecemos os Monstros do ID, e agora eles estão de volta em “De Médico e Louco”, uma edição interessante, mas que infelizmente é única, o que quer dizer que uma história que podia ter trabalhado com mistério e suspense durante algumas edições acaba se resolvendo de maneira bem rápida, e talvez um pouco corrida. Se a edição passada nos trouxe de volta o universo explorado em “Quatro Dimensões Mágicas”, essa edição nos leva a “Monstros do ID”, e é gostoso demais revisitar uma época em que a revista contava histórias tão boas com frequência! “De Médico e Louco” não é a melhor edição da “Turma da Mônica Jovem” e talvez não faça jus à saga que a originou, mas ainda assim é um momento repleto de nostalgia e aventura.

Mônica, Cascão, Cebola e Magali sucumbiram novamente aos seus instintos mais infantis. Mônica está irritadiça, agressiva, brigando com todo mundo; o Cebola está mentindo e manipulando e a sua dislalia voltou; Cascão está com medo, não apenas de água, mas de absolutamente tudo; e Magali está comendo tudo o que vê pela frente, sem nenhum tipo de controle. São essas características que marcam os personagens em suas infâncias e nos rendem tantas histórias da turminha que amamos, e foi legal quando “Monstros do ID” trouxe isso à “Turma Jovem”. Os jovens não se lembram da visita que fizeram ao mundo dos monstros, não se lembram de tê-los enfrentados e terem se aliado a eles, e agora terão que passar por isso tudo de novo, se quiserem salvar o Professor Licurgo, que acaba indo ao mundo desconfiado do que pode estar acontecendo.

Gostei de como a edição conseguiu colocar os jovens dominados por seus monstros durante a primeira parte da história, e de como é Nimbus quem aparece para auxiliar quando o Professor Licurgo é sequestrado e mantido prisioneiro no mundo dos monstros e eles precisam ir lá resgatá-lo. A visita de Mônica, Cebola, Cascão e Magali ao mundo dos monstros é um momento nostálgico e familiar, com algumas referências à saga da Primeira Série, mas também com algumas pequenas novidades, especialmente no que se refere ao visual dos personagens… além de não termos aquelas páginas coloridas de azul e vermelho, algo tentado na época e que a equipe acabou desaprovando eventualmente, também percebemos algumas atualizações nos visuais dos monstros e nos “uniformes” que os jovens usam quando eles finalmente se aliam aos seus Monstros do ID.

Eu só gostaria que a edição fosse mais longa. Quando tivemos “Monstros do ID” na Primeira Série, tivemos 3 edições para o desenvolvimento dessa trama, e isso foi há tanto tempo que eu acho que “De Médico e Louco” poderia ter se aventura a explorar esse universo com mais calma… como temos poucas páginas para introduzir, desenvolver e concluir a história, parece que as páginas em que os jovens enfrentam seus monstros não apresentam novidades o suficiente (embora seja uma narrativa bacana e similar ao que vimos em “Monstros do ID”), e então nos resta bem pouco tempo para a reta final da história, para a conclusão que deveria ser repleta de ação! Os novos uniformes dos jovens não vêm com capacetes e são mais extravagantes e mais bonitos que os originais – uma pena que não tenhamos tido nenhuma referência ao “Super Sentai” dessa vez.

Eventualmente, descobrimos que o Monstro que estava por trás de todo esse plano era a Rainha Nigamia, o Monstro do ID de Talianna, uma antiga namorada de Licurgo que guarda um rancor imenso dele por algum motivo que não conhecemos e que a edição prefere não explicar – Nimbus diz que isso é “mistério para outra ocasião” ou qualquer coisa assim. A mensagem é interessante, e Nigamia é vencida quando Licurgo pede desculpas sinceras para ela, enfraquecendo o Monstro de Talianna, assim como os monstros de Mônica, Cebola, Cascão e Magali se enfraqueceram quando descobriram que aqueles sentimentos e impulsos não controlavam mais seus humanos… a conclusão é bacana, mas acho que ficamos esperando um pouquinho mais de ação, no estilo mangá mesmo, e isso poderia ter sido facilmente dado aos fãs se tivéssemos a história contada em saga…

Mas foi uma boa edição! Nostálgica e com aventura, gostei.

Na próxima, estaremos de volta ao “dia-a-dia”. Tenho medo do que nos espera… a “Turma da Mônica Jovem”, surpreendentemente, nos entregou uma sequência de boas edições. Será que isso se mantém agora?

 

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