[Season Finale] Elite 4x08 – Antes de Irme: Parte 2

Ano-Novo.

Encerramos mais uma temporada de “Elite”, e descobrimos quem foi o responsável pela Ari ser encontrada no lago. A resolução do caso deixa bastante a desejar, infelizmente, sem ter uma grande reviravolta que marcou outras temporadas de “Elite”, mas também foi um final bem condizente com o que a temporada apresentou, porque conectou algumas tramas e usou coisas que estavam sendo desenvolvidas desde o início. Não é uma temporada excelente, mas também não é uma temporada péssima como algumas pessoas na internet estão dizendo, e se a sua crítica é apenas baseada na ausência de Nadia, Carla e Lu… bem, ela não vale muito. Eu também amava a Lucrecia e teria adorado vê-la mais, mas o elenco de uma série se renovar não é realmente um problema, ainda mais de uma série que se passa dentro de um colégio. Estou curioso para a quinta temporada

…só espero que os novos personagens tenham mais carisma. E a Cayetana mais destaque!

Porque, sim, como comentei em outros textos, a quarta temporada de “Elite” falhou em fazer com que nos importássemos com os personagens, e isso não se deve ao fato de que tínhamos vários personagens novos – Rebeka não estava na série durante sua primeira temporada, por exemplo, e nos conquistou quando apareceu! De qualquer maneira, algumas coisas pareceram um pouco corridas durante esse último episódio, como aquela reconciliação de Omar e Ander que me fez revirar os olhos a cada cena deles – é sério que eles vão realmente insistir nisso? E se o Ander estiver deixando a série, mas o Omar vai continuar, vamos ter um repeteco daquela história de “namoro à distância”, como foi com Nadia e Guzmán, até que eles não suportem mais e Omar siga adiante porque, aparentemente, ele vai precisar de histórias independente de Ander?

Mas acho que os piores novos personagens foram Patrick e Phillipe. Há quem não goste de Ari, e ela realmente não caiu nas graças do público 100%, mas ela é uma personagem que foi bem desenvolvida e tem sua história – eu acho que ela tem muito a crescer na quinta temporada. Patrick, no entanto, é um personagem extremamente vazio. Eles tentam colocar um drama para ele em pequenas cenas sem sentido, mas a sua “função” na temporada foi muito clara. Um personagem bastante superficial. Phillipe, por sua vez, foi um personagem que o roteiro pareceu ter ideias, mas que esqueceu de desenvolver, então vimos um personagem que claramente tinha um passado obscuro, coisas para esconder, mas os episódios não quiseram realmente se dedicar a desenvolver ou concluir essa história. Mesmo assim, Cayetana conseguiu brilhar ao interagir com ele.

Ela dando um fora nele e na mãe dele quando chega na festa de Ano-Novo? MARAVILHOSA!

Vamos à conclusão do caso de Ari? No início do episódio, Rebeka acaba contando para Ari sobre os problemas de Mencía com Armando, porque ela está desesperada querendo ajudar Mencía, e acha que a sua irmã pode fazê-lo, se ela não a permite fazer. Não foi tão impactante, mas, surpreendentemente, em termos de roteiro até que foi bem conduzido, porque vimos a história de Mencía ser a mais desenvolvida ao longo da temporada, e vimos, desde o início, que Benjamin tinha imposto sobre Ari a responsabilidade de cuidar da irmã e vigiá-la… então faz sentido que Mencía tenha tido problemas com Armando na festa de Ano-Novo e Ari tenha se intrometido para tentar ajudar a irmã. O agressor de Ari, então, foi Armando, em uma cena horrível de se assistir, e depois Ari cai no lago, sob efeito do álcool e desorientada pelas agressões do covarde do Armando.

E ainda tem gente que vem dizer que “Ari caiu sozinha”. Ah, por favor.

Guzmán também acaba se envolvendo nessa história (depois de ter dado um showzinho batendo em Samuel no bar, o que foi vergonhoso, sinceramente) quando encontra Ari toda machucada no cais e pergunta o que aconteceu, e ela pede que ele vá atrás de Armando. Surpreendentemente, Guzmán acaba atirando fogos de artifício em Armando e matando-o assim, e temos algo recorrente em “Elite” se repetindo: um crime sendo encoberto. E dificilmente a polícia vai descobrir, porque a polícia de “Elite” parece bastante incompetente. Guzmán fica chocado com o que fez, conta tudo a Samuel e Rebeka, Rebeka conta quem era Armando e tudo o que aconteceu, e o instruem a não contar tudo para a polícia… os três sozinhos (em uma festa movimentada em que qualquer um podia ter olhado pela janela e os visto) carregam o corpo de Armando até o lago.

Por fim, Mencía resolve contar tudo ao pai, e as reverberações disso ficarão para a próxima temporada… Benjamin não reage lá muito bem, Patrick tem uma reação extremante forçada, já impliquei com o personagem mesmo, e Ari se mostra uma grande irmã ficando ao lado de Mencía, porque ela assumiu há muito tempo a responsabilidade de protegê-la, algo que na verdade é a função do pai, mas ele não parece disposto a cumpri-la. Não sei, podem dizer o que quiserem da Ari, e eu não caio de amores por ela, mas ela foi uma das novas personagens melhor desenvolvidas durante a quarta temporada, e eu acho que ela tem muito espaço para crescimento na próxima temporada – ainda mais se realmente se concretizar essa saída do Guzmán. Será que veremos um romance tradicional se desenvolver entre ela e Samuel futuramente?

Dois personagens parecem se despedir da temporada nos últimos minutos, e quer saber? Eu gostava muito da Lu e da Nadia, fiquei triste com a despedida delas no fim da terceira temporada. Já Ander e Guzmán? Sinceramente não os vejo fazendo falta… Ander estava insuportável desde a temporada passada, e eu ainda preferia que ele tivesse ido sem estar namorando com Omar e jurando amor, porque nós sabemos que Ander não tem capacidade para ser fiel, ainda mais à distância. Só espero também que não queiram colocar o Omar com o Patrick, porque isso seria irritante. Guzmán, por sua vez, se despede na pior fase do personagem. Afinal de contas, a quarta temporada foi um grande retrocesso para tudo o que ele tinha evoluído como pessoa, e essa última cena com Samuel como se eles fossem melhores amigos do mundo não é o suficiente para apagar tudo o que ele fez.

Mas tudo bem… não me importo o suficiente.

 

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