Manifest 4x11 – Final Descent

“Never give up and good luck will find you”

Chegou o momento de encerrar “Manifest”. A série, que estreou de maneira promissora em 2018 e teve seus altos e baixos (não acho uma série ruim, mas tampouco a acho tão empolgante quanto acreditei que seria e, nesse meio tempo, eu ainda maratonei “Lost” novamente, e “Lost” é, para mim, a representação mais perfeita de como tem que ser uma série de mistério), teve seus últimos 10 episódios lançados na segunda parte da quarta temporada pela Netflix no última dia 02. “Final Descent” nos situa novamente na narrativa de “Manifest”, mostrando a realidade dos passageiros do Voo 828 mais ou menos oito meses depois de eles terem sido praticamente todos capturados pelo Registro e confinados em segurança máxima para servirem de ratos de laboratório.

Sinto que o episódio entrega bem menos do que ele poderia ter entregado, e é muito mais uma re-ambientação da série do que qualquer outra coisa. A situação dos 828ers é desesperadora, e o episódio se sai bem gerando revolta pela maneira como eles são tratados, e já queremos ver as pessoas do alto escalão do Registro caírem uma por uma… os 828ers, no entanto, estão mais preocupados em a) encontrar uma maneira de impedir a Data da Morte; e b) responder aos seus Chamados. É particularmente desesperador pensar em ter Chamados com pessoas próximas, mas estar em uma condição na qual não se pode fazer nada, porque tudo o que o Registro quer é estudar o cérebro dos passageiros e tentar entender esses Chamados, ao invés de realmente ajudá-los.

Quando Bethany tem um Chamado que a deixa preocupada a respeito de sua esposa, Georgie, Ben e Michaela usam uma pequena brecha (e alguma ajuda) para escapar… o que acaba sendo mais fácil do que deveria ser, e inevitavelmente nos perguntamos por que eles não fizeram isso antes, durante os 8 meses que passaram presos. Michaela está em uma situação deplorável desde a morte de Zeke (e acho importante que a personagem sinta o peso dessa perda, porque Mick e Zeke tiveram uma história que precisa ser valorizada, ainda que ela eventualmente possa ser superada) e é bom, para ela e para Ben, poder ver e abraçar Olive, Cal e Eden… embora seja um tanto frustrante para eles perceber como eles estão tentando sobreviver na ausência dos adultos.

Mick e Ben acabam fazendo o que sempre fazem em episódios de “Manifest”, que é ir atrás de resolver um Chamado… e o episódio acaba trazendo boas sequências de ação e estabelecendo algumas coisas. Vemos mais de como o Registro trabalha de maneira mecânica e insensível, tanto na destruição da casa de Bethany quanto na caça por Ben, Michaela e todos os 828ers que nunca foram localizados e capturados… 13, no total, um deles sendo o Cal. A cena em que Georgia conta aos Stone sobre a recompensa de 50 mil dólares colocada sobre cada um dos fugitivos, vivos ou mortos, é importante para que Ben e Michaela percebam que eles ainda têm muito a fazer… e a NSA está tentando esconder alguma coisa com outro avião com o qual eles simplesmente desapareceram.

O mesmo avião que vimos sumir o quê… na primeira temporada?

É hora de fechar algumas pontas.

Portanto, Mick e Ben decidem retornar para o Registro, porque acham que é onde eles devem estar para estar perto dos outros passageiros que tão ansiosamente eles pretendem salvar… não sabemos bem o que eles podem fazer lá de dentro, mas lá eles têm a Saanvi, e tem a vantagem de estarem em maioria, ainda que estejam em uma situação tão absurda. Vamos ver que tipo de revolução os 828ers vão armar ainda contra o Registro. Conforme os mistérios finais de “Manifest” começam a ser explorados para serem eventualmente resolvidos, também vemos a cicatriz de Cal brilhar pela primeira vez em oito meses, desde a morte de Zeke… o que quer dizer que alguma coisa está mudando. Afinal de contas, a Data da Morte está chegando em apenas nove meses.

 

Para mais postagens de Manifest, clique aqui.

 

Comentários