Avatar: The Last Airbender 1x04 – Into the Dark

Família.

A CONCLUSÃO DO ARCO DE OMASHU. Com diferenças notáveis em relação ao material original, “Into the Dark” é um daqueles episódios que divide opiniões, mas eu preciso dizer que eu estou gostando bastante da série! Acho que temos um visual incrível que não pode ser negado, efeitos muito bons em todas as sequências de ação, que seguem me deixando de queixo caído, e esse episódio trouxe cenas muito emocionantes para o Tio Iroh e para o Zuko, por exemplo, então eu acho que isso é o que importa! Aang está pensando em continuar a sua jornada rumo ao Norte, mas, antes disso, ele precisa encontrar uma maneira de sair da prisão, para onde foi levado junto com o Tio Iroh depois de ele ser acusado de “estar causando confusão e destruição na cidade”.

Para a surpresa de Aang, ele é levado para um encontro com o Rei, que acaba sendo ninguém mais ninguém menos do que Bumi, um amigo que ele tinha em Omashu há 100 anos – e que se tornou uma pessoa bem chata, para dizer a verdade… teoricamente, no entanto, eu entendo a sua transformação: ele passou 100 anos em uma guerra incessante contra a Nação do Fogo, tendo que tomar decisões difíceis das quais vidas de outras pessoas dependiam, e com toda a certeza ele viveu traumas que o marcaram profundamente ao longo de todo esse ano… só não faz muito sentido, para mim, que ele esteja tão chateado assim com o Aang, como se tivesse sido uma escolha dele ter ficado congelado em um iceberg durante todo esse tempo e “perder” toda a guerra.

Agora que está de volta, ele está disposto a cumprir a sua missão.

Embora o caminho à frente ainda seja longo.

Há algo de difícil de comprar na relação de Bumi e de Aang porque é estranho que Aang espere que Bumi seja a mesma pessoa que fora há 100 anos – eu mesmo talvez não me lembre bem da pessoa que eu era há 10! De todo modo, há algo extremamente caricaturado no Bumi, e na série de “jogos” e “desafios” que ele propõe a Aang, e nunca sabemos bem o que ele está pensando, o que ele está esperando… pelo menos não até que ele se volte inteiramente contra Aang, sem deixar dúvidas de como quer resolver aquilo: uma batalha um a um, até a morte… dobrador de terra versus dobrador de ar. E, então, ganhamos uma daquelas sequências de ação que nos fazem perceber o quanto foi investido nos efeitos especiais de “Avatar: The Last Airbender”, e eu amo!

Sokka e Katara, por sua vez, estão nos túneis sobre os quais Sai e Teo falaram, tentando encontrar uma maneira de chegar até o palácio e, quem sabe, salvar o amigo – e eu acho que eles protagonizam cenas legais ali embaixo! Gosto da bizarrice dos cantores na entrada dos túneis, e de como toda a cena foi guiada com um tonzinho de comédia, mas também explorando um pouco da relação de Sokka e Katara, especialmente quando ela briga com ele e diz que “ele não é o pai deles”, e como eles se entendem finalmente… a cena tem propósitos diferentes da cena original, mas traz ainda os cristais iluminados, embora a solução do problema seja a toupeira-texugo, o animal dobrador de terra original, que responde ao amor e guia Sokka e Katara até Aang.

Inclusive, todo o momento em que os três se reúnem acaba sendo um momento muito importante e muito bacana do episódio, porque Bumi está “tentando ensinar uma lição” a Aang, mostrando que ele tem que tomar decisões difíceis para ser o Avatar e salvador do mundo, mas Aang não pensa em deixá-lo morrer – mesmo que ele não tenha força o suficiente para segurar aqueles dois grandes de pedra por muito tempo… mas a característica principal de Aang é que ele não precisa segurar aqueles pedaços de pedra para sempre: apenas por tempo o suficiente até que os seus amigos possam ajudá-lo. E é lindo ver o Sokka e a Katara trabalhando com ele, acho que eles formam uma boa equipe. Diferente do que Bumi pensa, Aang não precisa fazer tudo sozinho.

O episódio também traz cenas muito importantes do Tio Iroh e do Zuko, porque Zuko está fazendo de tudo para resgatar Iroh… uma sequência de um dobrador de terra rancoroso contra Iroh traz um pouco de aprofundamento na história de Iroh, quando retornamos ao momento após a morte de Lu Ten, e eu gosto de como isso foi usado para mostrar um pouco da relação dele com Zuko… esse flashback e o outro, quando Zuko está deixando a Nação do Fogo e Iroh decide ir com ele, são essenciais para que entendamos a relação bonita que eles compartilham! E tudo isso acaba tornando muito mais significativas as sequências no presente, quando Zuko enfrenta quem estiver à sua frente para salvar a vida do tio… inclusive, outra sequência de ação ESPETACULAR!

 

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