Vice Versa, Episode 11 – Real Red

“Você pode ser essa pessoa para mim?”

O RETORNO DE PUEN E TALAY! Estamos quase concluindo “Vice Versa”, e “Real Red” é intenso e bonito – embora, como a maior parte dos episódios, mais longo do que era estritamente necessário. Como é de costume, o 11º episódio traz um pouco de sofrimento, porque nossos protagonistas estão separados durante a maior parte do tempo, mas, como antecipei na review do episódio anterior, eu gostei de como isso foi trazido em “Vice Versa”, porque não tivemos um término sem sentido ou forçado nem nada disso: o problema é que Puen está em um universo, e Talay está em outro… e mesmo quando eles estão no mesmo universo, o retorno para as suas vidas antigas, dois anos depois de terem partido em uma viagem entre realidades distintas, também desempenha seu papel e os mantém afastados – até o esperado e bonito reencontro.

No fim do episódio anterior, depois de Talay ter finalmente sonhado, ele acorda animado, contando a novidade para Puen, achando que em breve poderá retornar para casa – mas isso já aconteceu para Puen… a pessoa ali, na sua frente, é Tun. Esse episódio traz brevemente o momento em que Tun troca de mundos, e Puen foi muito legal com ele, então ele encontra uma realidade bacana, talvez ainda melhor do que aquela que ele deixou para trás dois anos antes. Talay o “devolve” para os seus amigos, então, e sabemos que Tun ainda tem muito o que aprender/entender do que aconteceu enquanto ele esteve fora, e vai buscar o lugar com o qual sonhou, para que possa também retornar para casa, como aconteceu com Puen… o problema, no entanto, é que ele precisa atravessar o mar até uma ilha para isso, e a maré alta não permite a viagem.

Assim, Puen e Talay passam mais de um mês separados… enquanto Talay se senta na praia e espera, incessantemente virando a ampulheta que Puen lhe dera de presente, Puen visita a casa de Talay na outra realidade diariamente, na esperança de que, naquele dia, Talay esteja de volta – mas é sempre apenas o Tess… Ohm está absolutamente encantador naquela camiseta azul e de óculos, mas o seu personagem é um problema. E é justamente o que Talay descobre quando ele FINALMENTE consegue retornar, ainda no fim da primeira parte do episódio, mais rápido do que eu esperava, na verdade… infelizmente, achei extremamente simples e fraco o retorno de Talay em questões de consequências: Tess se afastou dos seus amigos, abandonou o emprego dos sonhos de Talay e quase arruinara a carreira de Puen, mas Talay resolve isso muito rapidamente…

Quer dizer, não é fácil reconstruir a vida assim depois de 2 anos de sabotagem!

Mas tudo bem… eu esperava maior complexidade do roteiro de “Vice Versa”, e eu já comentei isso algumas vezes durante as minhas reviews. A história de amor de Talay e Puen foi me conquistando aos poucos e eu gostei de torcer por eles, mas toda a questão de realidades paralelas é subaproveitada, e eu acho inocentemente utópico essa simplificação das coisas no retorno de Talay, que resolve dois anos de aparentes problemas graves com uma ligação para os seus antigos amigos e um pedido de “segunda chance” no emprego dos sonhos em uma grande empresa que “ele” simplesmente abandonou… o foco de “Vice Versa”, no entanto, sempre foi o romance, e agora Talay precisa dar um jeito de chegar até Puen, e isso não parece fácil: além de Tess ter trabalhado como seu empresário e ter causado prejuízo, a fama de Puen dificulta as coisas…

Talay acaba tendo a chance de se aproximar de Puen quando ele consegue seu emprego de colorista de volta e, ao trabalhar em um filme protagonizado por Puen, ele consegue ingressos para a estreia na qual Puen estará presente… e é aqui que “Vice Versa” se rende ao maior clichê e entrega um drama mais tradicional, com Talay sentindo ciúmes da aparente proximidade entre Puen e a atriz que interpretou a protagonista do filme com ele – é tão triste para ele que Talay nem consegue ficar durante toda a sessão de perguntas e respostas, e acaba saindo… mas quando escuta Puen falar, na transmissão ao vivo, sobre a pessoa para quem dissera, na vida real, as mesmas palavras que foram usadas no filme, ele corre, porque precisa revê-lo, precisa reencontrá-lo, precisa dizer que está ali… mas ele chega tarde demais e Puen já foi embora do evento.

O que, no fim, acaba sendo ótimo – porque permite que eles se reencontrem em um lugar importante e significativo para o romance deles, um lugar que nenhum dos dois sabia que existia também nessa realidade… Talay acaba na “casa de vidro” na qual eles se apaixonaram e, por um motivo ou por outro, Puen acaba no mesmo lugar, E ENTÃO ELES ESTÃO JUNTOS NOVAMENTE. É um momento intenso e emocionante, com Puen acreditando que ainda é Tess na sua frente, “porque Talay teria ligado para ele se tivesse voltado”, mas então Talay diz o que uma vez dissera que seria a primeira coisa que diria quando o reencontrasse no seu universo… e os olhos de Puen imediatamente se enchem de lágrimas! A cena merecia um beijo apaixonado dos dois, mas temos que nos contentar com um abraço apertado, que também passa a sensação de alívio pelo reencontro.

Agora, Puen e Talay terão que encontrar a maneira de fazer o romance deles funcionar também nessa realidade… as coisas pareciam mais simples no outro mundo, tanto pelo mundo em si quanto pela profissão que Puen tinha lá – mas eles mesmos sabiam que não podiam continuar lá para sempre, então como fazer com que isso funcione? A prévia do próximo episódio (o último de “Vice Versa”) traz algumas propostas interessantes, e vamos ver como isso se desenrola, e se quem sabe teremos mais informações a respeito de Tess e Tun… difícil saber, na verdade. O que importa é que, nesse momento, Puen e Talay estão juntos e estão felizes, e é lindo vê-los se preparar para dormir, realizados porque finalmente se reencontraram e porque, pela primeira vez, podem ver os rostos reais um do outro… e, naquele momento, o episódio tinha gostinho de conclusão.

 

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