Vice Versa, Episode 10 – Pink

Teoria Rosa.

É HORA DE VOLTAR PARA CASA… OU QUASE. Estamos oficialmente na reta final de “Vice Versa”, no episódio que antecede o típico “episódio do sofrimento” (embora eu esteja bem animado para o próximo, e comentarei os motivos mais para o fim do texto), e “Pink” traz um avanço importante na história de Puen e Talay, quando eles finalmente descobrem o que pode levá-los para casa – e acaba sendo algo extremamente simples, mas bonito para a construção de “Vice Versa”, tendo em vista que, desde o início, se valorizou muito as cores, por Talay ser um colorista em seu universo original, e acaba sendo algo que percebemos que esteve sempre presente… Talay e Puen só tinham que prestar atenção ao redor. Ainda acho que os episódios são longos demais para a história e que o BL não precisava de 12 episódios, mas estou contente com os possíveis rumos dessa reta final.

Os Friend Credits conseguem concluir seu novo filme e, dessa vez, é um verdadeiro sucesso… acho que a ideia do roteiro é que esse segundo filme seja melhor do que o primeiro por causa do envolvimento de Talay e Puen com aquilo que estão produzindo: Puen escreveu um roteiro romântico quando estava mais apaixonado, e Talay se entregou também, “tirando a poeira do seu coração”, e chega a trabalhar como colorista do filme, que é o que ele adora fazer… então, o filme tem tanta verdade baseada nos sentimentos e dedicação deles que acaba transparecendo na tela e sendo um sucesso. Foi legal vê-los lendo críticas que elogiavam a produção, e eles ganham um reconhecimento importante que talvez mude a vida de Tun e Tess para sempre, porque o filme chega a ser aceito para exibição em um festival importante daquele universo.

E, no meio de toda a celebração e felicidade, Talay e Puen se dão conta daquilo que os conecta – ou melhor, daquilo que representa a conexão entre eles: a cor rosa. É uma sequência que parece despretensiosa, enquanto eles assistem a um filme em preto-e-branco e Talay tenta adivinhar as cores originais do filme, mas o diálogo se encaminha para o Puen mostrando ao Talay o quanto ele está rodeado da cor rosa desde que se apaixonou por ele, porque é uma cor de que Puen gosta bastante e Talay inconscientemente a incluiu mais em sua vida porque o faz pensar no homem que ama. É um conceito interessante, a “Teoria Rosa”, e eles percebem que o fato de ambos gostarem da mesma cor é algo que eles compartilham e que, quem sabe, pode levá-los para casa… eles não sabem quando, eles não sabem como, mas o ticket parece estar comprado.

Assim, Talay e Puen começam a se despedir daquele universo, e destaco algumas cenas… em primeiro lugar, a cena de Puen se despedindo dos pais de Tun, que foi de partir o coração, porque ele não tem família e se sentiu acolhido pela família de Tun – quando ele diz que os ama e chora, sentimos que é sincero, e foi muito bonito; depois, destaco também toda a sequência da viagem ao Festival de Cinema, que traz uma despedida de Talay e Puen com os amigos, que não entendem nem metade do que está acontecendo ou do que eles estão dizendo, mas percebem que, por um motivo ou por outro, aquilo parece uma despedida… e foi, talvez, a primeira vez que eu fiquei pensando no quanto essa troca de universos era cruel, porque os laços que eles construíram com aquelas pessoas nos muitos meses que passaram ali é muito real…

E, agora, eles nunca mais vão vê-los na vida.

Inclusive, preciso comentar a respeito de Aou e Fuse: uma pena que eles tenham começado a ser desenvolvidos, de maneira tímida, tão perto do final“Vice Versa” teve um ritmo lento e episódios longos que teriam espaço tranquilamente para trazer esse casal mais cedo, e as cenas que temos deles nos provam que eles teriam entregado um casal adorável. Com o final desse episódio e o foco que precisa ser dado a essa trama no próximo, não sei se chegaremos a ter mais alguma cena dos dois… felizmente, o relacionamento deles fica subentendido, tendo começado no episódio passado, mas intensificado aqui quando eles adotam junto um cachorro. Gostei muito da cena dos dois nomeando o cachorro “Lucky”, da cena dos dois brincando juntos com o cachorro, e da cena do Aou dizendo que realizou o sonho de “ter um cachorro”, mesmo que o cachorro seja, oficialmente, de Fuse.

Precisa de mais? Namorados.

Há certa melancolia dos próprios Talay e Puen ao se despedirem desse universo… eles viveram muita coisa ali, mas precisam voltar para as suas vidas, para as suas casas. Os dois compartilham um momento bonito enquanto conversam a respeito de cores e de estrelas, e esperam sonhar para que possam retornar. Quando Puen resolve compartilhar com Talay o seu nome verdadeiro, para que Talay também possa procurá-lo no seu universo, e Talay pega no sono antes de ouvir, eu sabia que alguma coisa ia “dar errado”, e é o que acontece. Talay sonha, que foi o que lhes ensinaram que significaria que eles poderiam voltar para casa, mas Puen já fez isso… quando os dois despertam, Talay conta para Tun que sonhou, e Tun o abraço feliz, o chamando de “Tess”, então ele percebe o que aconteceu: o homem na sua frente não é quem ele conhece… é o verdadeiro Tun.

Puen já foi embora.

Preciso dizer algo: não é uma questão de desmerecer as demais atuações nem nada, mas a atuação do Nanon? MEU DEUS, QUE PERFEIÇÃO! A maneira como sua expressão diz tudo o que precisamos saber, como ela se transforma enquanto ele percebe que Tess não voltou com ele, a maneira como seus olhos se enchem de lágrimas quanto ele “reconhece” Talay… NANON É UM ATOR INCRÍVEL. Confesso que estou empolgado para o 11º episódio de “Vice Versa” por dois motivos: a) vai ser muito gostoso ver um pouco mais de Ohm e Nanon atuando novamente (e o Ohm no figurino do Talay, de óculos e tudo, é algo que vai mexer comigo); e b) teremos um pouco de “sofrimento”, teremos o casal principal “separado”, mas não por causa de briga, desentendimento ou mal-entendido, mas porque um retornou para o seu universo e outro não, e isso é um avanço para mim.

Vamos ver o que o próximo episódio nos reserva!

 

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