Dear Doctor, I’m Coming for Soul 1x10 – Ticket to the Truth Train

“Meu coração… está com você”

“Dear Doctor, I’m Coming for Soul” é um dos melhores BLs que eu já vi na vida – e a cada episódio eu tenho mais certeza disso. Tudo na série contribui para a construção de uma história memorável: a atuação e a química dos protagonistas, a condução do roteiro, tom dramático e intenso da narrativa… fazia algum tempo que eu não assistia a um BL que eu sentia que todo mundo devia ver, e “Dear Doctor” é um desses – e merecia mais reconhecimento. No fim do episódio passado, quando Prakan convidou Tua Phee para ir com ele para a praia, finalmente ele se lembrou de tudo… ver o Tua Phee sentado no chão encostado em uma árvore, desenhando, o fez juntar as peças e se lembrar de Sanya, o rapaz que conhecera no hospital quando ainda era criança, e “Ticket to the Truth Train” traz as consequências dessa lembrança vindo à tona.

“Ticket to the Truth Train” é um episódio profundamente EMOCIONAL. Eu só não digo que é o episódio mais emocionante de “Dear Doctor” porque tivemos uma sequência de episódios emocionantes, cada um por um motivo, a série sempre em uma crescente de emoções e beleza. Quando Prakan olha para Tua Phee e o chama de “Sanya”, ele ouve novamente o seu coração bater no peito, e entendemos algo que acontece desde o primeiro episódio e, também, o motivo pelo qual Prakan pode vê-lo: Prakan estava no hospital porque precisava de um transplante de coração, e foi o coração de Sanya que ele recebeu. Por isso os dois compartilham uma conexão tão forte, por isso Prakan sempre pôde ver Tua Phee, quando, supostamente, ele não deveria ver ceifadores… essa é uma revelação muito bonita e muito inteligente, que funciona perfeitamente.

Agora, Prakan precisa de tempo para processar essa informação… e eu entendo a reação de Prakan, de choque e confusão, e eu amo o fato de ele não ter se voltado contra Tua Phee/Sanya nem nada, porque ele prometera que não faria mais isso – ele só quer tempo para processar essa informação, e ele quer estar sozinho para isso… essa revelação também o faz reviver eventos de sua vida relacionados ao seu pai, e descobrimos o porquê de Prakan precisar “perdoar” o pai, como a mãe pedira que ele fizesse: quando Sanya morreu e Prakan recebeu o seu coração, rumores se espalharam pelo hospital de que o pai de Prakan teria feito algo errado e “roubado” o coração de Sanya para o seu filho, furando a fila da pessoa que deveria receber o coração antes dele, e Prakan nunca perdoou o pai por isso… agora, no entanto, ele vai descobrir que estava errado.

Com Prakan finalmente se lembrando de tudo, Tua Phee o procura para conversar com ele e para contar o que realmente aconteceu – e mostrar a Prakan que ele não tinha por que julgar o pai, no fim das contas. Sanya se tornara um doador de órgãos na esperança de ajudar Prakan: embora ele não pudesse escolher para quem doar seus órgãos e não pudesse escolher Prakan para receber o seu coração, ele sabia que, doando o seu, a fila andaria mais rápido e, consequentemente, Prakan seria ajudado… o destino, no entanto, quis que Prakan ficasse com o coração de Sanya, e isso foi algo que Sanya/Tua Phee descobriu mais tarde, quando o pai de Prakan morreu e ele foi o ceifador que veio levar sua alma: ele pede ao ceifador que diga ao seu filho, Prakan, que ele não fez nada de errado, porque o primeiro da fila para o coração já tinha morrido, e o segundo não era compatível…

O coração de Sanya estava destinado a Prakan.

Toda a sequência é emocionante. É lindo ver o Tua Phee “acalmando” o pai de Prakan, que nunca desmentiu os rumores que se espalharam pelo hospital porque se sentia culpado por ter “ficado feliz” com o fato de Prakan ter recebido o coração – ele não achava certo que um médico pensasse dessa maneira, porque os outros também eram seus pacientes, mas Tua Phee diz que “ele só estava sendo um pai”, e a verdade é que ele não fez nada errado, então não se pode julgá-lo… também é lindo ver as lágrimas escorrendo do rosto de Prakan quando ele se dá conta de tudo, e quando percebe que foi injusto e que devia ter sabido disso tudo ou entendido isso tudo mais cedo, para perdoar o pai quando ele ainda estava vivo. Enquanto Prakan chora, Tua Phee segura o seu rosto de forma carinhosa e acolhedora, seca suas lágrimas e diz que está feliz que seu coração esteja com ele.

E, então, chegamos a um momento muito esperado: O PRIMEIRO BEIJO DE PRAKAN E TUA PHEE! E é um beijo bonito de se assistir, um beijo verdadeiro, apaixonado… Prakan é quem toma a iniciativa, Tua Phee corresponde e logo as coisas estão avançando depressa, de maneira quente e excitante, até que Prakan interrompa tudo, e diga que “Tua Phee não pode”. Fiquei morrendo de pena do Tua Phee pedindo desculpas e indo embora, mas eu tinha certeza do que Prakan quisera dizer desde o início: não é que ele não quisesse transar com Tua Phee, é só que ele temia que isso fosse desrespeitar alguma regra dos ceifadores e que Tua Phee seria punido por isso… por isso, ele vai até a barraca que Tua Phee armara do lado de fora da casa, senta-se ao seu lado, e pergunta diretamente sobre as regras dos ceifadores e se ele pode ser punido por transar com um humano.

Tua Phee diz que não… e que, por ele, faria de qualquer maneira.

Eu amo esses dois, de todo o coração! Tua Phee e Prakan são personagens incríveis com uma química fascinante, e assisti-los enquanto a relação deles se estabelece até chegar naturalmente a esse momento é algo lindíssimo que “Dear Doctor, I’m Coming for Soul” nos proporcionou nesses 10 excelentes episódios! A cena é, sim, excitante: a maneira como eles se beijam, como se entregam, como Tua Phee tira a camisa de Prakan, como Prakan tira a camisa de Tua Phee… mas, acima de tudo, é uma cena romântica, uma cena de entrega e de conexão entre aquelas duas almas que descobriram há algum tempo que se amam. Sem dúvida, uma cena linda e memorável! Mas ainda faltam dois episódios para o fim da série (que vai deixar muita saudade, não estou preparado para me despedir), e eu estou com um pouco de medo do que pode acontecer.

Espero que eles não sofram muito… até porque já sofreram tanto! Quero vê-los bem!

Em paralelo, os demais casais também se desenvolvem. Vemos Metha preocupado com Nuch conseguindo um possível pretendente, enquanto Natee está desesperado com a possibilidade de Keeta ir embora do hospital depois de ter sido rejeitado por Prakan novamente… eu gosto de ver o Natee apaixonado e sem conseguir esconder isso, porque é uma desconstrução daquele médico asqueroso e arrogante que chegou ao hospital lá no início da série: agora ele está entregue, “correndo atrás de Keeta”, e implorando para que ele não vá embora porque não quer ficar sem ele… ele está bêbado quando, inconformado, diz que “também vai pedir demissão, então”, e quando Keeta o leva de volta para o hospital, Natee o beija. Infelizmente, ele está bêbado, mas ele garante estar consciente e sabendo o que quer, e o que quer há muito tempo: ele quer Keeta.

Então, ele tranca a porta e leva Keeta consigo.

Os casais se entregaram nesse episódio. O que vem a seguir?

 

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