Sítio do Picapau Amarelo (2005) – O sonho de Cecéu

De volta à escola!

Cecéu é uma das minhas personagens favoritas na Temporada 2005 do “Sítio do Picapau Amarelo” – além de ser carismática e divertida, eu gosto muito do crescimento que a sua personagem tem durante os capítulos. Cecéu começa como uma moça que tem o sonho de se casar, para não ficar encalhada como a madrinha, mas ela ganha demais quando se desvencilha daquele roteiro de ter o delegado e o médico da cidade tentando conquistá-la. Essa parte da trama de Cecéu chega ao fim quando um jornalista aparece pelo Arraial dos Tucanos e ela se apaixona por ele, e agora Cecéu está sofrendo porque César parece estar apaixonado por Cléo e ela acha que não tem nenhuma chance com ele… então, ela decide correr atrás de um dos seus sonhos, que sempre foi voltar para a escola, algo que a Dona Joaninha nunca permitiu porque “ela precisava ajudar na pensão”.

Adoro como Cecéu finalmente se impõe contra a madrinha! Depois de quase uma temporada toda implorando sem sucesso para que a Dona Joaninha a deixasse ir para a escola, Cecéu acaba aceitando um emprego na venda do Seu Elias, que está precisando de ajuda desde que se tornou o responsável pelo fornecimento da merenda escolar da escola do Arraial, então ela chega e anuncia à madrinha que não vai mais trabalhar ali na pensão porque conseguiu outro emprego: agora, ela vai poder trabalhar na venda, frequentar a escola e, durante o intervalo, ajudar o Elias a servir a merenda. Eu fiquei TÃO FELIZ pela Cecéu! Foi tão bom vê-la toda decidida, sem se abalar quando a Dona Joaninha começa a rir dela: Cecéu diz que vai pagar um quartinho com o seu salário e vai morar ali como hóspede da pensão. Adorei ver a Cecéu sentada se recusando a ajudar.

Dona Joaninha merecia isso mesmo!

Claro que a Dona Joaninha diz que a Cecéu “é uma ingrata” e tudo o mais, mas quem se importa com a Dona Joaninha? Teteia fica um pouco preocupada com isso tudo, porque sabe que as coisas vão acabar sobrando para ela agora, mas Cecéu precisava fazer isso. Então, ela vai conversar com Antonica, a filha de Dona Benta que é a mais nova professora da escola, e pergunta se ela pode estudar mesmo já sendo mais velha, e a cena é muito emocionante – Cecéu está profundamente FELIZ com a possibilidade de voltar para a escola… e a personagem consegue me fazer chorar. Em uma das cenas mais lindas e mais tristes da história, Antonica percebe que Cecéu não sabe ler e escrever, e então diz que ela não vai conseguir acompanhar as aulas, então Cecéu vai saindo triste, pedindo “desculpas por ter ocupado seu tempo”, mas Antonica vai dar um jeito…

Ela garante a Cecéu que ela vai poder estudar sim, Antonica se precisa conversar com o prefeito antes – e Cecéu fica radiante e emocionada, é muito lindo. Renata Ghelli se entrega a esses momentos de coração, e nos emociona! A proposta de Antonica é abrir uma turma à noite para alfabetizar adultos, e é revoltante a reação do Coronel Teodorico frente à proposta, mas também é a representação exata de muitos políticos. Ele ouve a proposta de Antonica de má vontade, fala sobre todo o custo extra que vai ter, diz que “não vê benefício nenhum em ensinar marmanjo”, e ele chega a dizer que ensinar os adultos a ler e escrever é “perigoso”. Eu entendo a crítica que está sendo feita, mas é sério: o Coronel Teodorico é uma das piores pessoas que já passaram pelo “Sítio do Picapau Amarelo” – ele não vale nada. Felizmente, Antonica sabe como dobrá-lo, e apela ao seu ego…

Vamos ter uma turma para adultos!

 

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