A Favorita – As dúvidas de Lara

Quem está dizendo a verdade?

Lara está atormentada… sua cabeça está cheia de dúvidas desde que Flora saiu da cadeia, e ela teve conversas interessantes sobre isso com Cassiano e com Irene. Quando ela recebeu as cartas que a mãe biológica escreveu quando estava na cadeia, então, ela precisou ir atrás de mais informações, precisou “dar um rosto à pessoa que escreveu àquelas cartas”, mas o que ela não esperava descobrir era que ela já conhecia Flora, no fim das contas, mas Flora se apresentara para ela como “Sandra Maia”. Agora, Lara precisa organizar seus pensamentos e lidar com Flora, que a procura tentando convencê-la da sua versão da história, que vai de encontro com tudo em que Lara sempre acreditou, tudo o que Donatela lhe contou nos últimos 18 anos. Lara não quer sequer cogitar que Flora pode estar dizendo a verdade, mas, quando a ouve, é impossível não o fazer.

E se Flora estivesse mesmo dizendo a verdade?

Sofremos ao lado de Lara com as falas de Flora e Donatela ecoando dentro da sua cabeça e, depois de encontrar com Flora pela primeira vez sabendo quem ela é, Lara vai atrás de Donatela em um apartamento na cidade, e a abraça em busca de conforto, dizendo que precisa conversar com ela… mas Lara pede um copo d’água e, enquanto Donatela vai buscá-lo, Lara descobre que tem mais gente com Donatela naquele apartamento: Dodi, o homem com quem ela foi casada por tantos anos e que estava roubando sua família. Isso a deixa apreensiva, pensativa, talvez em dúvida, e ela se lembra das coisas que Irene dissera quando duvidou de Donatela: ela esteve casada com ele todo esse tempo, Lara acha mesmo que ela é totalmente inocente e não sabia nada do que ele estava fazendo? Assim, Lara acaba não tendo coragem de contar a Donatela que viu Flora…

Ela só diz que viu uma foto dela, o que deixa Donatela incomodadíssima – imagina se ela soubesse de toda a verdade e que não foi apenas uma foto. Lara diz que a pessoa que escreveu aquelas cartas não parece a pessoa que matou o seu pai, e Donatela se exalta, dizendo que bastou ver uma foto daquela mulher para que ela começasse a se questionar, e quando Donatela fala que Flora matou seu pai, Lara a coloca contra a parede: quer saber detalhes do crime, coisas sobre as quais ela nunca quer falar. E eu preciso dizer, João Emanuel Carneiro é certeiro na escrita de seus diálogos, porque a história de Donatela faz sentido, mas, ao mesmo tempo, é cheia de furos e parece inventada… ela diz que Flora planejou tudo e matou o Marcelo com uma arma que era de Donatela, e Lara pergunta por que a arma estava com as suas impressões digitais, e Donatela fala algo sobre ter pegado a arma quando ouviu um barulho estranho ou qualquer coisa assim…

Tudo parece muito conveniente para Donatela, se você me perguntar, e eu adoro como ambas as histórias fazem sentido – como qualquer uma das duas pode estar dizendo a verdade. Donatela fala sobre a manicure que entrou pela porta dos fundos e assistiu ao crime escondida, a testemunha que livrou Donatela, e Lara fica pensativa, sabendo que tem mais coisas que a mãe não está contando: “Você tem que parar de contar as coisas pra mim pela metade”. Depois, Lara conversa com Cassiano sobre isso tudo, e eu amo essa cumplicidade dos dois, e Cassiano é bastante sincero com ela em relação à sua opinião: olhando de fora, sem estar envolvido emocionalmente com toda a história, o que Flora está dizendo faz sentido: que motivo ela teria para matar o Marcelo? Mesmo assim, Lara diz que ama a Donatela e acredita nela e, nesse caso, Cassiano diz que ela tem que esquecer a Flora.

Não pode ficar eternamente atormentada por isso.

Mais tarde, Flora procura por Lara novamente, no rancho, e Lara reage como Irene no início dessa história toda, falando um monte da boca pra fora sobre como não quer ouvi-la, mas ouvindo. Flora diz mais coisas que fazem sentido, como que a tal manicura é cúmplice de Donatela, comprada por ela, até porque Lara conhece a Donatela e sabe que ela não se aproximaria de uma manicure, porque ela se acha superior, um máximo, o que Lara sabe que não é mentira, que essa parte da história é mesmo estranha… Flora sabe que já conseguiu plantar um pouco de dúvida em Lara, então pede que ela investigue. Enquanto isso, Irene briga com Gonzalo sobre Flora pela milionésima vez, e Gonzalo resolve acabar com isso indo pessoalmente atrás de Flora, e ele é violento, grita com ela, a chama de louca, doente… os dois brigam e é bem intenso!

Enquanto isso, Lara está tentando lidar com tudo o que está em sua cabeça, e ela queria conversar com Donatela sobre isso, mas parece que a oportunidade passou… assim como Lara diz para Donatela que “ela não está lhe contando tudo”, Donatela também sabe que algo está acontecendo com Lara que ela não está contando… ela não a olha mais nos olhos, Donatela sente que está desconfiada dela. Donatela apela para o seu recorrente drama, dizendo que Lara costumava confiar nela, que elas sempre foram próximas, sempre foram cúmplices, mas, nesse momento, não há o que fazer. O coração de Lara pede que ele acredite em Donatela, a mãe que amou de todo o coração durante os últimos 18 anos, mas a sua cabeça não para de martelar com tudo o que Flora lhe disse, sabendo que, no fundo, as coisas que dissera tinham, sim, fundamento.

E agora?

 

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