The Sandman 2x09 – Chapter 19: The Kindly Ones
“You
changed. And when one of the Endless change, well… it changes everything”
Continua a
busca por Daniel Hall, o substituo do Rei do Sonhar, enquanto as “Bondosas”
seguem em sua busca por Morpheus, o Sonho atual, colocando em risco o seu
Reino. “The Kindly Ones” é o nono
episódio da segunda temporada de “The
Sandman” e segue tão bonito, melancólico e intenso quanto toda essa segunda
parte da temporada. Estamos nos despedindo da série, do personagem e,
consequentemente, desse universo todo – um universo tão rico, tão amplo, tão
repleto de coisas a serem exploradas. Aceitando que precisa se manter no
Sonhar, pelo menos por enquanto, Morpheus dá vida a uma segunda versão do
Coríntio: um pesadelo que pode ir ao Mundo Desperto e ajudar Johanna
Constantine em sua busca.
Ter o
Coríntio “de volta” é curioso, porque não é exatamente o mesmo personagem… e é o que Sonho garante a todos. Quando Johanna
se mostra relutante em aceitar essa ajuda,
Sonho lhe dá de presente um amuleto que lhe daria o poder de “descriar” o
Coríntio a qualquer momento, se julgasse necessário – curiosamente, não parece
ser necessário… ele realmente é diferente do Primeiro Coríntio. A inusitada
dupla que eles formam nos entregam excelentes cenas, como quando Coríntio,
“todo certinho”, impede Johanna de invocar Odin porque “Sonho disse que não era
para eles fazerem isso”, ou quando Coríntio diz que eles não precisam de Odin
porque eles têm a Johanna… há algo ali de interesse e curiosidade mútuas que me
interessa.
No fim,
Johanna Constantine vai ficar contente por ter um companheiro de viagem nessa
busca por Daniel Hall… enquanto isso, Morpheus se volta a alguns assuntos do
Sonhar: ele não gosta da ideia de ficar “preso” ou “escondido” ali, mas não é
como se ele não tivesse nada para fazer, como Lucienne lhe mostra, e ele começa a fazê-las. Sua ideia é deixar
tudo em ordem e garantir a segurança e continuidade do Sonhar antes de partir.
Gosto muitíssimo da cena que Sonho compartilha com Gilbert, o Verde de
Violinista, na qual Gilbert fala sobre tudo o que ele fizera: ir ao Inferno por
Nada, ir ao Mundo Desperto por Destruição e se sacrificar pelo próprio filho, o
que ele considera a maior prova de amor possível. Ele mudou, e é impossível não
reparar.
Loki, por
sua vez, segue com o seu plano que envolvia
jogar Daniel Hall no fogo… ele não tinha certeza de que isso não o mataria,
mas ele apostou em uma estratégia que conhece da Mitologia Grega, e jogou
Daniel no fogo para “queimar a sua humanidade e torná-lo um deus”. Agora,
Daniel Hall se tornou propriamente um SENHOR DOS SONHOS, tão poderoso quanto
Morpheus, se não mais… ele é um Perpétuo. O relacionamento de Loki e de Puck,
ou Robin Goodfellow, chega ao fim depois disso tudo, tanto porque Loki mentiu
para ele e escondeu coisas, quanto porque ele não se importava se o plano desse
errado e Daniel Hall acabasse morrendo. Assim, ele está bebendo desoladamente
no bar ao qual a trilha de fogo conjurada por Johanna a leva.
Puck não vê
motivo para não dizer a Johanna e
Coríntio onde Loki está… ele não se importa o suficiente, e talvez Loki
mereça a “vingança”. Loki até tenta se passar por Sonho para despistá-los, mas
Johanna sabe que não é ele, e
Coríntio tem certeza graças aos olhos
– tudo está nos olhos. É uma cena interessante com Loki tentando escapar se
passando por cada um deles e terminando entregue novamente a Odin e Thor, de
volta para a sua prisão perpétua da qual ele escapara graças à ajuda de Sonho…
devo dizer que o Loki foi bastante estúpido nisso tudo, porque ele tinha
conquistado a liberdade, e ele coloca tudo a perder por não querer ficar preso a um favor ao Sonho. Agora,
Daniel Hall está livre, e para quem ele será devolvido… Lyta ou Sonho?
Johanna
entende que não é mais o Daniel Hall de
antes, e deixa que Coríntio o leve ao Sonhar, mas se despede dele, com
algum pesar – eles aprenderam a se importar um com o outro mesmo com tão pouco
tempo juntos, mas ela não vai se arriscar… é dolorosa e bonita a conversa na
qual ela fala que não quer que doa, por isso vai embora, e quando ele pergunta
se eles não podem se encontrar nem nos sonhos, ela diz que, nesse caso, a dor
seria despertar. Mas muitas coisas estão acontecendo ao mesmo tempo, não é uma
simples progressão de salvar Daniel Hall a entregá-lo ao Sonhar. Delírio está
em uma nova busca; Nuala está tentando juntar um exército para ajudar Morpheus;
e Lyta está se unindo às Fúrias na casa pelo Senhor do Sonhar.
Delírio
busca Destino para perguntar sobre Barnabás, o cachorro que ganhara de presente
de Destruição e que está agora desaparecido, e ele fala enigmaticamente sopbre
como os eventos não são independentes – se ela buscar Barnabás, ela o
encontrará, mas também encontrará outras coisas e a decisão é sua se está
pronta para isso… não sei o quanto Delírio de fato não entende e o quanto
entende e não se importa. De todo modo, ela vê algo inusitada acontecer quando
Destino se torna dois Destinos e, depois, múltiplos Destinos… algo que, ao
comentar quando busca a companhia e a ajuda de Sonho novamente, enche Morpheus
de esperança pela primeira vez em muito tempo: é tão bom vê-lo sorrindo com genuína felicidade daquela maneira.
Mas o
Destino está prestes a voltar a ser apenas um… e é irônico que Nuala seja, de
certa forma, a culpada por isso. Ela não está feliz no Mundo das Fadas e ela
quer lutar contra as Bondosas por Sonho, e quando o seu colar, presente do
Mestre Moldador, é roubado pela Rainha, ela tenta negociar: ela o deixa ficar
com ele, em troca de ela poder retornar ao Sonhar para contar o que Robin lhe
contara… que as Fúrias estão vindo por
Morpheus. A Rainha, no entanto, não abre mão de Nuala porque não quer ser
contrariada, e usa o poder do colar para invocar Sonho ali – e é justamente
isso o que o coloca em perigo. Ele estava seguro enquanto estava no Sonhar… mas não está mais. Os Destinos
conflitantes somem, as coisas acontecerão como devem acontecer…
Lyta Hall e
as Fúrias chegam ao Sonhar, livres para entrar na ausência de Morpheus…
Elas matam Gilbert primeiro… mas estão ali
para trazer destruição a todo o reino.
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