Doctor Who (6ª Temporada, 1969) – Arco 050: The War Games, Parte 2

Um novo Senhor do Tempo: o Chefe de Guerra.

O Segundo Doctor, Jamie e Zoe caíram, literalmente, no meio de JOGOS DE GUERRA. Embora tenham acreditado inicialmente que a TARDIS os levara até a Terra em 1917, durante a Grande Guerra, eles eventualmente perceberam que alguma coisa estava errada… ao atravessarem uma espécie de névoa, eles adentram diferentes “zonas temporais” nas quais encontram soldados que acreditam estar em 1745 ou romanos que viveram pelo menos 2.000 anos antes da época da Primeira Guerra Mundial. O Doctor está prestes a descobrir que nem na Terra eles estão, e assim a trama de “The War Games” vai ganhando contornos cada vez mais complexos e mais interessantes, justificando os seus 10 episódios enquanto nos preparamos para uma grande despedida.

Existe uma TARDIS – que tem o circuito camaleão funcional, diga-se de passagem – trazendo soldados de diferentes épocas da história da Terra para onde quer que eles estejam, e quando ela pousa dentro de um celeiro, a curiosidade do Doctor não permite que ele deixe de dar uma olhada… e Zoe entra atrás dele para chamar por ele, enquanto Jamie fica para trás quando a TARDIS parte levando o Doctor e uma de suas companions. Lá dentro, o Doctor e Zoe encontram grupos se soldados de diferentes épocas que parecem estar em transe, só esperando que a nave pouse em algum lugar onde eles farão o que soldados fazem: lutar uma guerra. Enquanto o Doctor e Zoe investigam, Jamie e Jennifer são capturados novamente, mas presos para serem eliminados “junto com os outros dois”.

A viagem do Doctor e de Zoe se mostra bastante útil, no fim das contas… eles chegam ao que parece uma universidade ou um centro de pesquisa, e terminam usando óculos que todo mundo está usando em uma palestra que explica muita coisa: soldados estão sendo “sequestrados” e colocados em um contexto que parece ser o mesmo daquele do qual foram retirados, para que acreditem que seguem vivendo suas vidas no Planeta Terra, lutando a guerra que estavam lutando antes de serem pegos. Para isso, existe uma espécie de controle mental ao qual algumas pessoas “de personalidade mais forte” estão se mostrando resistentes, e é por isso que eles trazem o Tenente Carstairs, alguém que se unira a grupos de resistência e em quem eles querem testar uma nova tecnologia…

Um novo tipo de controle.

O protótipo de uma nova máquina de controle parece se mostrar eficaz quando o Tenente Carstairs, outrora amigo do Doctor e de Zoe e conhecedor da realidade, desperta achando que está de volta em sua guerra e apontando para os dois como se eles fossem espiões alemães. O que o Doctor não pode negar é a eficiência da máquina, e ele sabe muito bem que ela pode ser usada justamente para reverter essa situação… desde que a entenda bem, e eu adoro a maneira como o Doctor se aproxima e fala tão animada e confiantemente que ele deixa o cientista desconcertado – até que eles sejam realmente reconhecidos e, portanto, marcados como perigosos. Zoe é capturada e levada para um interrogatório, enquanto o Doctor tenta reconquistar a ajuda de Carstairs.

Toda a cena de Zoe na sala de interrogatório é interessante porque as máquinas parecem não funcionar nela… isso ou ela está realmente dizendo a verdade, e é isso o que faz com que o Chefe de Guerra a identifique como uma ameaça ainda maior. Ela está sob efeito da Máquina da Verdade quando fala que veio do século XXI e que chegou em uma TARDIS, por exemplo. O que eles não esperam é que a tentativa de influenciar a Zoe é um tiro que deve sair pela culatra… quando o Doctor resgata Carstairs e encontra Zoe, ele fica sabendo sobre a Resistência, e as informações que chegaram à mente de Zoe podem ajudá-los a voltar e reunir os pequenos grupos de resistência das diferentes zonas temporais para formar um único exército que tem mais chances de vencer.

“The War Games” é eletrizante porque não se rende, em momento nenhum, à monotonia. Com tantos episódios, poderia ter acontecido, mas a cada episódio é uma novidade, uma descoberta, um novo elemento que deixa a trama mais interessante, e toda essa coisa de termos os Senhores do Tempo espreitando é interessante demais para “Doctor Who”. O “Chefe de Guerra” é um novo Senhor do Tempo que aparece na série e que está prestes a enfrentar uma movimentação contra ele das próprias pessoas que estavam ao seu lado, porque eles falam sobre como ele “não é um deles” e ele “traiu o próprio povo”, então não podem saber onde reside de fato a sua lealdade… a história está crescendo, e estou curioso para saber que rumos tomará na sua metade final.

 

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