I’m the Most Beautiful Count – Episódio 6

Passado e presente.

Que sensação gostosa de que ESTOU ASSISTINDO UMA DAS MELHORES SÉRIES DO GÊNERO! “I’m the Most Beautiful Count” não cansa em surpreender. Esse sexto episódio é um ponto importantíssimo da história porque faz com que Prince perceba a fagulha da revolução que existe em si, então chega a hora de agir: Prince quer lutar ao lado do Lorde Kosol pela mudança nas leis do país. O episódio, que tem seus bons momentos de comédia, marca registrada da série, também traz momentos muito mais sérios do que antes, além de cenas bastante reveladoras que ajudam a dar corpo à narrativa. Termino o episódio mais apaixonado do que eu estava antes, e curioso para saber como tudo será conduzido de agora em diante. A promessa é grande.

O episódio explora algo que não foi explorado a fundo antes, que são os paralelos entre a vida que Prince está levando agora, no lugar do Conde Worradej, e a que levava em seu próprio tempo. Acompanhamos uma ação importante de Prince no presente, quando se assume publicamente como uma pessoa trans e se torna a primeira idol LGBTQ+ da nação de Saenya, porque não está disposta a perder a si mesma para agradar aos demais. Essa é a prova de que existe em Prince (mais do que) uma fagulha de revolução que agora será colocada a serviço de Kosol e de todo o movimento com Banjong, do qual Worradej também fazia parte – desde que Kosol altere a lei que proíbe o amor entre pessoas do mesmo sexo. Kosol pretende mais do que isso: pretende legalizar o casamento.

Avançado para a época, mas o Kosol é uma pessoa queer, então faz sentido!

Colocando em prática esse gostinho de revolução recém-descoberto, Prince não hesita em se voluntariar para buscar Jade quando descobre que ele está desaparecido há três dias – e ficou desaparecido porque ela acreditava que Jade estava com o Rei Chaiyached e vice-versa. Ele foi preso junto a outros e está fazendo trabalhos forçados, e é angustiante vê-lo apanhando enquanto está fraco demais para continuar trabalhando… a cena traz outro paralelo com a antiga vida de Prince, quando defendeu uma garota de um host abusivo e agressivo. Prince não teria conseguido salvar Jade sozinha, mas felizmente Banjong aparece a tempo de resgatar a ambos… mas não pode resgatar um a um das pessoas presas: a mudança precisa ser em larga escala, nas leis…

Para salvar a todos.

Depois de “resgatar” Prince, Banjong quer conversar, quer confessar algo… e isso nos leva a um flashback REVELADOR dos últimos momentos de vida do Conde Worradej. É absurdo, revoltante e assustador o modo como Worradej não é aceito no grupo da revolução por ser como é e por ter nascido na família que nasceu, e quando a hostilidade contra ele chega a níveis incontroláveis e ele é atacado, ele reage pegando uma faca do chão e acertando o primeiro dos homens que parte para cima dele… e, ali, ele mata Vichai. É por isso que já ouvimos dizer que ele era o responsável pela morte de um companheiro. Worradej está em choque depois, sabendo que pagará por isso, enquanto o grupo que assistiu ao assassinato exige que Banjong faça algo…

E é mais do que tirá-lo do grupo.

Entendemos antes de ver acontecer… foi assim que Worradej morreu, e é por isso que foi o Banjong quem “encontrou” o seu corpo. Banjong entrega uma cumbuca com água para ele, e a sua expressão, suas lágrimas, sua mão tremendo não o deixam esconder que ele segura em mãos a morte de Worradej – Worradej também entende e a pega para tomar. Enquanto morre envenenado, Worradej segura a mão de Banjong para dizer, mais uma vez, que o ama e para pedir que ele continue a missão deles… agora, Banjong está pedindo perdão a Prince por isso e pelo tiro recente, e não é fácil perdoar alguém que tentou a matar duas vezes, mas Prince consegue, de alguma maneira. O perdão de Prince faz com que o semblante de Banjong mude por completo.

Ele parece uma nova pessoa.

Prince está fazendo a diferença e seguirá fazendo… e, agora, talvez ela entenda finalmente o que tem que fazer: sua missão ao assumir a vida de Worradej não está ligada a romances, não necessariamente – ela está ali para completar a missão do Conde, por isso Worradej dissera que o que ele queria era o mesmo que Prince: eles querem mudar o mundo. Prince tem a chance de fazê-lo com toda a influência que inusitadamente conquistou desde que caminhara sobre o fogo no episódio anterior. Os milagres da ciência parecem incompreensíveis naquela época, e Prince passa a ser tratada como uma divindade, com várias pessoas pedindo bênçãos no mercado, por exemplo… e se tem uma coisa que Prince sabe é ser uma estrela e dar um espetáculo.

É de um espetáculo que eles precisam para reunir mais soldados para o exército de Kosol!

Amo a sequência final do episódio: ela é exagerada, absurda e hilária, e rende o resultado esperado. Kosol precisa confiar em Prince e fazer o que ela pede, e isso envolve fingir que Prince está usando o seu corpo emprestado para baixar uma entidade que fala em uma língua diferente, enquanto Prince faz a tradução e incentiva todos a se alistarem no exército de Kosol… é quase inesperado, e eu me diverti demais vendo o Kosol entrando nessa coisa toda, porque não tem mais como fugir, e flagramos momentos de diversão e de satisfação em sua expressão que são recompensadoras. Ele consegue pessoas para o exército… incerto sobre os métodos de Prince, é verdade, mas funcionou, não funcionou? Não vejo motivos para reclamações…

 

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