Supernatural 1x02 – Wendigo
“Saving
people, hunting things. The family business”
A morte de
Mary Winchester, há 22 anos, colocou John em uma caçada interminável pela coisa
sobrenatural que matou a sua esposa… foi assim que Sam e Dean cresceram “sendo
criados como guerreiros”, enfrentando fantasmas, demônios e outras criaturas,
mas Sam não queria viver o resto de sua vida assim. Depois de ter decidido que
“teria uma vida normal”, no entanto, sua namorada morreu exatamente da mesma maneira que a mãe há tantos anos – e, agora,
Sam é jogado novamente na vida que tentou deixar para trás, mas que não pode.
Exibido originalmente em 20 de setembro de 2005, “Wendigo” é o segundo episódio da primeira temporada de “Supernatural” e traz os Irmãos
Winchester procurando o pai e enfrentando o que aparece pelo caminho.
Como
comentei ao retornar a “Supernatural”
em meu texto anterior, Sam é um personagem complexo,
e eu gosto disso. A morte de Jess – e, mais do que isso, a maneira como ela
morreu – o coloca em uma espiral perigosa que chama a atenção de Dean. Sam
nunca foi de “atirar primeiro e fazer perguntas depois”: sempre o mais
inteligente e o mais sensato da dupla, Sam costumava deixar que o Dean fosse o
mais agressivo e impulsivo, mas ele está agindo de maneira estranha enquanto
eles investigam um caso… tem muita coisa sendo contida dentro dele e, por isso,
Sam parece estar no limite, mais reagindo do que tomando decisões que
combinam com ele. É um traço de humanidade importante que ajuda a dar corpo
para o personagem.
Gosto de
como há sensibilidade e um cuidado da série em construir seus personagens.
Preciso me lembrar que, apesar de eu ter passado 15 anos ao lado de Sam e Dean
e sentir que os conheço bem, em “Wendigo” ainda estávamos os vendo pela
segunda vez – tudo era muito novo!
Não é verdade que Sam não se importa
com nada além de encontrar o pai para que eles possam ir atrás do que quer que
tenha tirado a vida de Mary e de Jess, e mais de uma vez durante o episódio
suas atitudes mostram diferente do que ele está dizendo, mas gosto particularmente da conversa que Dean tem com ele
sobre o porquê de eles fazerem o que
fazem: eles caçam monstros para poder salvar outras pessoas, para permitir
que elas tenham a vida que eles não tiveram.
É aqui que
Dean solta a FRASE MAIS ICÔNICA de “Supernatural”.
Nesse
segundo episódio, Sam e Dean estão seguindo as coordenadas deixadas por John em
seu diário de caça e isso os coloca no rastro de desaparecimentos misteriosos
que podem ou não ser ataques de urso – e, em se tratando de “Supernatural”, nós sabemos que não é.
Dois rapazes que estão acampando juntos são surpreendidos por alguma criatura e
a irmã de um deles, Haley, sabe que algo está errado antes que possa fazer uma
denúncia de desaparecimento formal: Tommy lhe mandava mensagens e vídeos
diariamente, e ele não o fez no dia anterior. E ao analisar o último vídeo
enviado por ele, Sam se dá conta de uma sombra se movendo atrás dele em três
frames, numa fração de segundo… o que quer que estejam enfrentando, é rápido.
Casos
similares foram registrados em 1982, em 1959 e em 1936… uma vez a cada 23 anos.
E um sobrevivente que era criança no ataque de 1959 pode dar aos Winchester
alguma informação importante – até porque eles o escutam sem duvidar dele, como
tantas pessoas duvidaram durante anos. Diferente do episódio anterior, Sam e
Dean não estão enfrentando um espírito dessa vez: e se eles estão enfrentando
uma criatura corpórea, isso quer dizer que eles
podem matá-la. Matar um Wendigo, no entanto, não é simples: facas e tiros
não vão resolver… eles precisam incinerá-lo. Um Wendigo é uma criatura que já
fora humana em algum momento, e que perdeu sua humanidade através do
canibalismo contínuo, e agora caça para sobreviver…
E hiberna
durante longos períodos.
Sam e Dean
precisam retornar para a floresta na qual o último ataque do Wendigo foi
registrado… e eles não estão sozinhos, já que Haley quer ir pessoalmente
procurar o irmão. Aos poucos, ela vai entendendo que eles não estão lidando com
o ataque de um urso, e os Winchesters
precisam ser sinceros com eles – curiosamente, Roy, que é o único cético, é o
único desse grupo de resgate a morrer… e em parte porque ele não escuta o Dean
e atira na criatura, a deixando irritada. Wendigos são, aparentemente,
criaturas inteligentes: eles se movem depressa, preparam armadilhas, imitam
vozes humanas para atrair as pessoas para onde eles querem… e então eles os
capturam e os devoram, ou então os “armazenam” para mais tarde.
Tommy tem
essa sorte… Haley e Dean, quando são capturados, também. Gosto bastante de como
o Sam protagoniza novamente parte da ação central do episódio, e de como seu
instinto faz com que ele se coloque na frente dos demais de maneira protetora,
e essa é uma atitude que mostra mais de quem
ele realmente é além de sua capa explosiva atual, porque ele age sem pensar
e, sem pensar, ele age pelos demais. A vitória sobre o Wendigo traz uma boa
cena de efeitos práticos em uma caverna escura e uma família salva, e os
Winchester seguem viagem… eles têm coisas a fazer: eles precisam encontrar o
pai e quem matou Mary e Jess, mas, no meio do caminho, eles têm alguns monstros para caçar e algumas pessoas
para salvar…
Afinal, “é o negócio da família”.
Para mais
postagens de uma revisita a “Supernatural”,
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aqui.
Para os textos da época original de exibição, clique aqui.

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