Glee 4x03 – Makeover

“A change would do you good”

Exibido originalmente em 27 de setembro de 2012, “Makeover” é o terceiro episódio da quarta temporada de “Glee”, e eu acho que esse é o primeiro caso em que a divisão entre Ohio e Nova York não funciona à perfeição… a dicotomia é muito grande. Em parte, é proposital que os dois “mundos” pareçam tão distantes, porque é o que está afastando todos os casais que pretendiam manter um relacionamento à distância, mas sinto que apenas a narrativa de Nova York vale a pena aqui… é curioso, porque eu gosto muito do Sam e do Blaine, mas a narrativa do McKingley High não empolga, e eu, que gosto demais dos personagens novos, senti falta de ver mais de Marley, Jake, Unnique… pessoas que têm histórias para contar.

Blaine está se inscrevendo para todos os clubes extracurriculares que vê pela frente – em parte porque é sua hora de brilhar e isso vai ficar bem no seu currículo para a faculdade… em parte, no entanto, é porque ele precisa preencher os seus dias agora que o Kurt não está. Depois de “Everybody Wants to Rule the World”, Blaine decide concorrer à presidência, e a única outa candidata é Brittany S. Pierce: sim, a mesma presidente que não fez nada até o baile de formatura no ano anterior. O episódio vai, a cada momento, evidenciando o problema no relacionamento de Blaine e Kurt: com o Kurt em Nova York, cheio de novas experiências, é como se ele estivesse “em outro mundo”, e ele precisa viver isso plenamente. Mas o Blaine também queria falar e ser ouvido…

Posso dizer? EU, particularmente, não acredito em relacionamento à distância por isso.

Dessa vez, a trama da eleição é bem rápida… Brittany anuncia Artie como seu vice-presidente e sugere o Sam para ser o vice de Blaine, e Britt e Sam compartilham uma boa música com “Celebrity Skin” enquanto Artie e Blaine os ajudam a se preparar para o debate… que diga-se de passagem, é um CAOS. Sam é quem preside o debate, mas a coisa só vai ficando cada vez mais hilariamente caótica: o Artie fala por sabe-se lá quantos minutos sem parar; o Sam, ao perguntado sobre sentir vergonha de ter sido stripper, tira a camisa e exibe o corpo, que é realmente lindíssimo; Blaine fala sobre a tirania de Brittany pela proibição do gel no cabelo e fala sobre queimar livros e pessoas; e Brittany fala sobre querer cancelar férias e tornar sábados e domingos ilegais.

Artie sabe que ali eles perdem a eleição.

E perdem mesmo.

Se o Blaine está se sentindo sozinho e questionando sua estadia no McKingley High, porque viera para a escola, em primeiro lugar, por causa do Kurt, o Kurt está começando a viver um sonho em Nova York… é um pouco mais rápido e mais fácil do que na vida real, mas torcemos pelo Kurt. Ele consegue uma entrevista na vogue.com, com Isabelle Wright, e ela simplesmente cai de amores por ele depressa. Aqui, temos que deixar de lado a descrença e aceitar que um adolescente que acabou de sair da escola está sendo perguntado sobre ideias para uma coleção importante, tem a chave para entrar em uma das maiores empresas de moda do mundo e não sofre nenhuma sanção por invadir o local durante a noite levando uma amiga…

Rachel, por sua vez, está precisando de uma transformação… não é apenas porque as pessoas em NYADA estão tirando sarro dela, mas porque, como o Kurt diz, ela se sente exatamente a mesma porque continua se vestindo exatamente igual… é aí que Kurt leva Rachel para a vogue.com, é descoberto por Isabelle e ela não apenas apoia a invasão, com direito a um número musical – “The Way You Look Tonight / You’re Never Fully Dressed Without a Smile” –, como ainda aprova a ideia para um vídeo no site. É um passo importante para o Kurt, e também para a Rachel, que, como ele diz, parece até mais confiante desde a mudança: no cabelo e no estilo de roupa. E posso dizer? ESSE é o verdadeiro episódio da NOVA RACHEL, e eu amo a NOVA RACHEL.

Infelizmente, ela está prestes a ser trazida de volta ao seu antigo eu…

A presença de Finn é um atraso para a Rachel.

Parte de mim acredita que o que o roteiro fará com o Brody eventualmente é uma tentativa desesperada de dizer: “Olha, é para a Rachel ficar com o Finn, vocês não podem gostar do Brody”. Porque eu acho impossível não gostar do Brody nesses primeiros episódios da temporada e eu torço por ele e Rachel e vibro com cada momento deles. Esse é um episódio importantíssimo para os dois. Gosto demais de como o Brody é confiante e de como ele é atacante, e de como a consistência vai gerando resultado, como a Rachel vai ficando balançada… e convenhamos: o Finn passar MESES sem uma ligação, uma mensagem ou uma informação é um absurdo gigantesco, não é nenhuma “prova de amor”. Eu estou do lado de Rachel…

E ecoo o que a música diz: “A Change Would Do You Good”.

Inclusive, a química de Rachel e Brody durante “A Change Would Do You Good” me convencem demais: amo a diversão, a leveza, a provocação na cena do sorvete… e Brody é um homem lindíssimo com, como podemos ver no fim da música, uma pegada interessante. Rachel está sem fôlego e tudo naquela situação a faz convidá-lo para jantar na sua casa na noite seguinte. Rachel está lindíssima se dedicando ao jantar, embora coloque fogo na casa e eles comam pizza, e ele está lindo quando chega trazendo flores e tudo o mais. O flerte descarado, o clima, o encontro que eles não chamam de encontro, o beijo quente e com mais química do que a Rachel teve com Finn em três temporadas… e quando ela está se entregando e seguindo em frente, a campainha toca…

Finn está ali. Pronto para fingir que nada mudou e que o tempo não passou.

 

Para mais postagens da minha revisita a “Glee”, clique aqui.

 

Comentários