Alice in Borderland 3x01
“Seja muito bem-vindo a Borderland”
Quase três
anos depois da finalização perfeita
de “Alice in Borderland” na segunda
temporada, a Netflix lançou a TERCEIRA TEMPORADA que foi recebida, pelo menos
por mim, com certo receio… eu amo a
série desde a sua estreia, mas é justamente por isso que eu fiquei com um pé
atrás no anúncio de uma nova temporada: havia
mesmo a necessidade de continuar a história de Arisu? Afinal de contas, a
conclusão apresentada no fim de 2022 fechou com maestria a jornada daquelas
duas temporadas. Mesmo com esse receio e ainda sem poder opinar sobre a
terceira temporada completa – que estreou com seus 6 episódios no último dia 25
de setembro –, eu gostei desse primeiro episódio… é introdutório e precisa reapresentar
o conceito de “Borderland”, e estou curioso com a abordagem.
Algum tempo
se passou desde a queda do meteorito em Shibuya que resultara na experiência de
quase-morte de Arisu e dos amigos em uma espécie de “outro mundo” no qual eles
eram obrigados a participar de jogos nos quais precisavam lutar por sua
sobrevivência… agora, o encontramos sendo entrevistado por Ryuji Matsuyama, um
professor universitário conduzindo pesquisas sobre experiências de quase-morte,
e descobrimos que Arisu não guarda
memórias daquele “mundo” em que estivera. De volta ao “mundo real”, Arisu
vivera uma história com Usagi e agora os dois estão casados, e é
propositalmente estranho encontrar
Arisu e Usagi nessa versão mais ensolarado
e iluminada do mundo: existem cores, eles sorriem, parecem muito mais
leves…
Por
enquanto.
A
fascinação/obsessão de Ryuji Matsuyama e a busca por respostas a respeito do
que quer que pessoas como o Arisu tenham vivenciado acaba o levando por
caminhos obscuros e perigosos… ele consegue um convite para uma espécie de
“seminário”: um lugar que, a meu ver, parece uma “Simulação de Borderland”.
Aqui, por alguns minutos, parecemos estar de volta ao universo já conhecido de “Alice in Borderland”: uma mesa, algumas
cadeiras, uma carta na frente de cada jogador, a proibição de se mover após
sentar-se… e, quando o jogo começa, pessoas começam a morrer até que só reste
um – e Matsuyama vai fazer de tudo para que esse “um” seja ele. A conclusão do
jogo é eletrizante, e um momento importante que nos ajuda a conhecer esse novo
personagem…
Ali, ele
blefa. Ele sabe bem o que está fazendo e como ganhar. E ganha.
Com uma
“experiência de quase-morte” forjada, ele é recebido em Borderland.
Não temos
mais notícias de Ryuji Matsuyama, levado por Banda para Borderland por ora, e a
narrativa se volta novamente ao “mundo real”, onde Arisu recebe a visita
inesperada de Ann: alguém que ele conhecera em Borderland e que guarda suas
memórias daquele lugar… gosto muito da dinâmica da cena deles, a mudança no
clima do episódio e como a chegada de Ann instala
a tensão – “Arisu, é tudo real… você só não se lembra”. Ann fala sobre um
“outro mundo”, real, no qual eles lutaram e sobreviveram, e por isso retornaram
vivos após a queda do meteorito. Em paralelo, vemos Usagi tendo flashes do que acontecera em Borderland,
e isso antecipa o seu desaparecimento.
Muito em breve, Arisu não terá outra alternativa a não ser acreditar em Ann se
quiser salvar Usagi.
Antes de
“desaparecer”, Usagi faz uma ligação misteriosa a Arisu, com um pedido de
desculpas, mas a polícia não lhe dá atenção por mostrar gravações de um hotel
no qual Usagi se encontra com Matsuyama, e quando eles finalmente percebem que há algo de errado, talvez já seja tarde
demais… investigações sobre o que chamam de “suicídios em massa” em encontros
misteriosos chamados de “seminários” podem ser a resposta para o
desaparecimento de Usagi, e Arisu está sendo gradativamente “convocado” de
volta para Borderland. Ele também tem uma visão de Banda, que lhe entrega uma
carta (O CORINGA!) e lhe promete que a sua memória vai voltar e que “a sua
amada também vai participar dos jogos”, e a mente de Arisu parece tentar trazer
as memórias à tona.
Ainda é tudo
muito confuso para ele.
Eventualmente,
Arisu é avisado de que Usagi está em coma e, nos seus pertences, ele encontra
uma Carta Coringa exatamente como a que Banda lhe entregou mais cedo, então ele
percebe que não existe outra coisa que ele possa fazer a não ser procurar por Ann… ela é a pessoa que
mais parecia saber sobre o que estava acontecendo. A visita ao hospital
psiquiátrico acaba sendo, também, o seu passaporte de volta a Borderland: ele
está disposto a fazer qualquer coisa para salvar a esposa e o filho que ele
acabara de descobrir que ela estava esperando… alguém os está levando para aquele
mundo e ele precisa trazê-los de volta! Ann explica para Arisu sobre os 2
minutos que separam uma parada cardíaca da morte irreversível, e sobre a infinitude presente desses 2 minutos.
Quando o
meteorito caiu em Shibuya, tudo o que Arisu vivenciara em Borderland e parecera
uma eternidade aconteceu dentro de 2
minutos no “mundo real”, porque o tempo passa diferente aqui e nesse outro
mundo de consciência compartilhada.
Tudo ainda parece confuso e inacreditável para Arisu, mas ele não tem outra
alternativa a não ser acreditar – para que possa se permitir ter esperanças de
encontrar e resgatar Usagi. Arisu recebe uma ligação que fala sobre a parada
cardíaca de Usagi, então o tempo está correndo – ELE TEM 2 MINUTOS. Assim, ele
aceita o “caminho artificial” de Ann para chegar a Borderland, permitindo que
ela injete nele uma droga que também faz
o seu coração parar, e então tudo fica silencioso e vazio ao seu redor…
Exatamente
como aconteceu da primeira vez, quando ele se escondeu com os amigos no
banheiro da estação de trem em Shibuya. Dessa vez, a transição acontece naquele
hospital psiquiátrico, e eu me senti novamente no início de “Alice in Borderland”. Em um lugar
silencioso, Arisu vê placas que indicam direções até a arena na qual o primeiro jogo está prestes a acontecer…
depois de tudo o que Arisu sofreu para conseguir sair daquele lugar, ele está de volta. Parece um flashback angustiante ver Arisu ser
“inscrito” em um novo jogo, e agora ele está com uma série de jogadores
desconhecidos dentro de um templo, com um jogo que está prestes a começar…
vamos ver qual é a proposta dessa nova temporada, espero que ela se saia bem!
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