I’m the Most Beautiful Count – Episódio 2

“Let’s be scandalous!”

QUE SÉRIE DELICIOSA DE SE ACOMPANHAR! Eu já terminei o primeiro episódio de “I’m the Most Beautiful Count” me sentindo conquistado pela série, mas o segundo episódio é ainda mais fascinante – e estou encantado pela riqueza do roteiro, que consegue trazer tanta coisa à tona ao mesmo tempo: é uma série de comédia que está encontrando o seu tom e também é uma série de romance que promete ser provocativa e curiosa, mas ela ainda vai além disso… o episódio nos traz pequenas reflexões a respeito da realidade da comunidade LGBTQIA+ e o preconceito sofrido (seja no passado, seja no presente, porque Prince também já a provou em seu próprio tempo), bem como uma trama política na tentativa de tirar o Rei Chaiyached do trono.

Prince está se envolvendo em algo muito maior do que ele pode imaginar. Ao assumir a vida de Worradej depois de misteriosamente despertar no passado, sua prioridade é descobrir quem era o namorado do Conde… quem é o motivo por trás de sua tentativa de tirar a vida. É divertido como “Worradej” parece alheio a uma trama grandiosa enquanto presta atenção nas interações de cada homem bonito que cruza o seu caminho em busca de respostas (talvez eu não o culpe, para ser sincero), e essa é uma estratégia bacana de “I’m the Most Beautiful Count”, e a torna cada mais divertida e interessante de se assistir minuto a minuto. Ao longo do episódio, Prince vai descobrindo mais sobre a rebelião e seu motivo e vai se aproximando do Lorde Kosol.

Mesmo.

A interação de Prince com Banjong no fim do episódio anterior, depois que ele o ajudou a escapar de Kosol, faz com que ele se pergunte se ele pode ser o namorado secreto de Worradej – e o fato de ele encontrar em uma gaveta o poema que Banjong recitara no barco parece uma pista importante. Por isso, ele pede a ajuda de Jade para investigar, e ele se depara com o Banjong misteriosamente conversando com Kosol em sua casa. Longe demais e descoberto por Pandao, a irmã de Banjong, Prince não consegue escutar a conversa dele com Kosol e coisas sobre a “causa”, o “grupo” e as dúvidas de Banjong sobre poder ou não confiar em Worradej, porque acredita que ele está fingindo amnésia e está ali para destruí-los de dentro da organização.

E ele “não vai perder outro camarada por causa dele”.

Uhm. Intrigante.

Prince quer que Banjong o deixe ficar na sua casa… e Kosol o convence a aceitar o pedido, até porque se existe dúvidas a respeito da lealdade de Worradej e se o pai dele está tentando destronar o Rei Chaiyached também, talvez mantê-lo por perto seja a melhor das opções. É claro que Prince está ali porque ele quer investigar o possível envolvimento romântico entre o Conde cuja vida assumiu e Banjong, e é assim que ele invade o escritório de Banjong em busca de documentos que tenham a sua letra: e ele descobre que a letra do poema que ele encontrou em sua gaveta é mesmo de Banjong… gosto da dinâmica de o Prince estar entrando sorrateiramente em lugares para fazer uma coisa e, devido a toda a trama, eles desconfiarem que ele está fazendo outra.

Enquanto isso, Jade cobre a ausência de Worradej em casa.

Gosto muito de como a série investe na aproximação de Prince e de Kosol, e de como ele vai descobrindo que o Kosol não é nenhum monstro… ele não entende, inicialmente, os olhares de julgamento que os dois recebem no mercado, e Kosol explica que as pessoas os olham assim por causa dos boatos de seu envolvimento, e Prince reage como reagiria no presente: ele segura o braço de Kosol e diz que, se vão falar de qualquer maneira, então que pelo menos eles deem algo interessante a ser comentado… ele quer ser escandaloso. Esse olhar de julgamento no mercado coincide com a conversa que Prince tivera com Banjong no início do episódio, quando ele deu um beijo no rosto dele para testar sua reação e Banjong se assustou dizendo que eles podiam ser presos.

Já disse uma vez e repito: “I’m the Most Beautiful Count” vai além da comédia. É uma série divertidíssima e apaixonante, mas vai além da comédia. O passeio pelo mercado traz a mulher de uma barraca se recusando a vender para eles, por exemplo, porque “ela não vende para pervertidos”, e Prince e Kosol reagem de maneiras diferentes… Kosol é mais bruto, mas eu devo dizer que eu achei magnífico; Prince, por sua vez, acredita que usar a força vai apenas fazer com que as pessoas os odeiem ainda mais, e ele tenta ser legal, usando um dinheiro que Worradej tinha guardado para bancar as compras de todos… e funciona, mas é superficial. É superficial porque ninguém o entende ou o respeita de fato: eles estão satisfeitos em ganharem presentes.

Prince é uma pessoa inegavelmente boa, e eu acho que o fato de ele se importar com pessoas que foram tão hostis a ele mostra isso: ele quer o que é justo, e ele entende que a revolução sobre a qual Kosol e Banjong estão falando faz sentido e precisa acontecer. Mas um grupo de soldados do rei é enviado para prender Kosol por causa de uma denúncia de golpe, e ele se defende em uma boa cena – devo dizer que o Kosol fica lindo lutando –, que deixa o Prince babando por ele… ele começou o episódio se perguntando como alguém poderia se apaixonar por Kosol, mas termina o episódio entendendo perfeitamente como: ele é lindo, tem um quê de herói e é uma pessoa boa, como demonstrou no mercado… ele só tem um jeitão meio “bruto”.

Então, Kosol foge levando Prince consigo… ele precisa se esconder antes que soldados mais capazes venham atrás dele, o que quer dizer que eles precisarão “ficar escondidos na floresta por algum tempo”, e tem algo de excitante em ver o Kosol armando aquele acampamento e tudo o mais – e ele manda o “Worradej” ir atrás de folhas de bananeira para cobrir a tenda e criar um abrigo de verdade… destaque para a reação de Prince quando Kosol mata o coelho que vai ser o jantar deles naquela noite (Prince está horrorizado de ele ter feito isso na sua frente, mas ele também está com fome e o coelho está uma delícia depois de assado) e, é claro, para o banho no rio: Kosol diz que Worradej vai dormir junto com ele naquela noite, precisa estar cheiroso…

O que é a cena do rio? Simplesmente MARAVILHOSA! Gosto de cada momento, cada detalhe. Gosto dos protestos de Prince serem silenciados abruptamente no momento em que Kosol fica nu e a visão capta o olhar de Prince; gosto do desespero de Prince na água, tal qual o Quico achando que vai se afogar na piscina rasa; e, é claro, gosto d o diálogo para lá de provocante que finaliza o episódio. Começa com eles chamando um ao outro de “perigosamente atraentes enquanto molhados”, e eles vão se aproximando, Prince toca o peito de Kosol (inveja!), sente algo tocar a sua perna, Kosol também sente algo tocar a dele… os dois deliciosamente safados, e eu AMO ISSO. O episódio termina quando Prince pergunta se pode tocar, o barulho de cavalo quando a mão encontra o tesouro (!) e a felicidade estampada no seu rosto.

Bem, eu o entendo… queria ver mais. Que série deliciosa.

 

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