Scooby-Doo 2: Monstros à Solta (Scooby-Doo 2: Monsters Unleashed, 2004)
“This is
tied for the most terrifying day of my life!”
“Tied with what?”
“Every other freaking day of my life!”
Como uma
criança que cresceu assistindo às animações de “Scooby-Doo” na TV de casa, a emoção de ver os personagens em live-action é inegável. Os personagens,
criados por Joe Ruby e Ken Spears para a Hanna-Barbera em 1969, ganharam uma
adaptação em live-action pela
primeira vez em 2002, com um elenco maravilhoso que deu vida à equipe da
Mistério S.A. nas telas de cinema em um filme que pode até não ter recebido aclamação da crítica, mas conquistou os
fãs da franquia e é lembrado até hoje com muito carinho. O filme de 2002
garantiu uma sequência, “Scooby-Doo 2:
Monstros à Solta”, que foi lançada dois anos depois: ainda que esse filme
tenha mais o gostinho das animações
clássicas, ele acaba ficando aquém do filme anterior.
Talvez
porque o primeiro tenha ousado não se prender necessariamente ao que estávamos
acostumados a ver há quase 40 anos… por outro lado, havia quem quisesse ver o
que há de mais clássico nas aventuras de “Scooby-Doo”
nas telas de cinema. A sequência é escrita por James Gunn e dirigida por Raja
Gosnell e traz de volta Freddie Prinze Jr. como Fred Jones, Sarah Michelle
Gellar como Daphne Blake, Linda Cardellini como Velma Dinkley, Matthew Lillard
como Salsicha Rogers e Neil Fanning como a clássica voz do Scooby-Doo, além de
uma série de fantasias de monstros que foram previamente desmascarados pela
turma da Mistério S.A.: monstros como o Fantasma do Pterodáctilo, o Cavaleiro
Negro, o Mineiro de 49, o Capitão Cutler e o Monstro de Piche.
A Mistério
S.A. é um sucesso em Coosville! Eles chegam para a inauguração de um novo museu
em uma limusine que tem o mesmo visual da Máquina de Mistério, e são recebidos
por fãs que estão ali para pedir autógrafos, dizer o quanto eles os amam e
visitar a exposição que conta com as fantasias de casos notórios resolvidos por
Fred, Daphne, Velma, Salsicha e Scooby. Aquela não é apenas uma noite de gala
para a Mistério S.A., no fim das contas, porque o museu acaba sendo atacado por
um novo vilão mascarado e algumas fantasias são roubadas do prédio… fantasias
que mais cedo ou mais tarde reaparecem como
monstros de verdade – acho bem curioso o conceito de usar fantasias de
monstros e randominium para transformá-las
em monstros de verdade…
Eles estão
literalmente lidando com “fantasmas do passado”. Toda a aventura parece com um
episódio convencional das animações de “Scooby-Doo”,
com o grupo recolhendo pistas, correndo de um lado para o outro e tentando
descobrir quem está por trás de tudo, com alguma adição de profundidade graças
ao romance de Velma que faz com que ela se sinta imperfeita, o medo de Fred que
faz com que ele se pergunte se é um bom líder, e a insegurança de Daphne que a
faz pensar se ela é “apenas um rostinho bonito”. Salsicha e Scooby também estão
lidando com dúvidas depois de a Mistério S.A. ser desacreditada pela imprensa,
porque eles percebem que muitas vezes eles “mais atrapalham do que ajudam”,
então eles querem provar que merecem ser
parte do grupo…
A pressão
sobre Salsicha e Scooby é colocada por eles mesmos: eles querem mostrar para os
demais e para eles que podem ser tão corajosos e inteligentes quanto a Velma, a
Daphney e o Fred… que eles também podem ser heróis. É claro que, no meio disso
tudo, eles acabam descobrindo algumas coisas e causando ainda mais confusão!
São os dois que chegam até um bar sombrio no qual vilões desmascarados pela
Mistérios S.A. se reúnem e, quiçá, planejam vingança, mas acabam sendo
descobertos em um momento de dança, ou que chegam até as minas nas quais os
monstros estão sendo criados a partir das fantasias roubadas do Museu de
Coolsville, mas acabam sendo responsáveis pela produção de ainda mais monstros. O caos está armado!
Com a
cobrança da população de Coosville e a imprensa jogando contra eles, a Mistério
S.A. precisa resolver esse caso o mais rápido possível… e, para isso, eles
precisam de todos eles trabalhando juntos – afinal de contas, eles são uma
equipe, não são? Assim, eles conseguem “desfazer” os monstros que foram criados
a partir das fantasias prévias, bem como desmascarar
o mais novo vilão da franquia: Heather Jasper-Howe, a repórter que estava
tirando as frases de Fred de contexto e fazendo com que toda a população da
cidade duvidasse da eficiência da Mistérios S.A. para protegê-la… a revelação
da vilã conta com a clássica cena de “retirada da máscara”, bem como uma boa
piada com a coisa de “uma máscara em cima de outra máscara”, porque ela nem era
a Heather, no fim das contas…
Quer dizer, o absurdo do desenho trazido
para o live-action e eu amo!
Não é o
melhor live-action de “Scooby-Doo”. Sinto que o filme de 2002
tem um apelo muito maior e é mais marcante por ousar se arriscar e por ter uma
trama um pouco mais complexa e inesperada, mas a segurança com que “Scooby-Doo
2: Monstros à Solta” foi feito também me fascina, porque tem um tom
nostálgico gostoso e o elenco segue afiado dando vida a esses personagens… e eu
gosto muitíssimo de assisti-los (e gosto bastante da caracterização deles!). Um
terceiro live-action com esse elenco
para o cinema acabou sendo cancelado, embora tenha sido inicialmente planejado,
mas dois filmes feitos diretamente para a TV, com um novo elenco e uma Mistério
S.A. mais jovem e no começo da “carreira”, ainda nos trouxe mais desse universo
em live-action anos depois.
São
propostas diferentes, são filmes feitos
diretamente para a TV… e eu gosto deles!
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