A Casa das Sete Mulheres – A prisão de Bento Gonçalves
A República Rio-Grandense.
Um dos
líderes da Revolução Farroupilha e o primeiro presidente da República
Rio-Grandense, Bento Gonçalves, interpretado por Werner Schunemann, é uma
figura histórica importantíssima na história do Rio Grande do Sul, e é um
prazer poder acompanhar um pouquinho da sua história, mesmo que, naturalmente,
de forma “romanceada” para a minissérie, em “A
Casa das Sete Mulheres”. A minissérie começa em 1835, quando estoura a
Revolução Farroupilha e quando as mulheres da família se mudam para a estância:
um lugar afastado da guerra vindoura, onde podem estar em segurança – um lugar
onde Manuela sabe que elas ficarão por
muito tempo. Enquanto elas vivem suas próprias histórias na estância e
arredores, as batalhas se sucedem rapidamente.
Em setembro
de 1836, na ausência de Bento Gonçalves, Antônio de Sousa Netto PROCLAMA A
REPÚBLICA RIO-GRANDENSE. Naquele momento, o Rio Grande do Sul se tornava uma
“nação independente” do império do Brasil – uma ação que é considerada
“precipitada” por Bento Gonçalves, porque ele sabe que isso vai deixar os caramurus ainda mais tinhosos:
“Essa guerra vai ser mais difícil de
vencer do que se pensa”. Enquanto celebram alguma vitória e uma nova
bandeira para a República Rio-Grandense é aprovada, as batalhas contra o
império continuam, repletas de sangue e mortes, até o momento em que Bento
Gonçalves é preso, na Batalha do Fanfa, em outubro de 1836… e, como herói
nacional, as pessoas ficam horrorizadas
em vê-lo entrar na cidade algemado.
Bento
Gonçalves é, então, levado até o Rio de Janeiro, onde ele fica preso na
Fortaleza de Santa Cruz, com “outros rebeldes” – e é ali que “A Casa das Sete Mulheres” nos
apresenta, oficialmente, aos filhos de Bento que também desempenharão um papel
importante na minissérie: conhecemos Bentinho, interpretado por Dado Dolabella,
Joaquim, interpretado por Rodrigo Faro, e Caetano, interpretado por Bruno
Gagliasso. Mas não são apenas os filhos que aparecem para visitá-lo: em janeiro
de 1837, Bento Gonçalves recebe a curiosa visita de Giuseppe Garibaldi, o
italiano que fugiu de seu país e que anuncia que está disposto a lutar ao seu
lado, porque acredita na sua causa… e, assim, os Farroupilhas conquistam uma
aliança importante!
Ainda em
1837, um plano de fuga é colocado em ação (curiosamente, a minissérie apresenta
isso em paralelo a Manuela e Rosário ajudando o Capitão Estevão a fugir da
estância, onde sua vida fora salva, mas ele também estava mais ou menos como
“prisioneiro”, por ser um soldado caramuru), mas embora alguns rebeldes
consigam escapar, o próprio Bento Gonçalves acaba ficando para trás porque Pedro Boticário fica entalado e,
nobremente, Bento decide não deixar o
amigo para trás… a tentativa de fuga, no entanto, lhe garante uma transferência para ainda mais longe do
Rio Grande: ele é levado para Salvador, no Forte do Mar. É curioso como, sendo
uma figura tão proeminente da Revolução Farroupilha, Bento encontrava “aliados”
aonde quer que fosse.
E inimigos
também, é claro…
No Forte do
Mar, tentam envenenar Bento Gonçalves (sério, foi muito triste ver o cachorro,
que era um dos poucos amigos que ele tinha ali na prisão, morrer envenenado no
seu lugar), e essa parece ser a “deixa” para que Bento agilize sua própria fuga… com ajuda, é claro. Então, vemos a fuga
vitoriosa de Bento Gonçalves, que consegue, finalmente, retornar para o Rio
Grande do Sul, onde ele é recebido como sempre foi visto: um herói nacional. E ali, em dezembro de 1837, Bento Gonçalves
assume oficialmente A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA RIO-GRANDENSE. E é uma grande
sequência de “A Casa das Sete Mulheres”,
naturalmente! Agora, acompanhamos os próximos passos da Revolução Farroupilha e
como será a presidência de Bento Gonçalves, que dura até 1841.
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