Star Trek: Strange New Worlds 3x09 – Terrarium
“Just a
couple of girls having a slumber party”
A AMIZADE
ENTRE UMA HUMANA E UMA GORN. Exibido em 04 de setembro de 2025, “Terrarium” é o nono e penúltimo
episódio da terceira temporada de “Star
Trek: Strange New Worlds”, e é um episódio quase inesperado: quase
inteiramente protagonizado por Erica Ortegas, o episódio a coloca em uma lua
que orbita uma gigante gasosa e ela não está, como pensara inicialmente,
sozinha. Com um visual deslumbrante e um excelente desenvolvimento para a
improvável relação de amizade entre ela e uma
piloto Gorn que também caiu nesse mesmo lugar, é certamente um dos melhores
episódios da temporada, além de trazer de volta os Gorn a uma posição de
destaque, justamente agora que estamos tão próximos da conclusão da temporada.
O que nos
espera no Season Finale?
Com uma
missão aparentemente simples e perfeita para uma das melhores pilotos da Federação, Ortegas sai sozinha em uma
pequena nave, em uma missão que não deveria durar mais do que alguns minutos…
um buraco-de-minhoca aparece aparentemente
do nada, no entanto, levando Ortegas para um lugar desconhecido do
universo: ela não sabe onde está, não consegue retornar para casa e a USS
Enterprise tem um prazo curto para pensar em algo e resgatá-la. É interessante
como o tempo passa, e Ortegas precisa encontrar maneiras de manter-se viva:
abrigo, comida e água. Uma vez que deixa a “proteção” de sua nave, ela precisa
lidar com os perigos da lua em que está: é escuro e aterrorizante, mas, ao
mesmo tempo, tem algo de fascinante.
É quando
deixa a sua nave que Ortegas encontra o que parece ser o abrigo de alguém na
mesma situação que ela, e se depara com uma Gorn. Apesar de sua primeira reação
ser, talvez, a ver como uma inimiga em potencial, não é difícil perceber que a
Gorn não apenas não a ataca: ela a ajuda.
A Gorn oferece comida e a protege dos perigos do lugar que, por estar ali há
mais tempo, ela já conhece… gosto particularmente da cena em que a Gorn usa um
dispositivo para criar um campo de força que protege as duas, e de como todo o
conceito do episódio é baseado na quebra de expectativa. Conforme elas passam a
se importar uma com a outra, Ortegas também cuida de um machucado da Gorn, por
exemplo, e aceita a comida que ela a oferece…
Embora ela precise usar fogo para
“prepará-la” antes de comer.
As cenas de
Ortegas e a Gorn são FASCINANTES. Gosto demais de como existe a comunicação e o
entendimento mesmo antes do
dispositivo que Ortegas improvisa, mas esse dispositivo que traduz o que a Gorn
diz em “Concordo” e “Discordo” ajuda bastante dali em diante – a Gorn, por sua
vez, parece entender Ortegas perfeitamente. Na cena em que Ortegas ensina a
Gorn a jogar xadrez (e perde três vezes seguidas, embora seja a primeira vez da
Gorn com o jogo) e, depois, a Gorn a ensina a jogar um jogo típico seu (com
direito à Ortegas fingindo que come a peça no final, porque é uma tradição, a
Gorn espera por isso e ela não quer ofendê-la), eu só conseguia pensar em uma
coisa: COMO EU AMO ESSA SÉRIE. É real o que vai se criando ali com o passar do
tempo… a amizade é sincera.
Ortegas se
arrisca fora do abrigo por cristais para tratar o machucado da Gorn…
“You’re not
dying. Not here, not now. I’m not
letting you”
Enquanto
isso, a USS Enterprise pensa em como resgatar Ortegas, e Uhura parece mais
desesperada do que qualquer outro, com uma série de simulações que não dão o
resultado esperado e, por fim, uma pequena alterada em dados para ajudar a
convencer o Capitão Pike a autorizar a missão. A Enterprise entra no
buraco-de-minhoca que “sequestrou” Ortegas, e isso funciona aliado ao plano de
Ortegas de incendiar a atmosfera para fazer um sinal de S.O.S. flamejante que
certamente chamaria a atenção da nave… ela sabe que seus amigos estão
procurando por ela. Gosto muito de ver Ortegas e a Gorn trabalhando juntas, e
de todos os detalhes: o fato de a Gorn não gostar de fogo, mas confiar em
Ortegas, ou tentar impedi-la de se colocar em perigo, por exemplo…
É visual,
narrativa e emocionalmente grande.
Quando a
equipe da USS Enterprise desce ao planeta para resgatar Ortegas, temos uma
conclusão IMPACTANTE e TRISTE para toda a trama: ao ver a Gorn sair do
esconderijo junto com Erica, La’An atira acreditando se tratar de um inimigo, e
Ortegas grita vários “Não!” desesperados que evidenciam a sua dor e deixa La’An
sem entender nada. Ortegas não aceita, não entende e pergunta à “coisa
brilhante” que parecia observar a ela e à Gorn durante todo o tempo em que
estiveram naquela lua, o que significa aquilo… e de fato alguém estava assistindo o tempo todo. Ortegas vivencia minutos que
se passam enquanto o tempo ao redor está parado no meio de um transporte de
volta para a USS Enterprise… mas, ali, ela conhece os Metrons.
É a primeira
aparição dos Metrons em “Strange New
Worlds”, mas não em “Star Trek”.
O Metron que responde a Ortegas fala sobre eles terem conduzido um experimento naquele lugar, para descobrir o que
aconteceria se uma Humana e uma Gorn fossem colocadas juntas para sobreviver. A
relação estabelecida por elas demonstra que existe, sim, esperança para ambas
as espécies, mas a resposta violenta e imediata de La’An também dá aos Metrons
muito em que pensar… o experimento não é conclusivo. Ortegas não se lembrará do
encontro com ele, mas o que viveu naquela lua foi genuíno e ela pode ficar com
isso: ela terá memórias da amiga que fizera ali. Da amiga que foi assassinada
por outra amiga. Ainda é uma trama
não concluída.
E É MUITO
BOA!
“She saved
me. She was my friend. La’An is my friend too. I don’t know what to do about
that”
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