The Next Prince – Episódio 14 (Final)
“I love you, Khanin”
Eu busco um
sinônimo para o termo “mediocridade”. Dizer que “The Next Prince” é um BL “medíocre” vai induzir muita gente a
pensar algo a respeito da série que não é o que quero dizer de fato. A palavra,
que tomou uma conotação corriqueiramente tão negativa, não é sinônimo de
“ruim”… quer dizer, apenas, que é algo mediano e que não se sobressai. Não
acho, de modo algum, que “The Next
Prince” seja ruim. Termino o 14º episódio da série feliz por a ter
acompanhado e tendo me divertido a cada novo episódio semanal, e acredito que a
experiência pessoal vai depender das expectativas de cada um. Se você esperar
que seja “o BL do ano” ou que seja uma trama política, complexa e/ou inovadora,
você está fadado à decepção… não é nada disso…
Com um
orçamento gigantesco e cenários e figurinos grandiosos e elaborados, a série é
curiosamente modesta – e embora eu
goste de roteiros mais elaborados e mais profundos, nunca esperei que fosse
encontrar isso aqui, devido ao histórico de produções da empresa e tudo o mais…
acho que errado está quem acreditou que
seria diferente. Com as expectativas no lugar certo, “The Next Prince” é uma série gostosa de acompanhar e que cumpre
com o seu objetivo de entretenimento, ainda que seja esquecível e desperdice o
potencial de uma sinopse que poderia ser muito mais do que foi. O episódio
final traz resoluções para os casais secundários da série, um novo rei para a
Nação de Emmaly e uma decisão de Khanin e de Charan sobre o futuro.
O episódio
começa ainda na Competição Real, onde o Príncipe Khanin e o Príncipe Ramil
devem se enfrentar em um duelo de esgrima para tornar o pai de um deles o
próximo Rei de Emmaly. É uma sequência longa, apesar da previsibilidade do
resultado, e todos assistem tensos enquanto Khanin vence a luta que manterá os
Assavadevathin no poder. O anúncio feito pela imprensa traz seus prós e
contras, mas o futuro da nação é algo a ser definido pelo tempo. Ramil, por sua
vez, precisa lidar com a frustração e a raiva de um pai que o pressionou para
que ele vencesse esse confronto e trouxesse o trono para os Phuchongphisut, mas
no fundo ele está feliz porque o Príncipe Rachata não será o próximo rei…
também estamos, e fico orgulhoso de como ele enfrenta o pai.
Dentro do que consegue fazer.
O Rei Thipokbowon
consegue assistir à vitória do neto e saber que os Assavadevathin seguirão no
poder antes de morrer, e esse personagem é uma das minhas maiores críticas ao
roteiro: o Rei era autoritário, manipulador e filho da p*ta, responsável pela
morte de muita gente, e nunca foi de fato responsabilizado por isso. Tampouco
teve qualquer redenção, mas ganha uma morte e um funeral que conta com a
prestação de homenagens e lágrimas: me incomoda particularmente o Khanin
lamentar a morte do avô que ele nem conhecia há pouco tempo, com quem ele não
tinha relação nenhuma, e que ele descobriu que não era uma boa pessoa. Agora,
esperamos que Tharin Assavadevathin seja um rei melhor e que de fato olhe para
os problemas enfrentados por Emmaly.
Ele promete
fazê-lo… jamais saberemos.
Com gostinho
de final, Khanin e Charan dançam em destaque nos salões do palácio depois da
cerimônia de coroação de Tharin, e também assistimos a conclusões bem aquém do
esperado para os demais casais. Ramil e Paytai conseguem encontrar o caminho de
volta um ao outro em uma conversa na praia, na qual Ramil pede desculpas e
ambos reconhecem como não podem ficar sem o outro… Calvin, por sua vez, resolve
procurar Jay pessoalmente e, em uma conversa também na praia, ele fala sobre
como gosta de Jay e Jay reconhece que o sentimento é recíproco, mas eles trocam
um dos beijos mais desempolgantes que eu já vi em BLs, e é quase vergonhoso.
Por fim, a Princesa Ava, de Thawichmetha, é completamente esquecida, mesmo com
um episódio de 1h38min.
Graças ao
fim da competição e ao novo reinado que se inicia em Emmaly, Khanin está
finalmente livre de suas responsabilidades e de seus treinos constantes, e pode
curtir encontros com Charan, o guarda real designado para protegê-lo e por quem
ele se apaixonou… gosto do clima do encontro (e de como eles estão lindos
naquelas camisetas de “I love Emmaly”),
e de como eventualmente isso se torna um momento importante no qual eles falam
sobre o futuro. Eles precisam fazê-lo. Khanin ainda está esperando que Charan
responda ao seu “Eu te amo” dizendo
que “também o ama”, mas Charan ainda não consegue fazer isso – até porque ele
tem uma missão a cumprir em Emmaly, graças à promessa de sua família aos
Assavadevathin, e Khanin está indo embora…
Khanin
pretende voltar para Londres, continuar estudando e especializar-se em algo que
pode trazer mudanças reais para Emmaly em seu retorno, e ele vai embora com
Thatdanai, voltando para a sua vida de antes – ou para o mais próximo que
consegue dela, depois de tudo o que aconteceu e que descobrira. Chakri o
acompanha, porque já não sabe mais pensar em viver sem ser servindo ao Príncipe
Khanin, mas precisa se adaptar a uma nova dinâmica, porque Khanin está tentando
ensiná-lo sobre informalidade, por exemplo, e é muito difícil nos primeiros
dias. Por fim, Charan também aparece na casa de Khanin em Londres, de surpresa,
e está esperando por seu amado quando ele desperta, para contar que pedira a
Tharin a dispensa da promessa de sua família.
Ele segue
seu coração e, agora, está inteiramente
ali…
…o que quer
dizer que ele pode finalmente dizer um “Eu
te amo, Khanin”.
Toda a parte
final do episódio, depois da mudança de Charan para Londres para estar com
Khanin, é praticamente um “epílogo” de “The
Next Prince”, no qual podemos acompanhar um pouquinho do que eles vão viver
intensamente de agora em diante, agora que estão finalmente juntos e livres.
Gosto da sequência do café-da-manhã, mesmo com todo aquele exagero de açúcar;
gosto da sequência do piquenique, mesmo que seja apenas uma propaganda para a
plataforma de streaming; e gosto muito do sexo que eles compartilham naquela
noite. O sexo de Khanin e Charan é sempre bonito de se assistir: é intenso e,
paradoxalmente, calmo; é romântico e sensual, mas erótico; é belo. Cada olhar,
cada convite, cada beijo, cada toque, cada gemido…
E o peito de Charan segue de tirar o
fôlego.
É um
episódio extenso demais para a história que ele tem para contar – e o mesmo
pode ser dito sobre a série: “The Next
Prince” não precisava de 14 episódios, nem que alguns desses episódios
fossem tão longos (felizmente, são poucos que extrapolam de verdade no tempo).
Em algum momento, sentimos que não há mais o que se dizer, mas a série chega ao
fim com um pedido de casamento:
Charan quer estar ao lado de Khanin em todos os momentos de sua vida, quer
cuidá-lo e amá-lo, e Khanin o ama imensamente… ele vem querendo a mesma coisa
há muito tempo. Para mim, “The Next
Prince” chega ao fim sem deixar um gosto ruim na boca: não é um BL
imperdível, mas é um BL competente o suficiente para nos divertir e para ter
valido a pena acompanhar!
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