Supernatural 1x01 – Pilot

“We got work to do”

20 ANOS DA ESTREIA DE “SUPERNATURAL”. Eu tenho história com “Supernatural”… eu comecei a assistir à série em uma época na qual eu ainda não escrevia para a internet e, quando iniciei o Parada Temporal, eu comentei da sexta temporada em diante, que era o que eu estava assistindo na época, lá em 2010 – é estranho pensar que as minhas temporadas favoritas nunca foram comentadas por aqui, e que momento melhor para fazer isso do que agora, na celebração dos 20 anos da série?! Mesmo que tenha críticas à série em temporadas futuras, ela fez parte da minha vida durante muitos anos, e é com um prazer tremendo que eu retorno para ela nesse momento. Enquanto revia o primeiro episódio, eu me lembrava de como amo essa série.

“Supernatural” estreou em 13 de setembro de 2005, nos apresentando aos Winchesters e como a vida deles mudou completamente no momento em que Mary, a esposa de John e mãe de Sam e Dean, morreu de maneira misteriosa – colada ao teto e sangrando antes de ser envolvida por um fogo que também consome toda a casa. O evento, 22 anos antes, colocou John em uma caçada incessante pelo que quer que tenha matado a esposa, e isso o colocou em contato com uma série de outras criaturas sobrenaturais e casos nos quais se especializara. Agora, com 22 anos de idade, Sam Winchester quer se afastar disso: ele não teve infância, foi criado como um guerreiro, e ele quer “levar uma vida normal e segura”. Ele está prestes a conseguir uma bolsa importante na faculdade.

Sam está prestes a ter a entrevista mais importante da sua vida acadêmica quando sua casa é “invadida” por Dean. Quando Sam resolveu “deixar a caçada para trás”, Dean seguiu ao lado do pai, mas agora ele acha que algo pode ter acontecido… o pai estava investigando um caso e está desaparecido há semanas. Não é a primeira vez que isso acontece, mas Dean sabe que dessa vez é diferente, e ele quer a companhia e a ajuda do irmão: Sam se junta a ele com um prazo para retornar para casa – ele precisa estar de volta para a entrevista na segunda-feira. Assim, o Piloto de “Supernatural” nos apresenta bem a dinâmica entre os Irmãos Winchester, e é curioso vê-los assim no início da série, para nós que já os acompanhamos durante quinze anos.

Gosto do fato de os dois serem habilidosos à sua maneira e de ambos terem sido “treinados” para a vida de caçadores, ainda que a encarem de maneiras distintas. Ainda que tenha sido o Dean chegando para “arrastar” o Sam de volta, não é nenhuma novidade para o Sam, que passou anos de sua vida caçando monstros… ele sabe o que está fazendo e o que precisa ser feito quando eles se deparam com o caso que o pai estava investigando: A MULHER DE BRANCO. Nos últimos 20 anos, dez homens foram assassinados no mesmo lugar, de maneira misteriosa, e os Winchester já viram coisas estranhas demais na vida para saber identificar uma atividade sobrenatural. Agora, eles só precisam ir fundo no caso para descobrir por que o pai ainda não se livrou do espírito vingativo.

Qual é a “pegadinha” aqui?

O episódio ainda nos explica, antes que as dúvidas surjam, como Dean e o pai têm dinheiro para alugar quartos de hotel e comer, por exemplo – e Dean acaba sendo levado para a delegacia por fraude de cartão de crédito e por se passar por federal, o que faz com que o Sam precise lidar com o problema quase sozinho. A Mulher de Branco é um termo amplo que designa diferentes aparições em vários lugares do mundo. Dessa vez, trata-se do fantasma de Constance, uma mulher que, após descobrir a traição do marido, matou seus dois filhos afogados na banheira e, ao voltar a si depois do que fizera, tirara a própria vida se jogando de uma ponte… agora, ela pede carona na beira da estrada e mata homens que também são infiéis.

Posso dizer uma coisa? Atrair e matar homens é um negócio muito fácil.

Dean tem a sua parcela de participação na resolução do caso, embora seja questionável o uso de balas contra um espírito vingativo, mas é Sam quem entende qual é o problema do fantasma e por que queimar o corpo não é o suficiente: ela repete constantemente que “não pode voltar para casa” porque não tem coragem de enfrentar os filhos, e então ele a leva para casa, de um jeito ou de outro. A resolução do caso da Mulher de Branco, no entanto, não resolve o caso do desaparecimento de John Winchester, e a ida de Dean à delegacia o faz sair com o diário de caçada de John, que o pai jamais abandona, e coordenadas para o próximo lugar para onde ele rumou. Sam, no entanto, diz que não vai acompanhá-lo: ele precisa voltar para casa.

Talvez seja o meu favoritismo eterno falando mais alto, mas esse primeiro episódio me deixa bastante evidente que o protagonismo de “Supernatural”, embora compartilhado entre Sam e Dean, tende mais ao lado de Sam. É a partir do seu ponto de vista que a narrativa retorna ao presente, e a caçada só se torna centro da narrativa a partir de sua participação – seja no caso isolado da Mulher de Branco dessa estreia ou na retomada de Sam à vida de caçador após a morte de sua namorada. Quando Jess, a namorada de Sam, morre exatamente da mesma maneira que Mary morrera há 22 anos, ele percebe que não tem como deixar essa vida para trás: ele tem trabalho a fazer. Quem está por trás dessas mortes? E por que ambas em sua presença?

Quando eu digo que Sam é o meu Winchester favorito, em parte levo em consideração coisas que ainda não são necessariamente notáveis nesse primeiro episódio – embora ele sempre tenha sido o meu Winchester favorito. Eu AMO o Dean, que isso fique claro, mas eu amar ainda mais o Sam vem do fato de ele ser um personagem complexo que terá um ótimo desenvolvimento nos episódios e temporadas seguintes, além de ele ser um personagem “menos fácil de gostar”. Gostar de Dean é óbvio, ele tem poucas facetas que o tornariam não gostável, enquanto gostar do Sam exige alguns “apesares” que eu adoro conceder. Embora eu não ame o Sam “apesar de”, mas “por causa de”. De todo modo, reassistir a esse primeiro episódio foi FANTÁSTICO, uma experiência deliciosa.

Estou contente por estar de volta ao universo de “Supernatural”.

 

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Comentários

  1. Estou feliz por estar acompanhando pela primeira vez e gostando muito da vibe da série.

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    1. E eu estou tão feliz em estar de volta! Passei a semana ansioso pelo próximo episódio hahaha

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