De Volta Para o Futuro – Contratempo Contínuo: Parte Final

De volta a 1986!

Parece que 2035 é um tanto mais hostil do que o futuro de 2015 que Marty McFly conhecera em sua viagem em “De Volta Para o Futuro II” – e, agora, ele e o Doc Brown precisam lidar com o “Policial Tannen” (pois é!), enquanto tentam retornar para o passado a tempo de colocar o contínuo de espaço-tempo de volta nos eixos e impedir… bem, qualquer catástrofe que poderiam advir de todas as “aventuras” trazidas em “Contratempo Contínuo”. Marty McFly não estava entediado na sua realidade de 1986 sem o Doc e sem os saltos temporais? Agora ele está aí, no meio de toda essa confusão, capaz inclusive de se sentir culpado por ter “desejado” que alguma coisa acontecesse para que ele pudesse ir novamente em uma “aventura” e se sentir vivo.

Enquanto o Policial Tannen – o mesmo Griff Tannen que conhecemos adolescente em 2015 – está do lado de fora do laboratório secreto de Doc Brown em 2035, o Doc e o Marty têm a chance de conversar sobre tudo o que está acontecendo, porque o Doc se lembra pela primeira vez de tudo… do porquê de ele estar ali, por exemplo! Depois de uma batida na cabeça em uma fuga sobre um hoverboard, as coisas voltaram para o lugar dentro da mente de Doc Brown e ele pode finalmente contar a sua história, que nos leva de volta à primeira edição de “Contratempo Contínuo”, e as lacunas vão sendo completadas de maneira satisfatória. Vemos o Doc partir de 1893 no Carro do Tempo a Vapor e, devido à inexatidão do veículo, terminar 20 anos depois do previsto…

O plano era ir para 2015 e conseguir um Mr. Fusion para o Trem do Tempo, assim como ele conseguira para o DeLorean em sua outra visita a 2015, e ele acredita que 2035 pode ser ainda melhor… quer dizer, o seu dinheiro vai ter rendido mais e a tecnologia vai estar ainda mais avançada, não é? Aparentemente, no entanto, a tecnologia avançou tanto que algumas coisas são mais questionadas – a sua visita ao banco não é nem de perto tão tranquila quanto ele esperava que fosse, porque a sua idade genética não coincide com a idade que ele deveria ter, e ele não tem os implantes que todo mundo em 2035 têm… é em uma confusão que começa no banco ultramoderno que Doc Brown “conhece” o Policial Griff Tannen, e ele se torna um procurado pela polícia.

Dali, o Doc Brown escapa com o Carro do Tempo a Vapor de volta para o passado e termina em 1986, que é quando Jennifer e Marty o encontram com a roupa de mergulhador, e agora tudo faz sentido… e, com tudo explicado, agora eles precisam lidar primeiro com o Policial Tannen (com uma inusitada ajuda da Comissária Wilson!) e retornar para casa, porque não há mais o que ser feito em 2035 – embora a viagem com o Paraquedas do Tempo tenha sido espetacular e eu tenha adorado conhecer uma nova época ao estilo “De Volta Para o Futuro”. Agora, Marty McFly precisa ser levado de volta para 1986, onde está a sua namorada, a sua família e a sua vida, enquanto o Doc Brown precisa parar em 2015 e conseguir o que falta para terminar o Trem do Tempo em 1893.

A última edição de “Contratempo Contínuo” (a 6ª edição desse arco, a 11ª da publicação) traz uma sequência bastante eletrizante de ação, que explora mais das tecnologias de 2035, traz um final meio “nostálgico” para o Policial Griff Tannen, e coloca a Jennifer em uma posição de destaque também, porque é ela quem está dirigindo o DeLorean para resgatar o Marty quando apenas o Doc consegue viajar para 1986 para “buscar reforços”. E, durante a viagem no tempo, parece que o Doc e Jennifer tiveram tempo de conversar… e ele sabe que o Marty precisa entender que a sua vida está acontecendo em 1986 e que ele não pode deixá-la para trás, sempre esperando pela próxima aventura a bordo do DeLorean, do Trem do Tempo ou qualquer outro veículo temporal…

Gosto de como a edição brinca com elementos que fazem todo o sentido. Gosto de vermos essa faceta do Marty pós-aventuras com o Doc sendo explorada, e gosto da “brincadeira” toda com o fato de que isso tudo acontece com um Doc Brown de antes daquele que Marty e Jennifer viram em 1985, no fim de “De Volta Para o Futuro III”, a bordo do Trem do Tempo com Clara, Júlio, Verne e Einstein… o Doc faz as paradas necessárias – deixando o Marty e Jennifer em casa e passando para buscar o Einstein em 1986, depois indo pegar um Mr. Fusion em 2015 –, e então retorna para 1893, um pouco depois do previsto… afinal de contas, se retornasse para quando prometera, Clara não mandaria a carta para o Marty, o Marty não apareceria para resgatá-lo e… teria sido um paradoxo, não?

Como é bom poder viver novas aventuras com esses personagens!

 

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