Star Trek: Strange New Worlds 3x04 – A Space Adventure Hour

“The Last Frontier”

UMA AVENTURA DE LA’AN NO HOLODECK! Exibido originalmente em 31 de julho de 2025, “A Space Adventure Hour” é o quarto episódio da terceira temporada de “Star Trek: Strange New Worlds”, e traz La’An com uma missão interessante: ela deve testar uma nova tecnologia da Federação, e ela o faz se tornando Amelia Moon, uma detetive que protagonizou diversas histórias em romances da Terra nos anos 1960. A ideia é interessantíssima, e não precisa ser inédita para tal: visualmente, temos referências e brincadeiras tanto com produções de ficção científica dos anos 1960 – como “Star Trek” e “Doctor Who” – quanto com histórias de detetives e mistérios de “quem matou” – como as histórias de Amelia Moon, Sherlock Holmes ou Hercule Poirot.

A primeira cena do episódio é maravilhosamente hilária. Personagens como Kirk, Chapel e Ortegas são colocados em uma produção de uma série espacial dos anos 1960, repleta de exageros… mas eu amei cada segundo! O cenário, os figurinos caricaturados, coloridos e brilhosos, as cores vibrantes, os alienígenas que usam máscara de borracha, o texto e as atuações exageradas e excessivamente dramáticas, até a qualidade do som é diferente. É uma experiência de paródia e imersão que funciona! E eu dei boas risadas com como tudo é uma sátira à própria “Star Trek”: a abertura do programa, “The Last Frontier”, é uma versão adaptada da icônica abertura de “Star Trek: The Original Series” e, é claro, “Strange New Worlds”.

Muito bom!

Tudo acontece, é claro, dentro do holodeck. O Capitão Pike e Una colocam La’An para testar essa nova tecnologia, e embora ela questione inicialmente por achar que “a estão colocando para jogar um jogo”, La’An percebe eventualmente que a ideia é legal… ela tem a oportunidade de pedir uma história/um mistério que seja criado especialmente para ela, e é o que ela faz: ela pede que o holodeck use como base as histórias de Amelia Moon e o que sabe sobre ela para “criar um mistério que ela vai achar desafiador de responder”. É um jogo solo: La’An precisa resolver o mistério de um assassinato, que é povoado por versões holográficas de seus companheiros da USS Enterprise, que assumem diferentes papeis. E assim começa o “jogo”.

Eu gosto do tom clássico, eu gosto do drama, eu gosto da trilha sonora, e eu gosto de como tudo vai crescendo – La’An está prestes a descobrir que o holodeck é muito mais inteligente do que ela esperava. O assassinato de Tony Hart coloca como suspeitos o elenco e a equipe de “The Last Frontier”, que vimos no início do episódio, pouco depois de a série ter sido cancelada após a primeira temporada, e La’An é levada a acreditar que ela precisa de alguém que a ajude a resolver esse mistério… afinal de contas, o holodeck está evoluindo e aprendendo, e a conhece bem demais, então ela precisa de alguém que pense diferente dela para lidar com esse “nível acima” e inesperada. E é assim que ela ganha a companhia de Spock, e eu gosto da dupla.

O mistério evolui ainda sem solução enquanto o holodeck utiliza mais energia do que o esperado e Scotty tenta manter a USS Enterprise funcional, mas o programa não pode ser simplesmente desligado porque La’An está presa lá dentro… e quando ela se machuca e sangra dentro do “jogo”, La’An percebe que as coisas ficaram sérias: ela tenta mandar o computador desligar o programa, mas ele não obedece: agora, o programa pode machucá-los de verdade e eles não podem sair… até que o mistério seja resolvido. Um pouco desesperado, do lado de fora, depois de ter feito tudo o que conseguiu pensar em fazer, Scotty pede a ajuda de Uhura, que o incentiva a fazer uma aparição dentro do programa, mas ele precisa convencer a todos que também é um holograma

A ideia de que o holodeck aprende e evolui quer dizer que ele é um programa muito bom – mas também perigoso. Mas é justamente por saber que o programa a conhece tão bem que La’An acaba chegando à solução do mistério… a solução que vai salvar a sua vida e de toda a USS Enterprise: ela percebe que O ASSASSINO É O SPOCK. Quando o Spock do jogo leva um tiro e La’An o abraça, ela finalmente entende tudo: aquele nunca foi o Spock de verdade, é apenas mais um holograma… aquele era, e sempre foi, um jogo solo, mas eles a fizeram acreditar que ela precisava de ajuda e mandaram para ela a pessoa de quem ela jamais suspeitaria… o holodeck entendeu perfeitamente o conceito de fazer um mistério que fosse para a La’An e que fosse desafiador.

Não sei se é estritamente necessário que o Spock tenha um interesse amoroso, e não sei se a sua história com Chapel é a minha favorita de “Strange New Worlds”, embora tenha gerado alguns bons episódios, mas eu preciso dizer que eu adorei Spock e La’An juntos. Gosto de como isso começa, de alguma maneira, lá nos ensaios de dança para impressionar Chapel (!) e de como a dança se tornou algo deles, no fim das contas. Toda a sequência final na qual La’An e Spock dançam tango é de tirar o fôlego. Os olhares, a intensidade da dança, a conversa ininterrupta, a explicação de como ela soube que o Spock do holodeck não era o Spock real através dos seus olhos. Então, fica claro que os dois perceberam a mesma coisa… e então eles se beijam.

Vamos ver como a série tratará isso nos próximos episódios!

 

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