Glee 3x18 – Choke
“I am not
the boy next door!”
Exibido
originalmente em 01 de maio de 2012, “Choke”
é o décimo oitavo episódio da terceira temporada de “Glee”, e chegamos àquele momento sobre o qual ouvimos Rachel falar
há tanto tempo: AS AUDIÇÕES PARA NYADA. Ela e Kurt estão mais nervosos do que
nunca, se preparando para a grande apresentação de suas vidas, que definirá o
seu futuro, e descobrem que serão avaliados pessoalmente por Carmen Tibideaux,
uma mulher talentosíssima, mas rígida e intimidadora. Em paralelo, acompanhamos
o Puck decidindo que ele precisa, sim, se formar antes de partir para Los
Angeles e tentar abrir o seu negócio de limpeza de piscina, e descobrimos que
as coisas no casamento de Shannon Beiste não vão bem como gostaríamos que
fossem.
A história
de Puck é a que menos me interessa, mas está aí porque mais de uma vez já nos
perguntamos como ele se formaria na escola, e suas táticas costumeiras não
funcionariam aqui – e ele não aceita bem a professora de geografia dizendo que
“ele não é burro, só é preguiçoso”. Então, ele nos entrega uma performance de “School’s Out” e anuncia que está
desistindo da escola, mas enquanto os amigos se reúnem para tentar fazer uma
intervenção, o pai de Puck, que ele não vê há pelo menos cinco anos, aparece
para pedir dinheiro emprestado para pagar o aluguel, e Puck se dá conta de que
ele não quer terminar como o pai… por isso, ele pede ajuda para se formar, e isso
nos entrega “The Rain in Spain”, da
qual eu gosto bastante.
Enquanto
isso, Beiste aparece na escola de olho
roxo, com uma desculpa sobre como o saco de areia com o que treina a
acertou, e quando Santana faz uma piada maldosa, Roz fica enfurecida, porque violência doméstica não é um assunto com o
qual se fazer piada… e essa é a primeira vez em que Roz e Sue parecem
concordar em algo. Elas alertam Will sobre o comportamento das garotas do glee club, mas também anunciam que elas
mesmas “vão lidar com isso”, então elas têm uma lição para as garotas do New
Directions em uma cena séria na qual falam sobre violência doméstica e sobre
como é difícil escapar de uma situação dessas, porque os agressores tendem a
pedir desculpas, prometer não fazer de novo, fazer com que as vítimas se sintam
culpadas…
A tarefa que
Sue passa às garotas, porque sabe que “a única maneira de colocar algo na
cabeça delas é fazendo com que elas cantem sobre isso”, é que elas encontrem
uma música que diga aos agressores que eles não podem encostar um dedo nelas,
ou então acabou… e as garotas vão ao EXTREMO nessa tarefa, e escolhem “Cell Block Tango” como a canção para
atende à tarefa. A música é excelente e eu sou COMPLETAMENTE APAIXONADO por “Chicago”, mas elas exageram um pouco na escolha da música, e isso mexe com Beiste.
Então, ela confessa a Roz e a Sue que ela
realmente apanhou do Cooter, e é uma cena fortíssima na qual ela tenta
defendê-lo, dizendo que ele se arrependeu na hora, se sentiu péssimo, pediu
desculpas…
É tão triste
e tão doloroso ouvir Beiste falar sobre isso como se ela tivesse culpa de algo,
porque é assim que Cooter faz com que ela se sinta… e também é profundamente
doloroso ver a Beiste chorando enquanto ela diz que não pode sair de casa e
deixar esse relacionamento para trás porque ela acha que ninguém mais vai
amá-la. Então, Sue anuncia que Beiste vai passar a noite na casa dela, mas ela
não aparece… supostamente, ela “se muda para a casa da irmã”. Quando Beiste
confessa a verdade às garotas (que retribuem com a canção que lhe deviam, “Shake It Out”), porque sente que deve
isso a elas e isso dá peso à lição, descobrimos, no entanto, que ela voltou
para a casa de Cooter, enquanto ele a agradece pela “segunda chance”.
É revoltante
e triste, mas infelizmente muito real. Essa
história ainda não terminou.
A maior
parte do episódio se concentra nas audições de Kurt e de Rachel para NYADA… o
grande evento de sua vida acadêmica. Kurt está decidido a interpretar “The Music of the Night”, e embora eu
AME essa música e AME “O Fantasma da
Ópera”, eu não acho que combine de verdade com o Kurt, e fico contente em
vê-lo pensando em mudar. Ele mesmo percebe que ele precisa de algo mais – ainda que Rachel surte por
causa disso, dizendo que essa não é a hora de correr riscos e que “The Music of the Night” é a sua “Don’t Rain on My Parade”. A música
pensada originalmente teria custado a Kurt uma vaga em NYADA… Carmen Tibideaux
estava pronta para não passá-lo no momento em que ele anuncia que cantará uma
música tão batida…
Então,
corajosamente, Kurt muda tudo. Ele vai contra Rachel e a favor do que ele
estava sentindo desde o início – E É AQUI E POR ISSO QUE ELE ARRASA. Kurt canta
“Not the Boy Next Door”, de “The Boy from Oz”, e essa é talvez a sua
MELHOR performance em toda a série… ele coloca tanta vida em sua performance, e
é tão a cara dele que não tem como não amar. Aqui, entendemos perfeitamente por que ele passa em NYADA: porque todo
o seu talento estava expresso nessa apresentação. É uma delícia ouvir o que
Tibideaux tem a dizer depois – sobre como Hugh Jackman, que ganhou um Tony por
essa performance, estaria impressionado e como ela o parabeniza pela coragem e
pelo risco –, e a carinha de orgulho do Blaine é uma fofura!
Rachel, por
sua vez, não se sai tão bem assim… ela passou A VIDA TODA cantando “Don’t Rain on My Parade”, mas ali ela
não consegue. Essa é, sim, a música da sua vida, e ela SEMPRE arrasa nessa
canção (a música é ótima e a interpretação da Rachel é perfeita, como já vimos lá na primeira temporada), mas toda a
sua confiança parece deixá-la quando ela está em cima daquele palco, na frente
de Carmen Tibideaux, e ela erra a letra da música que ela sabe até de trás para
frente. E não apenas uma vez, mas duas… ela
tem a chance de recomeçar, e ela erra novamente. Ela não tem uma terceira
chance: Carmen pergunta se ela sabe o que acontece na Broadway quando você
esquece a letra, e ela mesma responde… eles
dão o seu trabalho para o seu substituto.
Carmen vai
embora deixando uma Rachel Berry COMPLETAMENTE DESOLADA para trás. Ela chora com
tanto desespero e tanta sinceridade que sentimos toda a sua dor… e só podemos
imaginar o quanto é frustrante, porque esse era seu único plano e ela estava
certa de sua entrada em NYADA. Como ela pôde errar uma música que já cantou
tantas vezes? O sofrimento é compreensível, palpável, e ela não quer falar
sobre isso. Primeiro, ela quer passar alguns dias sozinha, sem falar com
ninguém sobre nada. Quando ela retorna para a escola, ela não quer ouvir nada
do que o Kurt tem a dizer, porque ela se sente culpada: era sua chance e só pode culpar a ela mesma por a ter perdido.
Rachel coloca toda a dor que está sentindo na performance de “Cry”, e é PODEROSA.
Um excelente
episódio!
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