The Sandman – Death: The High Cost of Living
“I’m Death.
[…] But you have nothing to worry about, because today is my day off”
Baseado no spin-off de “Sandman”, publicado em três partes em 1993, com a Morte como
protagonista, “Death: The High Cost of
Living” é o último episódio da adaptação de “The Sandman”. Lançado como um episódio especial em 31 de julho de
2025, uma semana depois do lançamento da segunda parte da temporada, o episódio
TRAZ A MORTE NO DIA DE FOLGA QUE ELA TIRA UMA VEZ A CADA 100 ANOS. E, nesse dia
de folga no qual ela pode andar pela Terra como humana e os entender melhor, ela conhece Sexton Furnival, um jornalista
desiludido com o fim de um relacionamento e com os rumos que o mundo está
tomando, que está pensando em tirar a própria vida. É impressionante o quanto
se pode mudar em um dia… e o quanto uma pessoa pode fazer a diferença.
Não é
surpresa alguma que o episódio é bonito, emocionante e com um tom de poesia e
de melancolia que tem tudo a ver com as histórias protagonizadas pela Morte em “The Sandman” – característica essa
notável desde a primeira grande edição da Morte, “O Som de Suas Asas”, adaptada na primeira temporada da série. Eu
gosto da representação da Morte em “The
Sandman” como uma pessoa gentil e acolhedora que conhece todo mundo e, mais
cedo ou mais tarde, encontra todo
mundo. Há muita força e muita beleza nessa representação. A ela, junta-se
Sexton, um personagem complexo e interessante que é interpretado por Colin
Morgan, e o fato de eu amar o Colin
Morgan desde “Merlin” faz com que eu
goste ainda mais de Sexton.
Sexton
Furnival começa o episódio escrevendo um e-mail para Sylvie, a sua ex-namorada,
explicando que o que ele está prestes a fazer não tem nada a ver com ela, e
antes que ele possa tomar os remédios que separara para tirar a própria vida,
ele é convidado a sair de casa: gosto
muitíssimo da cena do lixão e do quanto ela traz. Gosto de aquela ser a
representação de como o Sexton vê o mundo e a própria vida, mas de como um ímã
de geladeira do Superman faz com que ele
escale aquela pilha… e, lá de cima, ele vê o mundo de uma maneira diferente
– até que, bem… ele caia de lá. Ver a
Morte lhe estendendo a mão nos faz prender o fôlego, e ela mesma a retrai, mas
a estende novamente, lembrando-se de que aquele
é seu dia de folga…
Ele não está morto.
Agora,
Sexton tem a companhia da Morte em pessoa, e nós sabemos que ele não vai
terminar o dia como o começara. Gosto de cada momento, de cada conversa – sobre
Londres, sobre o barulho do trânsito, sobre a casa dela –, de como Morte o
convida para sua casa para que possa fazer um curativo e consertar a jaqueta
que rasgou na queda, gosto das apresentações… Sexton Furnival se apresenta como
jornalista, e ela pensa um pouco antes de dizer quem é, porque sabe que ela
pode dizer a verdade e ele não acreditaria, mas ela tenta do mesmo modo: ela
diz que é a Morte, mas está em seu dia de folga, ao qual ela tem direito uma
vez a cada 100 anos, para “sentir como é ser humana”. A primeira reação de
Sexton, é claro, é não acreditar nela…
Ou acreditar que ela acredita nisso, mas não
pode ser verdade.
Ele tenta
sair da casa, mas cai em uma armadilha de Hettie Maluquete, que o usa para
entrar em contato com a Morte e para fazer m pedido: ela quer que a Morte a ajude a encontrar a sua alma… há muito
tempo, ela a escondeu justamente para que a Morte não a encontrasse e não a
levasse, mas agora ela não sabe onde está e a quer de volta. Morte promete
encontrá-la, mas essa é apenas uma das muitas coisas que a Morte quer fazer
nesse dia… nesse único dia em que ela pode ser humana e que parece passar tão
depressa. Ela tem planos, mas ela também permite que a taxista os leve aonde
ela quiser – afinal de contas, “alguns destinos são inevitáveis”. E ela
convence Sexton a ir com ela… e eles têm uma cena muito bonita e importante no
táxi.
Eles
terminam em uma balada… não é o tipo de lugar ao qual Sexton gosta de ir e ele
teme encontrar Sylvie lá, mas ele acaba sendo persuadido a entrar – é curioso
como coisas e pessoas podem surgir nos lugares mais inesperados. Morte, sempre
cativante e segura, está preparada para se divertir como uma humana e fazer
amizades, mas não sem antes deixar Sexton conversando com Jackie, uma garota
com quem ele talvez tenha coisas em comum, como o gosto pelo “vintage”. Muita
coisa acontece naquela balada… Sexton tem uma conversa reveladora com Jackie; o
jornalista também tem participação na reconciliação de Amelia e Billie; e Morte
confia demais em quem não deveria
confiar e acaba tendo o seu símbolo roubado por Theo.
Theo é
alguém que Sexton conhece e sobre quem ele adverte a Morte, porque não é uma
pessoa de confiança… e, eventualmente, a Morte descobre que estar ali não é uma
coincidência: ela foi invocada por
Theo, que espera poder decidir “quem vive e quem morre” e trazer Natalie de
volta, porque “sua morte foi sua culpa”. Enquanto presos, Morte e Sexton
compartilham outro diálogo maravilhoso – sobre a vida e a morte, sobre como
viver não é sempre ruim, sobre livre-arbítrio. Esse é o momento em que a Morte
deixa claro que ela sabe o que sempre soubemos que ela sabia: que Sexton pensara em tirar a própria vida.
Ela não o julga, porque acredita no livre-arbítrio, mas parte de sua missão
naquele dia é fazê-lo pensar bem…
É fazê-lo olhar além.
A Morte fez
toda a diferença na vida de Sexton Furnival, ainda que não tenha sido um encontro oficial, daqueles que ela tem
com todos em algum momento. Como humana, ela se tornou sua amiga, sua
conselheira, sua motivadora… a pessoa que o ajudou a abrir os olhos para coisas
que ele deixara de enxergar. Conforme o seu único dia de folga em 100 anos se
aproxima do fim, ela se senta para conversar com Sexton e, lhe dando um beijo
carinhoso e sincero no rosto, ela agradece pelo dia que tivera… e, com a mesma
sinceridade, ela fala sobre como esse dia (e a vida) passa tão rápido e ela
queria poder se agarrar a cada segundo, ela queria ficar mais tempo. Mas não
pode, e só existe uma maneira de partir desse mundo – então, a Morte morre.
“Thank you.
I had a lovely day”
É Sexton
quem retira a Morte de dentro da fonte na qual ela caíra ao morrer, e todos os
sentimentos vêm à tona nos seus olhos, nas suas lágrimas… a dor é palpável.
Hettie aparece, então, para dizer a Sexton que ela partiu, e que estará de
volta em 100 anos… os dois centavos que sobrara a Morte e que ela deixara com
Sexton são, agora, colocados nos olhos da parte humana que morrera para que ela
voltasse a ser a Morte dos Perpétuos. Hettie também deixara com Sexton um
presente para Hettie… um presente que é a
sua alma, da época em que ela ainda era Henrietta, há muito tempo. Depois
dessa experiência, Sexton retorna para casa, aceita o convite para sair com
Jackie e apaga o e-mail que estava escrevendo para Sylvie…
Ele está
recomeçando.
A Morte
Humana, por sua vez, é recebida pela Morte dos Perpétuos, em uma cena
lindíssima.
Me despeço,
agora, com pesar e já com saudade. QUE SÉRIE INCRÍVEL!
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Eu terminei agora de assistir e que série boa viu, essa segunda temporada foi tão emocionante e que delícia saber que vc ainda posta reviews, análises e que continua com o site/blog, eu só sinto falta de Criminal Minds Evolution kk, mas obg por tudo Parada Temporal ♥️
ResponderExcluirQue bom ler o seu comentário!!! ♥️ Quer dizer que você já conhecia o blog de antes e retornou? Ficou muuuito feliz, obrigado pelo carinho!!!
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