Alice in Borderland 3x04

BINGO NA TOKYO TOWER e CHUTE A LATA.

Repito o que eu disse anteriormente: acho que a conclusão na segunda temporada foi excelente e guardo uma opinião geral depois que conhecer a conclusão dessa, mas está tão bom de acompanhar essa nova temporada de “Alice in Borderland”. Os episódios são empolgantes, os jogos são elaborados, e eu amo o Arisu e amo torcer por ele. Nesse quarto episódio, concluímos o jogo iniciado pelo grupo de Usagi no metrô no episódio passado – e descobrimos que o grupo de Arisu também está passando pelo mesmo jogo –, e então acompanhamos dois jogos em paralelo que são encarados como a “Semifinal”. O episódio também lança alguma luz sobre o passado de Ryuji Matsuyama, seu acidente e sua primeira visita a Borderland.

Quando o episódio anterior chegou ao fim, todo o grupo de Usagi tinha usado um cilindro em um vagão que se encheu apenas de oxigênio, o que quer dizer que eles têm, pela frente, dois vagões envenenados para apenas um cilindro – e precisam pensar em uma alternativa. Se o jogo já estava tenso antes, naquele momento o desespero da morte se acentua porque ela parece certa, e a única coisa que podem fazer é saltar em outro trem… inicialmente eu duvidei da eficácia e lembrei dos lasers vermelhos, mas dá certo. Alguns morrem ao saltar, mas a maioria consegue chegar em segurança ao trem ao lado, inclusive o Ryuji, que encontra uma maneira de se lançar de um trem a outro… depois, quando eles passam ainda por outro trem, Usagi vê um rosto familiar…

Arisu.

Confesso que eu teria adorado acompanhar toda a jornada do ponto de vista do Arisu e qual é a lógica que ele encontrou para levar o seu grupo em segurança até o último vagão, mas foi uma cena de arrepiar o momento em que o vemos de máscara no vagão do outro lado da pista, e quando ele e Usagi se veem, se reconhecem e estendem a mão um para o outro, as linhas se separam e eles terminam em destinos e jogos distintos. O grupo de Arisu consegue chegar à locomotiva, mas parar o trem antes de uma colisão é outra história, e o acidente deixa Arisu gravemente ferido – felizmente, o grupo criou uma sintonia e um sentimento de agradecimento mútuo: eles não vão deixar o Arisu para trás, ainda mais depois de ele ter salvado a vida deles tantas vezes…

Após a sobrevivência de ambos os grupos a o TREM DESGOVERNADO, Ryuji fala com Usagi sobre limites que, uma vez passados, não tem mais volta – e o episódio nos permite entender mais dele e de sua fascinação pelas experiências de quase-morte e teorias de consciência compartilhada. Ele encontrou em Yano, uma aluna, a mesma fascinação que ele e, juntos, eles desenvolveram uma droga que poderia proporcionar esse “vislumbre da vida além da morte”, mas Yano acaba morrendo ao testar a droga, e isso se torna notícia, com o Professor Matsuyama acusado de suicídio assistido. É depois disso que ele sofre o acidente que o deixa na cadeira de rodas, mas ninguém sabe se foi mesmo um acidente ou se foi uma tentativa de suicídio…

E foi nesse “acidente” que ele esteve em Borderland pela primeira vez.

Os dois jogos da chamada “Semifinal” se iniciam em paralelo… de um lado, o grupo de Usagi enfrenta o BINGO NA TOKYO TOWER; de outro, o grupo de Arisu começa uma partida de CHUTE A LATA. São dois jogos interessantes, mas eu preciso ser sincero e dizer que eu prefiro acompanhar o grupo de Arisu. Os estilos de jogos entregues para ele e para Usagi durante essa temporada são diferentes – enquanto os jogos de Arisu parecem mais complexos e com camadas que envolvem inteligência e suspense psicológico, os jogos de Usagi são mais voltados para a ação, e embora visualmente interessantes, eles me parecem menos ricos que os de Arisu… de todo modo, o episódio se alterna entre ambos os jogos e aumenta a tensão a cada segundo e rodada.

No BINGO NA TOKYO TOWER, os jogadores precisam escalar uma torre altíssima, apertar botões e tentar ganhar um bingo. No CHUTE A LATA, no máximo 10 jogadores sobreviverão: após a lata ser chutada, ela deve ser encontrada e trazida de volta ao lugar de origem, e quem pisar nela está salvo. Assim que a lata é pega por um jogador, a contagem regressiva começa dos 60 segundos, porque a lata é uma bomba-relógio que explode ao fim do tempo; toda vez que um jogador diferente pega a lata, a contagem recomeça, mas com 5 segundos a menos que da última vez. Com longas distâncias, fica claro que o jogo precisa ser vencido em equipes, revezando as latas e salvando um por vez… mas também é selvagem, violento e muito, muito tenso.

A primeira lata explode no meio de toda a luta por ela. A segunda lata também explode quando ela é roubada pela equipe adversária e sofre um impacto. Agora o grupo de Arisu está em 8 pessoas para 8 latas restantes. É corrida, luta, matança, um excelente jogo! Na terceira lata, uma integrante da equipe de Arisu se salva, mas na quarta, Shion morre na explosão na escada rolante por causa de membros da equipe adversária, que também são explodidos… a quinta lata sala a vida de Rei, a sexta salva a vida de Tetsu e a sétima salva a vida e Nobu. A oitava lata também explode, matando Natsu… e nona e penúltima lata fica para Arisu, quando Kazuya entrega para ele e manda ele se salvar, porque está ferido e não pode correr, e ele segura os demais para que não impeçam Arisu.

Kazuya foi MARAVILHOSO aqui!

Então, torcemos fervorosamente para que ele consiga usar a última lata para se salvar, mas no fundo sabemos que não vai acontecer. É profundamente angustiante, a tensão em cada segundo de luta, em cada grito, em cada expressão no elevador daqueles que se salvaram, mas a trilha sonora não deixa dúvidas… ainda assim, assistimos vidrados. No fim, a lata de Kazuya explode: ele morre, mas ele não deixa que nenhum daqueles filhos da p*ta da outra equipe se junte aos seus amigos no elevador e, consequentemente, no último jogo. Eles seguirão em frente agora… Matsuyama, por sua vez, recebe uma missão: ele deve matar Usagi no último jogo para garantir que Arisu escolha ficar em Borderland… eles “precisam” dele como “cidadão-modelo”.

Essa temporada foi sobre isso, afinal.

Agora, partimos para a arena final… em Shibuya.

 

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