Alice in Borderland 3x02

Palitos da Sorte / Caça aos Zumbis

QUE EPISÓDIO DE TIRAR O FÔLEGO! Arisu já está de volta a Borderland, e as coisas não são como eram antes… de alguma maneira, as coisas parecem maiores e mais complexas agora. Depois de terem enfrentado as cartas de números na primeira temporada e as cartas de imagem na segunda, a terceira temporada de “Alice in Borderland” parte do CORINGA – e todos os “novos” jogadores que vemos agora já estiveram ali antes e já conseguiram sair, o que quer dizer que esse é uma espécie de “torneio entre campeões”. Diferente de antes, não se pode escolher qual jogo se vai jogar… eles estão encurralados, sem opções, e são obrigados a continuar jogando. Esse segundo episódio traz um jogo completo e a primeira parte de um segundo jogo ainda a ser concluído…

E a construção é perfeita!

No fim do episódio passado, Arisu em Borderland “fez sua inscrição” para um jogo que acontece em um templo e se chama PALITOS DA SORTE. Durante 10 rodadas, um jogador por vez tirará um palito que o levará a uma pergunta com diferentes níveis de “sorte”. São perguntas com respostas numéricas, sejam elas de matemática ou não, e a diferença entre a resposta dada e a resposta correta será o número de flechas flamejantes lançadas sobre todos os jogadores na arena. Depois da primeira pergunta, com uma diferença de 3 entre a resposta dada e a resposta correta, três flechas flamejantes parecem começar a instituir o caos: uma atravessa o pescoço da jogadora que respondeu errado, outras duas acertam outro jogador e um é morto ao tentar fugir da arena.

Assim começa a tensão… e, logo, o desespero. A ascensão do suspense durante esse jogo é eletrizante, e é curioso como ficamos presos à tela, até nossa respiração oscila – os jogadores precisam resolver uma equação, uma pergunta de probabilidade e responder a outras perguntas que não sabem responder, e o número de flechas aumenta a cada rodada… 23 flechas em uma resposta errada, 50 flechas em outra, 448 eventualmente. E, com isso, as flechas flamejantes espalham fogo e morte na arena, e isso vai fazendo com que algumas coisas comecem a retornar para Arisu… e é ele o último jogador, que tira um palito cujo papel diz “azar extremo”, e sua pergunta é sobre a população mundial em bilhões, e eles entendem depressa o tamanho do problema…

Um erro, por menor que seja, representará MILHÕES de flechas flamejantes.

A diferença resulta em 100 milhões de flechas flamejantes, que se anunciam através de um som agourento e, eventualmente se derramam sobre a arena como se fossem lava de um vulcão em erupção – e não haveria como sobreviver se não fosse a inteligência bem-vinda de Arisu e seu raciocínio lógico que percebe que existe uma direção de fuga: sua única chance é um túnel que ele encontra e pelo qual alguns jogadores se salvam conforme a arena é devorada pelo fogo. Arisu pula no último segundo, em uma cena dramática e interessante. Gosto muito de como “Alice in Borderland” não cessa em surpreender, e gosto da grandiosidade desse primeiro jogo após o retorno a Borderland. Um jogo zerado apenas graças ao Arisu.

Agora, o grupo salvo por Arisu e que foi recrutado no mundo real com a carta coringa porque já estiveram ali antes se une e se prepara para o próximo jogo no dia seguinte… no Instituto Nacional de Pesquisa Viral. O próximo jogo se chama CAÇA AO ZUMBI, e a complexidade e a construção da tensão chega a ser assombrosa. A explicação básica mostra um jogo de cartas simples a ser jogado por 20 rodadas… mas a “pegadinha” está nas três cartas especiais junto às numeradas: o zumbi, a escopeta e a vacina. Cada detalhe do jogo é interessante, e eu gosto de como o jogo acontece tanto nas 20 rodadas quanto entre elas – talvez até mais entre elas: afinal de contas, é um jogo que vai ser vencido ou perdido em equipe, e essas três cartas especiais mudam tudo.

O jogo exige estratégias… jogar uma carta especial traz consequências e a zumbificação da equipe precisa ser impedida se a equipe quiser sobreviver no final do jogo – com a escopeta, que mata o zumbi instantaneamente, ou com a vacina, que “salva” o zumbi… mas eles sabem quantas escopetas estão no jogo, mas não quantas vacinas… para sermos sinceros, não sabemos nem se tem mesmo alguma vacina no jogo. É extremamente complexo, e felizmente o Arisu é inteligentíssimo e ele vê muito além do básico, e começa a organizar tudo. Gosto muito da cena na qual ele impede que uma mulher infectada use a carta de zumbi contra ele (eu meio que estou me apaixonando de novo pelo Arisu, sabe?), e como ele compra o plano de Rei…

Rei é uma mulher de outra equipe que tem todo um plano que envolve blefe e manipulação, típico de um jogo de cartas – mesmo nessas circunstâncias. São diferentes grupos andando pelas 20 rodadas desse jogo, e os planos podem divergir, mesmo os que partem de um mesmo princípio… e é aqui que o que já estava interessante se torna ainda mais interessante. É esse jogo além das rodadas oficiais, é a tensão, o medo, a irredutibilidade… e, enfim, a matança. Conforme nos aproximamos do fim das rodadas e a vacina parece “uma esperança distante”, alguns acham que usar a escopeta é a única opção: e é assim que vemos Kazuya usar a sua escopeta contra alguém que nervosamente tenta infectá-lo, e minha sensação no final era só: QUE EPISÓDIO FOI ESSE?!

E chegamos à parte mais interessante do jogo agora!

 

Para mais postagens de Alice in Borderland, clique aqui.

 

Comentários