Supernatural 1x10 – Asylum
“Don’t be
afraid. I’ll make you all better”
O PRIMEIRO
MID-SEASON FINALE DA SÉRIE! Exibido originalmente em 22 de novembro de 2005, “Asylum” é o décimo episódio da
primeira temporada de “Supernatural”
e envia Sam e Dean Winchester até o desativado Hospício Roosevelt, um lugar que
foi cenário de uma revolta de um grupo de pacientes da ala sul contra um médico
que fazia experimentos há alguns
anos, e que agora é o “lar” de possíveis espíritos raivosos e a fonte de
eventos estranhos. Após uma ronda pelo local em busca de adolescentes que
invadiram o prédio abandonado e “mal-assombrado”, o policial Walter Kelly
assassina a esposa e, logo em seguida, tira a própria vida, agindo de uma
maneira completamente inesperada para quem o conhecia.
Em parte,
nós como audiência pensamos como o Sam… em se tratando de um episódio que é o
primeiro mid-season finale da série,
e com um “Anteriormente” que nos
remete à trama principal e o mistério que envolve a morte de Mary, de Jess e o
desaparecimento de John, não esperávamos “mais um caso para os Winchester
resolverem”. É um caso EXCELENTE e um ótimo episódio que não decepciona em
nada, mas eu gosto muito de como o roteiro brinca com a questão de expectativa, trazendo isso à tona no
personagem de Sam… quando Dean recebe uma mensagem de um número restrito com
coordenadas, eles tendem a pensar que trata-se de John tentando se comunicar
com eles, e talvez seja – mas apenas para passar
um novo trabalho.
Talvez a
melhor coisa do episódio seja justamente a maneira como ele trabalha as
diferentes reações de Sam e de Dean à possível mensagem de John. Dean é o tipo
de pessoa que obedece sem questionar, talvez em uma tentativa incessante de
agradar o pai; Sam, por outro lado, está bravo com o desaparecimento, com a
mensagem de coordenadas passando um trabalho, com a falta de notícias… e ele
tem motivo para se sentir assim. Ele não quer apenas “aceitar o trabalho que o
pai mandou”, e isso define muita coisa no episódio. Ele vai conversar com o Dr.
Ellicott, filho do médico psiquiatra responsável pelo Hospício Roosevelt no
passado, mas acaba pego em uma sessão de terapia. Afinal de contas, esse é o
seu “disfarce”, mas ele precisa mantê-lo…
E ele talvez precisasse disso.
Gosto da
cena do Sam com o Dr. Ellicott. Ele está ali para fazer perguntas sobre “a
revolta na ala sul”, que pode ajudar na caçada, mas talvez haja uma parte dele
que está realmente “fugindo do assunto”, quando tem algo a falar sobre si
mesmo, se for perguntado. Nós não vemos tudo o que Sam diz ao Dr. Ellicott, mas
ele demora mais do que Dean esperava que ele demorasse, então ele deve ter
falado bastante… até porque o Dr. Ellicott fizera um acordo com ele: ao ver o
seu interesse na revolta da ala sul, ele prometeu contar o que ele queria
saber, desde que antes ele falasse sobre
ele mesmo… e o Sam saiu de lá de dentro com uma série de informações sobre
a história do Hospício Roosevelt, portanto… é muito boa a construção do
episódio!
O cenário de
um antigo hospício abandonado que tem em seu passado a história de uma revolta
e muitas mortes é perfeito para uma trama de suspense/terror. O episódio
funciona muito bem, e temos a adição de Gavin e Kat ao clímax do episódio, como
um casal curioso do tipo que “gosta de visitar possíveis lugares
mal-assombrados”, mas que no fundo não esperava encontrar… bem, um lugar de fato mal-assombrado. É um lugar de
muitas mortes, de muitos corpos e de muitos espíritos possivelmente raivosos –
mas com uma virada interessante, porque os espíritos não parecem estar
realmente tentando fazer mal aos vivos.
Sam tem essa impressão quando encontra o primeiro espírito, mas eles têm
certeza disso ao conhecer Gavin e ao descobrir que ele foi beijado por um espírito.
O que eles
querem, portanto?
Kat é quem
consegue a informação de um dos espíritos, ao seguir a ordem de Sam e Dean e escutar o que ele tem a dizer… 137.
Quando o grupo se separa, no entanto, as coisas começam a dar errado – sem
grandes novidades, a regra é: não se
separem. Sam tenta levar Gavin e Kat para fora do Hospício Roosevelt, mas
eles são presos lá dentro, e ele recebe uma suposta ligação de Dean que o atrai
até o porão, e então ele acaba sendo capturado pelo espírito do antigo Dr.
Ellicott, o médico responsável por experimentos que, como o Dean diz, “fazem a
lobotomia parecer fichinha”. Assim como aconteceu com Walter Kelly no início do
episódio, Sam é transformado depois
de ser pego pelo Dr. Ellicott, e ele parece tomado por uma raiva anormal.
A
interferência do Dr. Ellicott amarra temáticas do episódio e traz
sentimentalismo à narrativa. Embora pareça “transformar” o Sam e de fato faz
com que ele seja conduzido pelo ódio, o que ele faz é exacerbar sentimentos
que, de uma maneira ou de outra, já estão dentro dele. Essa versão alterada de
Sam fala a verdade sobre o que pensa do desaparecimento e das ordens do pai, e
da maneira como Dean é “um filhinho do papai fazendo suas vontades”. Esse Sam
está cansado de obedecer ordens sem
questionar, e o confronto de “Sam” e Dean aqui é intenso e angustiante, e
teria acabado em morte se a arma que Dean entrega a Sam está carregada… queimar
o corpo do médico é uma questão de vida
ou morte, e nos entrega uma boa cena no ápice do episódio.
Sam se
lembra de tudo o que aconteceu. Pede
desculpas.
Mas ficamos
pensando no quanto ele guarda dentro de
si o tempo todo.
Para mais
postagens de uma revisita a “Supernatural”,
clique
aqui.
Para os textos da época original de exibição, clique aqui.

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