Supernatural 1x08 – Bugs

Insetos e problemas de família!

OASIS PLAINS, OKLAHOMA. Exibido originalmente em 08 de novembro de 2005, “Bugs” é o oitavo episódio da primeira temporada de “Supernatural”, e os Winchesters precisam lidar com ataques estranhos dos mais variados tipos de insetos depois de Dustin, um trabalhador da companhia de gás de um novo condomínio/bairro, morrer de maneira misteriosa… durante o trabalho, ele cai em um buraco e, no tempo que o seu colega leva para ir até o caminhão buscar uma corda para resgatá-lo, ele é atacado por insetos que parecem devorar o seu cérebro – os médicos dão o diagnóstico da “doença da vaca louca”, mas Dustin nunca apresentou nenhum sintoma anteriormente, e seu cérebro se desintegrou em uma questão de horas…

Sam sabe que pode ser alguma coisa!

Gosto de como o episódio traz um caso diferente para os Winchesters, que não estão lidando com fantasmas nem com demônios, mas com a própria natureza, ao mesmo tempo em que Sam precisa lidar com coisas que fazem com que ele se lembre da relação que ele tinha com o pai… e é a primeira vez na série que fica evidente o quanto ela era conturbada por toda a questão de ele “ousar” desejar uma vida normal – ir para a faculdade o fazia uma aberração em uma família na qual ele foi criado para ser um caçador. Desse modo, Sam consegue entender um pouco Matthew, o filho do responsável pela Oasis Plains que o vê como uma “aberração” por seu fascínio escancarado por, vejam só, insetos. É uma trama bem apresentada.

Sam e Dean Winchester comparecem ao evento de apresentação das novas casas da Oasis Plains em busca de alguma informação – afinal de contas, houve uma morte há algum tempo envolvendo abelhas naquela região, e duas mortes quase inexplicadas envolvendo insetos? Alguma coisa está acontecendo. Depois das abelhas há um ano e dos besouros, cujos vestígios Sam encontra no buraco em que Dustin foi morto há poucos dias, a morte da corretora Lynda acontece por causa de aranhas que saem de seu chuveiro… e a única “pista” que os Winchesters têm no momento envolve Matt, o adolescente que tem insetos como bichinhos de estimação e que tentara assustar Lynda com uma aranha no evento que acontecera naquele dia.

No momento em que Sam se aproxima de Matt para conversar com ele pela primeira vez eu tive certeza de que ele não estava envolvido… seria óbvio demais, e ele não me pareceu capaz, embora a sua relação conturbada com o pai, Larry, pudesse configurar um motivo. No fim, Matthew acaba sendo uma ajuda importante… como conhecedor dos insetos, ele consegue identificar comportamentos estranhos em uma clareira próxima, como se os insetos estivem se “congregando”, e é aí que Sam e Dean começam a encontrar respostas. Quando eles descobrem, no meio de muitas minhocas, alguns crânios, eles o levam até um professor de universidade que os ajude a identificar de quando esses restos datam – e descobrem que eles têm pelo menos 170 anos.

Assim, os Irmãos Winchester chegam até a história de um povo que vivia naquele lugar antes da chegada do homem branco, e que tiveram suas terras roubadas e sua dignidade e seus direitos violados… em uma conversa com Joe White Tree, ele conta sobre a história que ouvira de seu avô que, por sua vez, ouvira de seu avô antes dele. Há 200 anos, nativos que habitavam o lugar onde hoje está sendo construído Oasis Plains foram atacados pela cavalaria, e o chefe da aldeia, naquela época, jurou que nunca mais deixaria o homem branco macular aquela terra: ele a “amaldiçoou” para que a natureza se levantasse para proteger o vale, e é exatamente o que ela está fazendo… através dos insetos. E na noite do sexto dia, segundo a maldição, “ninguém sobreviveria”.

Sam e Dean podem tentar acabar com a maldição… ou podem tirar todos que estiverem em Oasis Plains antes que eles sejam mortos. Dean tenta se passar por Travis, da companhia de gás, para falar com Larry, mas Larry conhece a voz do homem que trabalha para ele há tanto tempo; então, Sam tenta falar com Matt, e ele e Dean têm ideias diferentes de como agir: Sam acha que ele deve contar a verdade e fazer com que o pai o escute, e Dean o manda mentir que está com uma dor forte no lado direito e precisa ir urgentemente ao médico… no fim das contas, Matt opta por dizer a verdade, e Larry é o tipo de pessoa que não acredita, mesmo quando tudo indica que eles estão dizendo a verdade. Quando ele percebe os insetos vindo, já pode ser tarde demais…

Então, Sam e Dean precisam manter Larry e a família em segurança enquanto insetos tentam atacá-los como se fossem as Pragas do Egito… é angustiante, barulhento, sufocante, e tudo o que os Winchesters podem esperar é que a maldição cesse com o nascer do sol – eles precisam manter os Pike vivos durante algumas horas até lá. Manter os insetos inteiramente para fora parece impossível, porque eles entram pela lareira e, quando a família se esconde no sótão, cupins destroem a madeira a invadem. Curiosamente, eles conseguem sobreviver até o nascer do sol e, com o sol, os insetos vão embora – mas isso não quer dizer que eles não vão retornar e/ou que a construção de Oasis Plains pode continuar… Larry vai garantir que ela não continue.

Mas ele está feliz de ter a família viva.

O episódio acaba sendo importante porque fala sobre a relação de Sam e John e as marcas que ele carrega e que pesarão para o reencontro em breve. Sam passou a vida sentindo que era um “desapontamento” para o pai e que ele nunca gostou dele de verdade porque ele não era o filho que ele esperava, e agora talvez tenha que lidar com o fato de que talvez John e ele só não soubessem se comunicar. Eles são muito diferentes, é verdade, e isso gerou embates constantes, mas John o ama… Dean fala sobre como ele ia sempre que possível até a faculdade na qual Sam estudava desde que ele deixou a caçada, apenas para saber que estava tudo bem – ele se preocupava com ele e com ele estar sozinho. Agora, Sam quer encontrar o pai e poder pedir desculpas.

 

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