Power Rangers Prime #1
“Nós precisamos mesmo de heróis?”
UM NOVO PONTO DE PARTIDA
INTERESSANTÍSSIMO PARA OS QUADRINHOS DE “POWER
RANGERS”. Em novembro de 2024, a Boom! Studios deu início à publicação de “Power Rangers Prime”, uma história
nova em uma realidade diferente da Terra, onde o planeta foi colonizado por
Eltarianos há algumas décadas, e que conta com rostos conhecidos dos fãs de
longa data da franquia, como a Rita Repulsa, Lauren Shiba e Orion, bem como
personagens novos que também figurarão entre os protagonistas. Os créditos da
estreia ficam para Melissa Flores, responsável pelo texto, Michael Yg,
responsável pelas ilustrações, Fabi Marques, pela colorização e Ed Dukeshire,
com as letras, e eles entregam um trabalho absolutamente lindo, encantador e
convidativo.
É uma leitura deliciosa e
visualmente incrível.
Gosto muitíssimo da maturidade
que os quadrinhos de “Power Rangers”
conquistaram ao longo de seus muitos anos de publicação, tendo se tornado um
nome tão forte no mercado atualmente. Não se trata mais apenas de um
“complemento” à série de TV ou curiosidades, mas aventuras cada vez mais
complexas em uma verdadeira expansão desse universo no qual heróis ganham
poderes da Rede de Morfagem para lutar contra o mal. E, com “Power Rangers Prime”, somos
apresentados a uma questão muito curiosa: em uma realidade na qual o mal tomou o poder e o vendeu como
progresso e ordem, como fica o bem? Como ficam os Power Rangers? É por isso que
encontramos Lauren Shiba no início da primeira edição sendo perseguida.
Na Universidade da Alameda dos
Anjos, temos a oportunidade de entender um pouco mais a respeito dessa
realidade… há algo de futurístico nela, algo que me faz pensar nas deliciosas
ficções científicas dos anos 1980 e 1990, e por isso eu fiquei imediatamente
encantado. Também há algo de propositalmente pesaroso, uma crítica bem colocada
que ajuda a definir os rumos da publicação. Há 70 anos, a Terra foi invadida
pela Brigada de Gamma VII, e foi o primeiro contato que a humanidade teve com
alienígenas… e eles não tinham a menor
chance. Então, os Eltarianos, que se proclamam “Protetores do Universo
Conhecido”, ofereceram ajuda e vieram para o planeta apresentando tecnologias
que demorariam séculos para os humanos desenvolverem sozinhos…
Acho muito curiosa essa
apresentação da trama de “Power Rangers
Prime” porque ela acontece em uma Universidade de um planeta colonizado, e
é contada na voz de um colonizador… a História é facilmente manipulada por quem
as conta. Os Eltarianos não foram os “heróis bonzinhos” que eles contam ter
sido, é claro, e eles colonizaram a Terra desde então, a tornando a sua 205ª
Colônia. Agora, a Terra é uma sociedade rígida e segregada, com preconceito
escancarado contra refugiados, ainda que se tente vender a ideia de “um lugar
acolhedor”. Estou curioso para o desenvolvimento
dessa premissa nas próximas edições, especialmente a partir das relações entre
os personagens, que são humanos, eltarianos, meio humanos meio aquitarianos,
andresianos…
Lauren Shiba é encontrada por um
jovem chamado Mark Zhao, o Refugiado No. 082893, que não conta a verdade aos
policiais Eltarianos na noite em que encontra a Power Ranger na sua lata de
lixo (!), e é salvo por Jun no momento em que ele é abordado novamente no dia
seguinte… enquanto Mark está sendo “interrogado” por Jun, o seu colega de
classe que naturalmente não considera “amigo”, Lauren desperta confusa e é
recebida pelo colega de quarto de Mark, que ficou responsável por ela enquanto
ele correu para a aula: e é aqui que reencontramos Orion (que está
absolutamente lindo nessa arte, convenhamos, e o avental rosa é um detalhe
lindíssimo), que tem a missão de tranquilizar Lauren e mostrar que ela pode
confiar nele e em Mark.
Aos poucos, a equipe vai se
reunindo?
Orion conta para Lauren sua
história bem brevemente… ele conta que também é um refugiado, ainda que pareça
humano, e ele está ali há uns 10 anos, mas não é um grande fã da Ocupação
Eltariana. Lauren, por sua vez, também compartilha sua história, a sua história
que começa lá no Japão Feudal, há muito tempo, quando seus antepassados foram
os primeiros Power Rangers Samurai da história, e como eles protegeram a Terra
durante muito tempo. Passamos pelo Japão Feudal e pela Londres Medieval até
chegarmos aos Estados Unidos de 1954, o ano em que a Terra foi invadida e os
Eltarianos chegaram para “ajudar”. A partir de então, a Terra é uma Colônia… e
os Power Rangers foram considerados uma ameaça inimiga. A chegada de Rita
Repulsa no fim da edição deve trazer novidades…
Adorei a leitura. Ansioso por
mais dessa história!
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