Alice in Borderland 3x05

SUGOROKU DO FUTURO.

As opiniões se dividem na internet, mas eu preciso ser sincero com meus sentimentos: EU ESTOU AMANDO ACOMPANHAR ESSA TEMPORADA. Chegamos ao último jogo da terceira temporada de “Alice in Borderland”, e Arisu e os demais são levados da Estação de Shibuya até uma projeção de possíveis futuros em um jogo que é tão simples quanto a sua habilidade de acreditar ou duvidar do que lhe dizem… Borderland está definindo o futuro daqueles personagens ou está blefando? Eles têm coragem de “pagar para ver”? Eu gosto de como a série subverte jogos com noções básicas e encontra maneiras de torná-los não apenas letais, mas perturbadores – o jogo de escolher portas e procurar uma saída se transforma em rapidamente em uma grande tortura psicológica.

A Shibuya a que Arisu parecia ter chegado no fim do episódio anterior é uma projeção digital que está conduzindo cada um dos jogadores até o local das “inscrições”, e é naquela sala que Arisu e Usagi finalmente se encontram, em uma cena bonita na qual Arisu demora alguns segundos para entender que a Usagi que está vendo não é a Usagi da tela… no fim, temos 10 jogadores inscritos, um deles sendo o bebê que a Usagi está esperando, e eles têm 15 rodadas para tentar encontrar a saída em 25 salas de possibilidade. Sua movimentação será definida pelo jogo de dados e pela dedução de pontos. Uma vez zerada a pontuação, o jogador é automaticamente eliminado, de uma maneira que imediatamente nos faz pensar no jogo mais marcante da primeira temporada…

Diz-se que as “visões” do futuro que lhes são apresentadas são escolhas do que realmente vai acontecer se eles conseguirem sair, então talvez eles precisem escolher o próprio futuro enquanto buscam uma saída, e isso levanta uma série de possibilidades e de questões… o jogo pode os estar conduzindo para o centro do “tabuleiro” ou para longe da saída conforme os induz a escolher “futuros felizes”, e pode ser que tudo isso seja apenas uma maneira de atormentar o psicológico dos jogadores e acrescentar uma camada extra de tortura ao jogo, mas também não se pode duvidar de tudo, porque coisas estranhas já aconteceram desde a primeira vez em que estiveram em Borderland… nem esse mundo deveria ser possível, então por que ele não poderia definir coisas do lado de fora?

Inevitavelmente, eles vão ter que se separar, com o limite do número de pessoas autorizados a passar por cada porta definido por dados, mas Arisu pretende seguir a estratégia de usar as portas com os números maiores e se reagrupar sempre que possível – algo que funciona na teoria, até que os dados deixem de colaborar e o jogo psicológico faça com que os jogadores escolham portas menos lógicas na busca pela saída. Não demora muito para que os jogadores estejam cada vez mais separados, e ainda que eles consigam se comunicar pelas pulseiras, as coisas ficam mais complicadas do que eles esperavam… Ryuji duvida gratuitamente de Arisu, enquanto Rei confia nele plenamente, e escolhe ficar para trás para que Arisu e Usagi sigam juntos e cuidem do seu bebê, por exemplo.

Arisu e Ryuji são dois líderes em posições opostas do jogo. Arisu pensa em manter o grupo o mais unido possível e encontrar a saída; Ryuji, por sua vez, fala sobre a importância de eles escolherem com sabedoria o futuro que querem, mas a verdade é que ele só quer ir contra o Arisu mesmo… o suspense aumenta conforme as escolhas impedem os reencontros. Sohta, por exemplo, faz a escolha de um futuro que considera o melhor para a irmã, Yuna, e por isso não segue na direção sugerida por Arisu, tampouco retorna para ajudar Rei, que ficou presa em uma sala e está sendo atormentada na D2 por visões de um futuro que a consome… enquanto isso, Nobu fica tentado a escolher a A1, porque além de ser um canto e uma possível saída, tem o futuro melhor para ele…

Quando Nobu e Tetsu se separam, assistimos à primeira morte do jogo. O próprio Nobu está em uma situação praticamente impossível: ele perde 6 pontos na Sala A1, não encontra a saída e agora só tem uma porta à sua disposição, independentemente de quão ruim seja o futuro mostrado por ela… Sohta e Yuna se encontram exatamente na mesma situação, mas em outro canto, onde perdem 4 pontos e só têm uma porta. Tetsu, por sua vez, faz uma escolha que parece ser a “certa”, e depois se depara apenas com dois futuros péssimos. A despedida solitária de Tetsu é bastante triste e nos entrega uma cena forte que resulta na sua morte, e talvez seja apenas aquele momento que evidencie a perversidade completa do jogo… nem todos sairão dali vivos.

Independentemente de suas escolhas…

As rodadas seguem implacavelmente e os jogadores se movem pelo grupo de 25 salas tomando decisões e perdendo pontos… Arisu consegue resgatar Rei na D3, agora para rumar ao outro lado do quadro em busca de saídas na A5 ou na E5; Ryuji se depara com uma escolha entre dois futuros, um em que ele e Usagi saíram e se encontram do lado de fora de Borderland, de volta no mundo real, e outro que acontece ali mesmo dentro daquele jogo e no qual ele a mata, como foi instruído a fazer. Sohta e Yuna, por sua vez, são obrigados a se separar quando os dois dados possíveis caem no número 1, e embora eles planejem se reencontrar na B4, eles não podem fazê-lo quando Yuna tira 0 na próxima rodada… então, Sohta está sozinho em uma sala que lhe cobra 2 pontos…

Seus dois últimos pontos.

Infelizmente, escolhas muito erradas foram tomadas por muitos jogadores. Sohta só morre em uma sala cujo “pedágio” nem é tão alto assim porque escolheu não dividir a dedução de pontos com a irmã – mas isso não quer dizer que sua partida não entregue uma cena emocionalmente poderosa e triste. Yuna grita do outro lado da parede e chora, enquanto Sohta vê o futuro que espera por sua irmã e sorri, pedindo que ela seja feliz… Yuna está devastada, e Arisu planeja que Rei a leve com ela, mas Yuna acaba correndo pela porta “errada” até o corpo do irmão, sobre quem chora, o que desencadeia uma série de eventos: Rei fica presa novamente, e Arisu escolhe perder 2 pontos seus ao invés de usar os de Yuna, que tem muito mais que ele… e o grupo de Usagi não usa os pontos do bebê…

Quer dizer, por que o bebê tem que terminar o jogo com 15 pontos? É simplesmente burrice.

Agora, o episódio final deve trazer mais uma boa parcela de tortura psicológica, e estou curioso para saber quem e como sairão desse último jogo… o grupo de Usagi se reúne na B3, e agora eles terão que se separar pelos números tirados nos dados, e as opções parecem ruins de diferentes maneiras a todos eles. Arisu, por sua vez, se depara com uma visão assustadora do futuro: uma visão na qual ele encontra a saída na A5, como previu, mas encontra também o corpo de Usagi (mas não sabe que ela teria sido morta por Ryuji Matsuyama, e não pelo jogo em si), e acaba ele mesmo morrendo com o laser vermelho típico de Borderland… agora, novas decisões precisam ser tomadas, e nos preparamos para o ÚLTIMO EPISÓDIO da temporada de “Alice in Borderland”.

Estou tenso e animado. Curioso pela conclusão!

 

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