Glee 4x07 – Dynamic Duets
“What do I
stand for? What do I stand for?”
Vou dizer o
que eu já disse antes: esse era para ser
o futuro de “Glee”. Com Nova York deixado de lado mais uma vez, a única
ausência que eu realmente senti
assistindo ao episódio foi a de Unique. Repito o que disse extensivamente ao
recomentar o início dessa temporada: apegar-se a personagens ao invés do
conceito foi o que ajudou a acabar com uma série que ainda tinha muitas
histórias para contar e músicas para cantar… e também repito: eu gosto da Rachel e acho, sim, que havia
histórias boas para ela, mas a ideia
de constante renovação no glee club e
de ceder o protagonismo a novos personagens seria o ideal se a série quisesse
mesmo manter-se por muitos anos. “Dnyamic
Duets”, exibido originalmente em 22 de novembro de 2012, é um dos bons
episódios que mostram que era possível.
Também acho
que o roteiro força o Finn como “novo
responsável pelo glee club” o
colocando em uma posição de liderança que combina com o que ouvimos falar dele nas três temporadas
anteriores, mas não com o que ele realmente demonstrou desde sempre – e é
bastante patético e quase desesperador que ele apareça para a sua primeira
“aula” fantasiado de Mr. Schuester e, depois, reclamando que eles “não o veem
como um adulto”: quer dizer, metade daquele glee
club foram seus colegas de escola MESES ANTES, é lógico que eles não vão
vê-lo como um adulto… porque ele não é um. De todo modo, ele tem uma ideia
decente quando propõe os “duetos dinâmicos” para tentar fazer com que o New
Directions aja como uma equipe para as Seletivas.
Para isso,
Finn coloca Ryder e Jake para trabalharem juntos, e Kitty e Marley também…
afinal de contas, com o triângulo/quadrado amoroso, as coisas estão complicadas
naquele grupo ali. E como as apresentações têm a ver com o TEMA DE SUPER-HERÓIS
DO EPISÓDIO, Jake e Ryder cantam “Superman”,
um dueto que é feito para impressionar a Marley e acaba em briga – briga de
verdade, com direito a socos e o Finn tendo que lidar com a confusão e dando a
eles um novo exercício… um de
“kryptonita”. No fim, eu gosto da proposta do episódio para eles porque, apesar
de estarem apaixonados pela mesma garota, Jake e Ryder não precisam ficar brigando o tempo todo, e eles finalmente começam
a se abrir e a se conhecer melhor… podem virar até amigos.
Jake fala
sobre como ele sente que não se encaixa e é feito de chacota tanto pelos
brancos quanto pelos pretos por sua cor, além de ser judeu, e Ryder acaba
confessando que tem dificuldade para ler…
mesmo sem autorização, Jake leva o assunto para o Finn, para que algo possa ser
feito por Ryder, que foi apresentado com a premissa de que ele precisa estudar mais do que os outros para conseguir se sair só
razoavelmente bem na escola, e agora que ele visita uma especialista da
escola, ele descobre que é disléxico.
A cena em que ele fala sobre isso com o Finn depois de sair do teste é muito
forte, porque ele coloca para fora toda a frustração que sentiu durante toda a
sua vida, todas as vezes em que se sentiu “burro” e não quis decepcionar os
pais…
Ryder acaba
agradecendo a Finn, mas Finn diz o óbvio: ele
deve agradecer ao Jake. E Ryder encontra uma maneira de fazer isso quando o
Jake está se metendo em uma confusão no
refeitório da escola… é por uma boa causa, porque ele saiu em defesa da mãe
de Marley contra um grupo de garotos babacas e seus comentários ofensivos e
criminosos, mas ele podia se meter em encrenca e é uma delícia ver o Ryder
chegando com todo o grupo de “super-heróis” do clube do McKingley High e dizendo
que ele é seu amigo e, se mexerem com o Jake, estarão mexendo com ele e com
todos os demais… agora, Jake não sabe muito o que fazer em relação ao que sente
por Marley: era mais fácil estar apaixonado por ela quando ele não achava que o
Ryder podia ser legal…
A dinâmica
de Ryder e Jake é completamente diferente à de Marley e Kitty. Se a deles
começa com brigas escancaradas e termina com o começo sincero do que pode ser
uma amizade ou, no mínimo, uma relação de respeito, a delas é marcada pela
dissimulação de Kitty e a inocência de Marley. Marley está realmente
acreditando nas “boas intenções” de Kitty, que segue a incentivando a vomitar
para “controlar o peso ideal” – um assunto sério que precisava ser trazido para
primeiro plano. Musicalmente, as duas nos entregam “Holding Out for a Hero” e eu preciso dizer que É MARAVILHOSO,
embora eu não possa deixar de pensar na Marley e na Unique cantando essa
música… teria sido perfeito. Marley está em um processo importante de ganhar confiança.
Gosto de
vê-la chamando o Jake para sair no fim do episódio!
Em paralelo,
Blaine está sendo tentado a deixar o New Directions. O roubo do troféu das
Nacionais o leva de volta à Dalton Academy, para negociar com os Warblers a
devolução do troféu, e era exatamente isso o que eles queriam: atraí-lo até a
escola para tentar convencê-lo de que aquele
é o seu lugar. Eles entregam um blazer dos Warblers e o fazem cantar com
eles – “Dark Side” é FANTÁSTICA! –,
e parte de mim pensa que aquele é o lugar
dele… o Blaine se encaixa tão perfeitamente ali, como estrela dos Warblers!
Foi ali que o conhecemos, a sua voz combina com o estilo deles, e se ele se
mudou para o McKingley High apenas por
causa do Kurt, talvez não haja mais motivo para ele continuar lá… mas,
mesmo agora, o Kurt é a única coisa que o mantinha lá?
Quer dizer,
ele passou um ano todo lá…
Sam é quem
abraça a missão de impedir que o Blaine vá embora – qualquer um dos dois é um
líder tão melhor que o Finn! –, e é
só então que ele fica sabendo a história completa do término dele com Kurt, e é
bom ouvir o Blaine colocando para fora a traição e como ele se sentiu logo depois que aconteceu… toda a dor
que ele está sentindo, a culpa e o desespero por saber que foi uma atitude e
uma escolha sua que fizeram com que ele talvez perdesse o homem de sua vida. Sam é muito sábio e atencioso, como sempre é
(!), ao falar com ele, e ele acaba o convencendo mostrando o herói que ele é… o “dueto dinâmico” deles com “Heroes” é uma música e uma cena
lindíssima, e eles terminam com uma
última missão: O RESGATE DO TROFÉU DAS NACIONAIS.
Embora o
Finn ainda esteja penando para ficar à frente do New Directions, o roteiro quer
emplacá-lo como o novo Mr. Schue, então ele acaba acertando – o grupo termina
mais coeso do que iniciou o episódio, e é uma boa característica para as
Seletivas que já estão chegando no próximo episódio. E, para encerrar o
episódio, temos o que é uma das minhas músicas favoritas no mundo (não apenas
na versão de “Glee”, porque a
original de fun. é simplesmente PERFEITA!), “Summer Nights”. A música é maravilhosa, tem uma história sendo
contada ali no palco, as vozes estão perfeitas e o grupo está lindo de jeans e
camisetas vermelhas, em uma clara referência a “Don’t Stop Believin’”, notável também em alguns trechos da
coreografia… é um recomeço para “Glee”.
Ou deveria
ter sido.
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