Glee 4x04 – The Break Up
“Nobody
said it was easy”
UM DOS
EPISÓDIOS MAIS ICÔNICOS DE “GLEE”.
Exibido originalmente em 04 de outubro de 2012, “The Break Up” é o quarto episódio da quarta temporada de “Glee”, e o último antes de um pequeno hiatus de pouco mais de um mês, cujo
retorno nos traz o início das preparações para a montagem de “Grease” pelos alunos do McKingley High.
Talvez com a melhor combinação de músicas de toda a série, o episódio acompanha
os relacionamentos em crise por causa da distância: não acho que tenha havido desaparecimento do amor em nenhum dos
casos, mas todos os casais que acompanhamos nesse episódio são formados por
pessoas que, agora, habitam mundos diferentes. É um episódio de encontros e
desencontros, de verdades, de confrontos…
Um episódio
intenso, bonito e necessário!
Eu preciso
ser sincero com o que sinto e dizer que eu
não gosto do Finn. Não gostava dele quando assisti “Glee” na época da exibição, sigo não gostando agora e não é de
hoje… essa atitude nesse início de temporada é apenas a gota d’água. Para mim, fica muito claro o quanto o Finn é um atraso para a Rachel. É como se
tudo o que a Rachel estivesse avançando nos meses que passou em Nova York e,
principalmente, desde a chegada de Kurt, retrocedesse com a mera presença de
Finn, que sumiu por QUATRO MESES e não deu notícias nem de onde estava: ele
passou 16 dias no exército e depois vagou, sem nenhuma ligação, uma mensagem,
nada… que tipo de relacionamento era esse, afinal? Ele espera realmente chegar
e ter tudo de volta como era antes?
Parte de mim
entende o sentimento de Finn, de frustração… mas o fato de ele se vitimizar o tempo todo me faz não ter paciência –
concordo com a conclusão à qual ele chega, no entanto: antes, ele era o homem
da vida de Rachel, agora é como se eles não estivessem nem no mesmo mundo mais.
E a presença de Brody é um “agravante”. Finn está morrendo de ciúmes, e quando ele manda os dois cantarem juntos em
um karaokê para alunos da NYADA, a sintonia e a química dos dois é tão palpável
que é impossível não ver: eles arrasam em “Give
Your Heart a Break”, e a Rachel está, de alguma maneira, envolvida… como eu não gosto do Finn, eu
gosto de ver as suas reações durante a música, especialmente porque ele fez por merecer aquilo.
É diferente
do que acontece a Kurt e Blaine… Kurt não foi o namorado terrível para o Blaine
que o Finn foi para a Rachel. Mas o Blaine está lidando com um sentimento
péssimo de que “ele ficou para trás”. Ele se sente sozinho, abandonado,
enquanto o Kurt seguiu em frente e está vivendo coisas maravilhosas em Nova
York, em “outro mundo”: porque agora eles estão em fases diferentes da vida
(embora isso sempre me pegue desprevenido, porque a introdução de Blaine na
segunda temporada de “Glee” sempre me
deu a entender que ele era mais velho do que o Kurt, mas é o Kurt quem se forma
e segue em frente e o Blaine quem fica para trás em Ohio para o último ano de
escola). Kurt não está errado… mas o sentimento de Blaine é legítimo também.
Gosto demais
de “Barely Breathing”, que é a música
que o Blaine e o Finn compartilham conforme entendem que estão “de fora” da
nova realidade de Kurt e Rachel, respectivamente. E é durante essa música que o
Blaine comete o seu erro… pouco
depois, o Blaine aparece na porta da casa de Kurt em Nova York, trazendo
flores, tendo adiantado a sua viagem para a cidade em duas semanas – mas não é
apenas porque ele está com saudade… é
principalmente porque ele está se sentindo culpado. Quando ele canta uma versão
acústica de “Teenage Dream” no bar,
uma música que significa tanto para ele, ele está praticamente fazendo uma
confissão: é emocional e triste e, como o Kurt diz mais tarde… talvez emocional e triste demais. E ele
quer saber o que aconteceu.
As atuações
de Darren Criss e de Chris Colfer durante “Teenage
Dream”: PERFEITAS!
As músicas
cantadas durante o karaokê nos conduzem a sentimentos e realidades que explodem
enquanto Finn, Rachel, Kurt e Blaine caminham pelas ruas de Nova York… os
diálogos trazem coisas que ficaram guardadas e que finalmente vêm à tona.
Blaine confessa que esteve com alguém
e o Kurt pergunta se foi o Sebastian (não foi, mas a imagem de Darren Criss e
Grant Gustin se pegando ainda vive em minha imaginação), e não quer ouvir
nenhuma explicação porque, convenhamos, não há o que explicar, o Blaine errou;
Finn, por sua vez, pergunta a respeito do Brody, e eu acho revoltante como ele
não percebe que ele estava prestes a se
casar com a Rachel e passou meses sem dar sinal de vida e ainda se sente no
direito de se sentir ofendido.
Vou defender
a Rachel: beijar o Brody NÃO FOI TRAIÇÃO. Pronto.
Toda a cena
nos conduz a “Don’t Speak”, uma das
minhas músicas favoritas da temporada!
Enquanto
isso, no McKingley High, Jake convida Marley para um Clube do Arrebatamento ou
qualquer coisa assim, algo planejado por Kitty, que se mostra a cada momento
mais insuportável, e essa é a introdução para uma conversa importante entre
Brittany e Santana: Britt entende como dói ser deixada para trás, porque a
Santana a deixou e ela sofre por isso. Essa primeira conversa nos leva à versão
maravilhosa da Santana de “Mine”
(AMO!), e a conversa mais madura e sensata que o episódio nos traz: Santana é
muito sábia e corajosa quando diz a Brittany que a ama e que o que elas têm é
lindo, mas ela não quer ser um desses casais que aguentam por uns meses e
termina por causa da distância, porque ambas são jovens e precisam viver.
É um
término, mas talvez seja um “até logo”, e é o término mais lindo e maduro do
episódio!
Mudanças
também podem acontecer no McKingley High… Finn retorna para ver o Mr. Schue, e
embora eu ache bonita a cena do abraço deles, eu acho terrível e extremamente
forçado que o Finn seja colocado em um pedestal de onde ele “pode resolver
todos os problemas do New Directions” de uma hora para outra: a sua sugestão de
“Grease” quando eles estão tentando
decidir o musical que vão montar naquele ano não soa natural… mas a verdade é
que essa posição para o Finn é algo que eles querem emplacar desde sempre e que
nunca funcionou direito para mim, e me lembrei agora do episódio de Lady Gaga
na primeira temporada, no qual ele supostamente teve uma atitude “incrível”,
mas só depois de ter sido um escroto com o Kurt o episódio todo!
E quando ele
cantou “Girst Just Wanna Have Fun”
na temporada anterior para a Santana?
Will Schuester,
por sua vez, se candidatou para um emprego no qual ele talvez possa fazer a diferença em larga escala, mas
ele terá que passar alguns meses fora do McKingley High, e Emma não quer ir com
ele, porque esse não é o seu sonho nem sua intenção… enquanto a Emma diz
algumas verdades a Will, Rachel também aparece para dizer verdades a Finn, para
dizer o que acabou não tendo a oportunidade de dizer em Nova York porque ele
FUGIU DURANTE A NOITE, como o covarde que é, e eu gosto de como ela coloca tudo
para fora: como ela fala dos quatro meses que ele a deixou sem notícias, sobre
ter fugido sem conversar agora, tudo, e Finn responde se fazendo de vítima,
porque é o que ele sabe fazer. Rachel chora e sofre, mas também é forte e
determinada.
Gosto
MUITÍSSIMO da atitude de Rachel, porque mesmo para seguir em frente, ela
precisa fechar esse capítulo, e tinha coisas que talvez nem ela soubesse que
estavam presas dentro de si e que precisavam ser ditas… e agora o foram. Ela
fala com sinceridade sobre tudo o que Finn fez que ela sentisse, as coisas boas
e as coisas ruins, e fala sobre ele ter sido o seu primeiro amor e querer muito
que ele seja o seu último, mas, nesse momento, ela não pode continuar fazendo
isso – por isso, eles precisam terminar. Então, ganhamos “The Scientist”, o número musical perfeito para encerrar esse episódio que é um soco no estômago. A
performance traz os quatro casais: Finn/Rachel, Kurt/Blaine, Santana/Brittany,
Will/Emma e o conceito da apresentação é perfeito…
As roupas, a
letra da música, as posições, os flashbacks…
ARTE.
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