Merlin 4x09 – Lancelot Du Lac
“Though it
pains me, it’s best that she’s gone”
Exibido
originalmente em 26 de novembro de 2011, “Lancelot
Du Lac” é o nono episódio da quarta temporada de “Merlin” e, como o título sugere, SIR LANCELOT ESTÁ DE VOLTA.
Infelizmente, não é o retorno que qualquer fã do personagem esperava… embora
tão lindo quanto sempre (ou talvez mais
lindo ainda, não sei dizer), Lancelot retorna como apenas uma sombra de seu verdadeiro eu,
suscetível às vontades de Morgana, que é a responsável por trazê-lo de volta
dos mortos com um único objetivo: impedir que Guinevere suba ao trono de
Camelot. E ela consegue o que queria.
“Lancelot Du Lac” é um episódio mais
tenso e mais sério do que o normal, e traz um quê sombrio que se intensifica
pela “falta de resolução” ao fim do episódio…
Terminamos
nos despedindo novamente de Lancelot e, temporariamente, de Gwen.
O Rei Arthur
está disposto a desafiar qualquer um que questionar a sua decisão de se casar
com Gwen: eles se amam e ele não quer ser apenas uma cópia de Uther à frente de
Camelot. Algumas tradições precisam ser
mudadas. Por isso, quando ele fala sobre o seu casamento para Agravaine,
ele não está pedindo a sua autorização ou mesmo sua opinião… ele está dizendo
que gostaria de ter a sua benção. É Agravaine quem conta tudo a Morgana, e
Morgana já tivera uma visão de Guinevere sentada no seu trono, e é por isso que ela vai tentar impedir a visão de se
realizar. Lancelot ressurge de um pedido feito na Lagoa de Nemhain, e é uma
saída sensual da água que o traz de volta à vida e nos deixa sem fôlego… então,
ele se coloca às ordens de Morgana.
É estranho
ter em cena um Lancelot que não se importa em entrar no meio de Arthur e Gwen,
mas eu fico feliz por ao menos o roteiro trazer isso não como uma decisão sua:
ele se lembra de muito pouco e não é como se fosse inteiramente o Lancelot que
amamos e de quem nos despedimos no início dessa temporada… a história que ele
conta é vaga, mas convincente, e todos se lembram e estão agradecidos por seu sacrifício. A mente moldada por
Morgana, no entanto, traz pequenas reações que não passam despercebidas por
Merlin, mas que não podem ser ignoradas no momento em que ele menciona magia e
Lancelot age como se não soubesse o
segredo de Merlin… essa é a prova cabal que diz a Merlin que ele não pode
continuar fingindo que “está tudo bem”.
Ainda que quisesse ter seu amigo de volta.
Lancelot é
um homem bonito, corajoso, educado, honrado… apaixonar-se por ele está entre as
coisas mais fáceis do mundo. Sua história com Gwen, no entanto, ficou no
passado, e novamente digo que gosto do fato de o roteiro não ter colocado uma
Gwen que esteja realmente em dúvida entre
Lancelot e Arthur, porque suas ações são motivadas principalmente pelo
bracelete enfeitiçado que ele lhe dá de presente. Sinto que parte dela ficaria balançada de qualquer maneira – o beijo
no rosto, a voz gostosa e sedutora, a atenção –, mas ela se afastaria e tomaria
uma decisão clara se não estivesse enfeitiçada… quando os dois marcam um
encontro, Lancelot alerta Agravaine para que ele leve Arthur no momento exato
para presenciar um beijo.
É uma sombra
de Lancelot e uma Gwen enfeitiçada que estão se beijando naquele momento, e é
muito aquém dos personagens reais que conhecemos e que foram desenvolvidos em
temporadas de “Merlin”, e talvez por
isso tenhamos a sensação tão clara de que esses eventos mancham a imagem que
temos deles – ainda que saibamos de como as coisas são, assim como o próprio
Merlin sabe, as cenas são construídas para que sintamos um pouco do que Arthur
também sentiu. O Rei sente-se traído no momento em que vê a sua noiva beijando
um de seus cavaleiros, e aquilo se torna um duelo de espadas intenso que
poderia ter acabado em morte, se não fosse pela interferência de Merlin,
primeiramente, e de Gwen, quando se coloca na frente da espada de Arthur para
defender Lancelot…
O cenário
está armado, não há muito mais que Agravaine precise fazer. Tanto Gwen quanto
Lancelot são presos pela traição e encontram seus destinos. Gwen é levada para
conversar com Arthur e ele pede que os deixem sozinhos, e então ele esbraveja e
pergunta por quê, mas a verdade é que
Gwen entende muito pouco para tentar se explicar e não o faz, até porque nada
que diga mudará algo… Arthur decide que não quer vê-la morta, mas tampouco quer
vê-la, por isso ordena que ela deixe Camelot ao amanhecer. Lancelot, por sua
vez, tira a própria vida a mando de Agravaine em sua cela, e então o vemos
partir mais uma vez, de um modo muito menos digno do que seu belo sacrifício no
início da temporada. Por alguns segundos, no entanto, Merlin o traz de volta, o
liberta…
Lancelot, o NOSSO Lancelot, tem tempo de
agradecer. E partir.
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