Glee 4x06 – Glease
“You’re the
one that I want!”
O McKINGLEY HIGH MONTA “GREASE”! Exibido
originalmente em 15 de novembro de 2012, “Glease”
é o sexto episódio da quarta temporada de “Glee”
e é um dos meus episódios favoritos na temporada – eu ADORO as montagens
musicais feitas em “Glee”… gosto
muito de “The Rocky Horror Show”, na
segunda temporada, e “West Side Story”,
na terceira, e “Grease” é um daqueles
musicais gostosos e marcantes que meio que fizeram parte da vida de qualquer fã
de musical… como não amar?! Já
tivemos na série músicas como “Summer
Nights”, na temporada anterior, e “Hopelessly
Devoted to You” e “Born to Hand
Jive”, que fizeram parte do episódio anterior, quando já falávamos sobre a
montagem de “Grease”. Seis novas
músicas se unem agora a “Glease”.
Finn é um
dos responsáveis pela montagem de “Grease”,
e está prestes a se tornar a pessoa à frente do glee club durante a ausência de Will Schuester, que deve durar até depois das Classificatórias, e como o
Finn não é um personagem de quem eu gosto, eu ainda tenho dificuldade em vê-lo
à frente assim, como se ele subitamente fosse adulto e estivesse capacitado
para isso – Sue Sylvester está errada em MUITA coisa, é verdade, mas essa coisa
toda de achar um absurdo um adolescente que mal se formou do colégio retornar
como “professor” eu entendo… fora que o Finn exibiu toda a sua imaturidade
quando, em uma discussão na qual ele
estava certo até então, ele usou uma palavra ofensiva para se referir ao
filho de Sue.
A guerra com
Sue parece estar de volta à primeira temporada de “Glee”, então ela reserva o auditório para ensaios das Cheerios e
Finn não tem onde fazer os ensaios de “Grease”
mesmo na semana de estreia do musical – toda aquela coisa de a April Rhodes ter
comprado o auditório de presente para o glee
club para que eles não tivessem mais que passar por esse tipo de coisa é um ponto do roteiro esquecido por
conveniência… assim, Finn leva os meninos para ensaiarem na oficina na qual
ele está trabalhando, até porque talvez seja bom um exercício de “imersão” para
eles, e eles nos entregam aquela performance FANTÁSTICA de “Greased Lightnin”: os meninos estão perfeitos em seus papeis, a
coreografia, o cenário, tudo perfeito e bem “Grease”.
Essa coisa
de “recriar” o ambiente e o contexto do musical fora da montagem no palco nos rende algumas cenas maravilhosas… acontece
uma festa do pijama entre as meninas
na casa de Kitty e tudo aqui remete à cena no quarto de Rizzo: o cenário e os
figurinos são pensados para recriar o ambiente de “Grease” e toda uma situação é criada para que tenhamos Kitty
debochando de Marley assim como Rizzo debocha de Sandy, e é a melhor maneira de
incluir “Look at Me, I’m Sandra Dee”
fora do palco. De quebra, temos toda a trama de a Kitty estar diminuindo os
figurinos de Sandy para que Marley pense que está engordando e a incentivando a
ficar sem comer e vomitar o que come, o que daria uma EXCELENTE história a
longo prazo, mas não é aproveitada pelo roteiro.
Infelizmente.
A trama cria
contexto para “Look at Me, I’m Sandra
Dee (Reprise)” também, E É DE ARREPIAR!
Infelizmente,
não temos a chance de ver Unique interpretando o seu papel dos sonhos, mas o
fato de ela ser impedida de interpretar Rizzo por preconceito é uma trama importante que ajuda a construir a
personagem e dar corpo a ela – Unique é uma das melhores personagens da
temporada, certamente! Os pais de Unique falam sobre terem sentido orgulho nas
Nacionais e sobre ela poder ser quem quiser em casa, mas a proíbem de
participar da peça e de usar roupas de mulher na escola, porque “eles estão em
Ohio”. A tristeza silenciosa de Unique fala muito mais do que qualquer
esbravejar… sentimos a sua dor. E Sue imagina que vai conseguir o cancelamento
de “Grease” por isso, mas Finn já
sabe exatamente quem chamar para o
papel.
Enquanto
isso, Rachel segue se aproximando de Brody em Nova York, agora que seu término
com Finn é oficial, e ela tem a chance de uma audição para um papel
Off-Broadway para o qual ele lhe dá toda força – Cassandra, no entanto,
acredita que ela não está preparada (ou não quer que ela esteja) e está prestes
a lhe dar “uma lição”. Kurt, por sua vez, pensa em retornar ao McKingley para a
apresentação de “Grease”, porque são
seus amigos que vão se apresentar e ele meio
que quer ver o Blaine de volta depois de tudo, e Rachel acha que eles não
deviam ir, mas acaba aceitando. O reencontro de Rachel e Kurt com Finn e
Blaine, respectivamente, nos bastidores do musical é o mais desconfortável que poderia ser… claro, sem nenhuma grande
surpresa.
O
reencontro, que afeta o Blaine e o Kurt profundamente, não impede Blaine de
entregar uma performance perfeita como Teen Angel em “Beauty School Dropout”, e eu preciso falar sobre como o Darren
Criss é um artista absurdamente lindo e absurdamente talentoso: a sua voz é
perfeita para a música e a beleza que seus olhos ganham com o sentimento e as
lágrimas que ele está contendo… eu amo
demais. Outra performance MARAVILHOSA de “Grease” é “There Are Worse
Things I Could Do”, uma música de Rizzo que precisa ser sentida e preenchida com tristeza. Santana é quem é chamada às pressas para fazer o papel
que tanto combina com ela (!), mas ela divide a música com Cassie, em Nova
York, e com Unique na plateia… e é uma performance linda e marcante.
Por fim,
chegamos a “You’re the One that I Want”,
um dos números mais marcantes de “Grease”
e a chance que temos para ver Marley como Sandy e Ryder como Danny – e eles
estão maravilhosos em seus papeis: a beleza estonteante de Marley e o rebolado
de Ryder exatamente como o de John Travolta, que eternizou o papel de Danny
Zuko. Aqui, eu sempre tive uma reclamação, no entanto: eu gosto do flash que nos mostra Rachel e Finn
cantando essa música num dos primeiros episódios da primeira temporada, mas eu
não acho que era estritamente necessário colocar Finn e Rachel como Danny e
Sandy no palco… sempre achei uma falta de respeito com os novos personagens, e
uma falha de “Glee”, que não ajuda o
público a abraçar o novo elenco.
“Glee” falha em muitas coisas a partir
de aqui… e o novo elenco não é uma delas. Tínhamos um elenco talentoso e com
histórias a contar, mas é a fixação pelo passado da própria produção que não
passou a mensagem correta ao público e o deixou preso, gerando resistência e,
quiçá, rejeição. A cena no palco introduz a conversa nos bastidores entre Finn
e Rachel, e eu não poderia sentir mais raiva de Finn… é ele quem tenta falar
com a Rachel, é ele quem tenta impor uma “amizade” fora do tempo, e é ele quem
não sabe lidar com a possibilidade de ela seguir em frente e age como um babaca
grosseiro com ela dizendo que não quer mais falar com ela, nem saber quando ela
estiver na cidade… sério, o Finn é um péssimo personagem.
Mas o
episódio? EXCELENTE!
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da minha revisita a “Glee”, clique
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