Doctor Who (6ª Temporada, 1969) – Arco 050: The War Games, Parte 4
“You have
returned to us, Doctor. Your
travels are over”
A DESPEDIDA
DO SEGUNDO DOCTOR, DE JAMIE E DE ZOE. Com um total de 10 episódios, cuja
exibição finalizou em 21 de junho de 1969, “The
War Games” é a conclusão da sexta temporada de “Doctor Who”, bem como a despedida dos companions Jamie e Zoe, que retornam para seus respectivos tempos
com poucas memórias de tudo o que viveram ao lado do Doctor (!), e do Segundo
Doctor, que enfrenta um julgamento com os Senhores do Tempo e acaba sendo
forçado a se regenerar, o que é traumatizante. Os dois últimos episódios
encerram toda a trama que envolve conquistar a galáxia e se tornar um
governador supremo, com a história das despedidas e o julgamento do Doctor
funcionando quase como um epílogo ao arco.
No fim do
oitavo episódio de “The War Games”,
o Doctor parecia ter atraído Jamie, Zoe e alguns dos soldados da resistência
para uma emboscada – e embora pareça uma traição,
ele só estava tentando salvar a vida
deles… com uma bomba de nêutrons prestes a ser explodida, ele preferiu
tê-los ali, vivos, do que deixá-los lá para morrer. Mas a aparente traição tem
suas vantagens: ele conquista a confiança do Chefe de Guerra (que quer usar a
sua TARDIS para completar o seu plano de conquista), e fica responsável pelo
“reprocessamento” de seus companheiros… e quando Villar parece pronto a atacar
o Doctor, Jamie interfere porque ele confia no Doctor e quer lhe dar uma chance
de falar. E eu preciso dizer: ESSES DOIS FORMAM UMA GRANDE DUPLA!
Como não vou
sentir falta do Jamie?!
Amo a cena
do Jamie fingindo que o reprocessamento funcionou e que ele está suscetível ao
controle de mentes e tudo o mais… aos poucos, o Doctor vai virando a situação a
seu favor. Quando as coisas não ficam bem para o Chefe de Guerra porque seus
aliados se voltam contra ele, por exemplo, o Doctor consegue fazer com que ele
cancele todas as batalhas em todas as zonas temporais, mas o seu plano de levar
todos os soldados remanescentes de volta aos seus próprios tempos não é
possível como ele esperava, então o Doctor se dá conta de que só há uma
alternativa: ele precisa convocar a ajuda
dos Senhores do Tempo. Ainda que sejam seu
povo, no entanto, o Chefe de Guerra sabe
que eles não demonstrarão misericórdia e que o melhor seria não fazê-lo.
Mas o Doctor
não vê outra alternativa…
É uma bela
forma de partir, na verdade, e fala muito sobre quem é o Segundo Doctor: ele
sabe pode enfrentar consequências convocando os Senhores do Tempo, mas ele
escolhe fazer isso do mesmo modo, para poder devolver os humanos aos seus
tempos. O Chefe de Guerra nem vive para ver a chegada dos Senhores do Tempo e
enfrentá-los, porque é atacado por aqueles que traíra. O Doctor, por sua vez,
pede que o Jamie e a Zoe fiquem ali e esperem a chegada dos Senhores do Tempo,
que os mandarão de volta para casa, mas ele precisa fugir. É MUITO FOFO como o
Jamie reage imediatamente dizendo que “se o Doctor vai estar em problemas, ele
vai precisar dele ao seu lado para ajudar”, e a Zoe ecoa isso. Eles não vão abandonar o Doctor.
Villar tenta
impedir a “fuga” do Doctor, mas Villar é o menor dos problemas… eles retornam
para a zona temporal de 1917, onde está a TARDIS, mas embora corram com
urgência, os Senhores do Tempo tentam impedi-lo de escapar, com as suas
habilidades que envolvem controle do
tempo e que fazem com que eles pareçam estar correndo em câmera lenta, por exemplo. O campo de força colocado pelos
Senhores do Tempo tenta impedir a TARDIS de escapar, mas o Doctor tenta mesmo assim…
e, enquanto faz isso, ele conta a Zoe e a Jamie sobre o porquê de ter se sentido entediado e ter fugido. Embora fossem
altamente civilizados, os Senhores do Tempo se recusam a usar os poderes que
eles têm, enquanto ele queria conhecer e explorar…
Há tanto para se ver no espaço-tempo!
O Doctor
sempre foi um aventureiro, e sempre teve “a mania de interferir”, é por isso
que, para os Senhores do Tempo, ele tem que “ser detido”. Eles desligam os
mecanismos de defesa da TARDIS que a impediam de afundar, por exemplo, e o
obrigam a retornar a Gallifrey (embora o planeta ainda não tenha nome): uma voz
dentro da TARDIS anuncia que não há escapatória e que ele precisa retornar… ele
quebrou as leis e deve enfrentar seu julgamento, e é melhor que retorne por vontade
própria. Ele até tenta escapar, mas não é possível… de volta aos cuidados dos
Senhores do Tempo, suas viagens podem ter chegado ao fim. Antes de seu próprio
julgamento, no entanto, ele é uma testemunha no julgamento do Senhor da Guerra,
que é declarado culpado…
E desmaterializado.
Jamie e Zoe
são presos por um outro campo de força para aguardar enquanto o Doctor enfrenta o seu julgamento, e quando
acusado de ter quebrado as leis dos Senhores do Tempo várias vezes,
interferindo em muitos planetas, ele diz que não apenas reconhece essa
acusação, como se orgulha de sua atitude: enquanto eles estão tranquilos em só
assistir o mal do universo, ele está fazendo algo a respeito… e o Doctor pede
uma tela na qual possa mostrar um pouco do que fez, e ele mostra criaturas que
enfrentou, como os Quarks, os Yetis, os Ice Warriors, os Cybermen e os Daleks. Ele lutou contra todas essas ameaças e
salvou inúmeras vidas enquanto os Senhores do Tempo escolheram não fazer nada
além de observar. Esse é seu legado… e uma boa defesa.
Enquanto o
Doctor aguarda a sua sentença, Zoe e Jamie estão prestes a ser enviados de
volta para casa, mas eles pedem para ver o Doctor antes de partir. O reencontro
deles é marcado por melancolia: eles não querem se despedir, tampouco querem
que o Doctor desista, porque “ele já esteve em situações piores do que essa e
conseguiu escapar”. Não existe como escapar dos Senhores do Tempo, no entanto,
e eles anunciam que é hora de se despedir
de seus amigos… e posso dizer? EU FIQUEI PROFUNDAMENTE TRISTE. A despedida
com Jamie é breve, mas é sincero, bonito e cheio de significado, e eu sofri com
a ideia de eles retornarem para seus tempos e se lembrarem pouco, no máximo da sua primeira aventura ao lado do Segundo
Doctor…
Quer dizer,
eles viveram tantas coisas!!!
O Doctor
assiste ao retorno de Jamie e Zoe e tem a oportunidade de ter a certeza de que
eles estão e ficarão bem, porque seguirão suas vidas como se nada tivesse
acontecido, e então se prepara para a sua sentença: os Senhores do Tempo
anunciam que consideraram a sua defesa e que de fato existe mal no mundo a ser
enfrentado e que ele ainda tem sua parte a desempenhar, mas ele não vai ficar
realmente livre… ele escapa da
desmaterialização, é verdade, mas como ele demonstrou certo apreço pela Terra
em suas aventuras e, por isso, tem vasto conhecimento sobre o planeta que pode
ser utilizado para ajudar a solucionar crises, ele será enviado para lá no
Século XX, em exílio, onde ficará pelo tempo que eles julgarem adequado.
Nesse
período, o segredo da TARDIS será tirado dele. O Doctor tenta argumentar, tenta
dizer que pessoas o conhecem na Terra e pode ser estranho, mas essa é outra
parte de sua sentença: os Senhores do Tempo dizem que sua aparência já mudou
antes e ela mudará novamente… é uma regeneração forçada, que acontece enquanto
o Doctor protesta, e essa é uma cena bem forte. Assim nos despedimos do Segundo
Doctor, e nos preparamos para UMA NOVA ERA em “Doctor Who” com a estreia do Terceiro Doctor: agora exilado na
Terra, o Doctor trabalhará com a UNIT enfrentando ameaças. As mudanças não
param por aí: as temporadas serão um pouco mais curtas, mas coloridas e,
felizmente, SEM NENHUM EPISÓDIO PERDIDO.
Esse é o
ciclo de “Doctor Who”: nos despedimos
do que deixa saudade e abraçamos o novo!
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