Supernatural 1x11 – Scarecrow
A separação de Sam e Dean.
Exibido
originalmente em 10 de janeiro de 2006, “Scarecrow”
é o décimo primeiro episódio da primeira temporada de “Supernatural”, e o retorno de seu primeiro hiatus… a ligação recebida por Sam de John Winchester no fim do
episódio anterior, que serviu como gancho para a pausa de um mês e meio na
série, traz poucas respostas e um novo trabalho, o que de certa forma é uma extensão do drama já trabalhado no
episódio anterior – John conta que está atrás do que matou a Mary há 22 anos e
já descobriu que se trata de um demônio,
mas ele não quer dar mais informações no momento, tampouco pode dizer onde ele
está ou quer que os filhos o encontrem. Sua ligação serve para mostrar que ele
está vivo e para pedir que eles resolvam um caso para ele.
Esse é um
episódio de brigas, aparentes separações e inícios
– afinal de contas, a introdução de Meg abre um arco importante para esse
início de “Supernatural”. Sinto que “Scarecrow” exemplifica o desagrado
sentido por Sam em “Asylum” quando,
ao telefone, John lhe diz que é uma ordem
que eles parem de o procurar e “façam seu trabalho”, e embora o Sam queira
protestar, queira respostas, quando o Dean pega o telefone do irmão tudo o que
ele faz é dizer “Sim, senhor” e anotar os nomes que John está dizendo. Enquanto
rumam para uma cidadezinha em Indiana, os dois discutem no carro, e eu preciso
dizer que estou inteiramente do lado do
Sam… é muito além do discurso de Dean de “ser um bom filho”, e então eles
acabam se separando.
Sam desce do
carro e deixa que o Dean vá sem ele.
Ele está indo para a Califórnia, atrás do
pai.
O caso da
semana, que fica então sob a responsabilidade exclusiva de Dean Winchester,
envolve casais que desaparecem de maneira misteriosa todo ano, na mesma época e
na mesma região. Com toda a experiência que temos com “Supernatural” ou histórias de terror em geral, não é difícil de
entender depressa o que está acontecendo… Dean chega à cidade de Burkitsville,
onde um homem em um posto de gasolina lhe dá instruções de como encontrar uns
“amigos” que desapareceram um ano antes, e isso coloca Dean na rota que passa
por um pomar com o espantalho mais sinistro que já vimos. Quando o aparelho que
detecta o sobrenatural vai à loucura no banco de trás, Dean acaba parando e
chega até o espantalho, mas ele fica a salvo porque ainda é durante o dia.
A cena com o
espantalho é sinistra, e Dean não
demora para perceber que é ele quem está saindo de sua cruz e matando – já que a pele do braço do cara
desaparecido está ali com ele, identificável por causa da tatuagem. É o diálogo
com Emily, no entanto, que parece entregar tudo, quando ela fala com carinho
sobre a “cidadezinha perfeita”, sobre como “todo mundo é muito legal”, ela
“parece abençoada” e como “o espantalho sempre esteve lá”. Que entidade é o
espantalho ainda é incerto naquele momento, mas sabemos que todo ano um homem e
uma mulher estão sendo ritualisticamente sacrificados ao espantalho, que fica
responsável por “abençoar” e “proteger” a cidade que “é tão perfeita”. A fala e
a crença de Emily nos dá calafrios…
Dean sabe
que o próximo casal que parar naquela cidade está correndo perigo, e percebe-se claramente a insatisfação de Scotty, o dono da
lanchonete, quando Dean retorna e começa a falar sobre como “eles podem estar
em perigo” e tudo o mais. O casal, já “acolhido” pela cidade, no entanto, não
dá ouvidos aos avisos de Dean – em parte, ele sabe que eles podiam acreditar em
Sam com seus olhinhos de cachorro pidão e tudo o mais. De qualquer maneira, os
dois vão morrer se o Dean não fizer nada, e ele não pretende deixar que isso
aconteça. Então, ele mesmo faz as suas investigações, o que normalmente cabe a
Sam, e descobre algumas informações sobre um deus pagão, que está relacionado
com a fertilidade, mas ele precisa ser mais específico que isso para saber como
detê-lo.
Em paralelo,
Sam está sozinho à beira da estrada quando conhece uma mulher chamada Meg, que
aceita carona de um motorista sinistro, para a incredulidade de Sam. Os dois voltam
a se encontrar mais tarde, em uma rodoviária, e Sam e Meg parecem estar criando
alguma coisa – mas ainda que eu não
tivesse visto “Supernatural” antes, é
possível notar que tanto a importância dada à Meg quanto a “vagueza” de sua
personagem são pistas de que ela é parte de algo maior a ser desenvolvido em
outros episódios… para que não terminemos o episódio em dúvida, vemos Meg ao
fim do episódio “pegando carona” novamente, e na verdade aquilo é apenas um
meio de “fazer uma ligação”… cortando a
garganta do motorista, enchendo um cálice de sangue e conversando com alguém
que chama de “pai”.
Sinistro!
Sam e Dean
não passam tanto tempo assim separados… uma das cenas mais bonitas do episódio
é provavelmente a cena mais bonita de “Supernatural”
nesses primeiros 11 episódios de história, quando Dean liga para Sam para falar
sobre o caso que está investigando, e de alguma maneira, pedir ajuda – mas, ao
mesmo tempo, ele está dizendo “adeus”. É uma conversa sincera, mais sincera do
que eles já tiveram antes, e envolve um pedido de desculpas e mais do que isso:
Dean diz que o irmão está certo em enfrentar o pai e em fazer o que quer fazer
da vida, porque ele tem esse direito… e, na verdade, ele está orgulhoso dele.
Ainda que pareça uma despedida, no entanto, aquilo mexe demais com Sam – e ele
não vai deixar o irmão para trás.
Felizmente, porque o Dean precisava ser
salvo.
Na parte da
investigação, Dean acaba se saindo surpreendentemente bem. Ele consegue o nome
de “Vanir” para o deus pagão em forma de espantalho que protege a cidade e a
quem os sacrifícios são feitos anualmente para mantê-lo contente, mas isso
também chama a atenção dos “responsáveis por cuidar da cidade”: já é a sétima
noite do ciclo e “o deus está ficando bravo”, então essa é a última chance deles
– por isso, Dean é capturado para ser ofertado em sacrifício a Vanir, e junto a
ele pegam Emily… a garota que está sendo
cuidada pelos tios e que amava a cidadezinha “abençoada”. É quando o Sam
tenta ligar novamente para o Dean e ele não
atende o telefone que ele percebe que o irmão pode estar precisando de
ajuda, então ele retorna.
Mesmo que
Meg tente impedi-lo.
Dean e Emily
ficam presos no pomar esperando para serem levados pelo espantalho e a noite
cai sem que Dean pense em nenhum “plano”. A chegada de Sam, ainda que não
surpreendente, é gostosa de se assistir – ele roubou um carro para chegar ali a
tempo (!), e é isso o que garante a sobrevivência de Dean e Emily. Aquela é uma
noite tensa, com direito a
perseguição e duas mortes que não rendem o sentimento de horror que a morte das vítimas inocentes sacrificadas a cada ano
costumavam render, então os Winchester conseguem encontrar a árvore à qual
Vanir está conectado, com a ajuda de Emily, e essa história chega ao fim. Emily
consegue ir embora… os demais ficam ali, mas o que acontecerá com a cidade
“será castigo suficiente”.
Muito bom o
episódio!
Para mais
postagens de uma revisita a “Supernatural”,
clique
aqui.
Para os textos da época original de exibição, clique aqui.

Você já pensou em comentar os episódios de "Smallville" e "Todo Mundo Odeia o Chris"?
ResponderExcluir"Todo Mundo Odeia o Chris" sim. "Smallville" não.
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