Chosen Home – Episódio 1
Alguém com quem comer um pote de sorvete.
ABSOLUTAMENTE
MARAVILHOSA. Protagonizada por Oikawa Mitsuhiro, Tegoshi Yuya e Shiratori
Tamaki, “Chosen Home (Bokutachinchi)”
estreou no dia 12 de outubro de 2025 e pode ser uma das melhores estreias BL do
ano. Japonesa e com 45 minutos de duração por episódio, a série traz como
protagonistas um homem gay de 56 anos que vive sozinho – a não ser por seus
animais de estimação, resgatados ao longo do tempo –, mas que deseja encontrar
alguém com quem compartilhar um pote inteiro de sorvete como ele vê nos filmes,
e um homem gay de 37 anos que trabalha como professor e acabou de sair de um
relacionamento sem nada e está morando no próprio carro, em um estacionamento
qualquer. Ambos precisam de um lar.
Hatano
Genichi nunca viveu a plenitude de um amor, mas isso não quer dizer que ele não
o queira… no início do episódio, o vemos buscar uma agência especializada em
unir casais gays, mas algo nos rostos pixelados “para garantir a privacidade”
faz com que ele saia daquele lugar sem assinar nada, então ele retorna para a
sua vida de comer sorvete sozinho, trabalhar e resgatar animais que ele leva
para casa ainda que seja expressamente proibido animais pelo contrato de
aluguel… quando ele é descoberto e “convidado a se retirar”, ele precisa
encontrar um novo lugar para viver, e eu gosto da simplicidade de Hatano e de
como ele se sente feliz com um lugar no qual ele pode estar com os seus cachorros,
sua tartaruga e o passarinho que acabou de resgatar.
Em paralelo,
conhecemos Sakuta. Um pouco mais jovem do que Hatano, Sakuta trabalha como
professor, se preocupa com os alunos e viu o seu relacionamento com outro homem
chegar ao fim porque eles não viam futuro na relação – em parte por nunca
poderem oficializar através do preenchimento de um formulário de casamento, e
isso os desgastou e os afastou. Assim, Sakuta talvez queira se dedicar ainda mais ao trabalho, e ele é do tipo
que se preocupa com os alunos. As vidas de Sakuta e Hatano se cruzam quando
eles se veem no parque e compartilham uma conversa despretensiosa, com direito
ao Sakuta entrega a Hatano um pedaço de papel para ele usar como calço para um
banco instável… e eles nem imaginam o quanto um será parte da vida do outro.
Também
conhecemos Hotaru, uma garota sozinha, que não sabe bem o que vai fazer do
futuro… e Hotaru é, de certa maneira, o que vai “unir” Hatano e Sakuta: afinal
de contas, ela mora no mesmo lutar para o qual Hatano se mudou, e ela é aluna
de Sakuta. De um lado, ela parece resistente a Hatano inicialmente, desde que
ele parecera supor que ela tinha pais; de outro, ela tenta escapar das
perguntas insistentes do professor que quer saber sobre o seu futuro e quer
conversar com a sua família. Mas Sakuta é o único telefone que Hotaru consegue
pensar em dar quando ela é levada para a delegacia e precisa que algum adulto a
venha buscar. Percebemos, aí, o quanto “Chosen
Home” tem diferentes tramas a serem trabalhadas em seus episódios!
O papel
entregue por Sakuta a Hatano no dia do banco no parque era um formulário de
casamento "fictício” que ele e o namorado sentiam que não tinha valor
algum porque não podiam entregar, já que o casamento deles não é aceito
legalmente… então, Hatano passa um pouco dos limites e vai em busca do
ex-namorado de Sakuta em busca de uma possível “solução”. O diálogo é excelente
e levanta questões pertinentes a respeito dos direitos das pessoas LGBTQIA+ e
do sentimento de “não validade” dos sentimentos quando eles precisam ser
“escondidos”, mas Hatano acredita nos pequenos sinais e símbolos, coisas que
podem fazer com que o casamento seja legítimo e seja representado de alguma
maneira – daí o conceito de “cola”.
Curiosamente,
Hotaru parece capaz de desempenhar esse papel de “cola” no relacionamento de
Sakuta e Hatano… que ainda deve demorar a acontecer. Afinal de contas, toda
essa coisa de “procurar o seu ex-namorado” é um pouco estranha e causa um
afastamento entre Sakuta e Hatano, e Sakuta tem razão quando diz que, se ele
continuar fazendo essas coisas, ele “vai acabar preso”. Mas não é como se eles
nunca mais fossem se encontrar na vida… Hotaru usa Hatano para tentar “escapar”
da pressão que seu professor tem feito para conhecer a sua família, então
Sakuta aparece de surpresa na porta da casa de Hatano e Hotaru o apresenta como seu pai – ele fica tão atordoado
que ele não tem nem tempo de explicar que não é pai de Hotaru.
E ela pede
abertamente por sua ajuda.
A mentira de
Hotaru obriga os três a estarem sentados em volta de uma mesma mesa, e obriga
Sakuta a conversar com Hatano, ainda
que com um tom de julgamento, depois de ter achado que nunca mais o veria na
vida… gosto muito de quando o Hatano sai “para comprar chá”, mas, ao invés de
retornar com chá, ele volta com um pote de sorvete como o que estava comendo
sozinho no início do episódio, e o coloca sobre a mesa entre eles, com três
colheres – ele finalmente tem alguém com quem comer um pote de sorvete, de um
jeito ou de outro. Gosto de como Hatano não esconde que é gay, e gosto do
discurso breve que ele faz naquela mesa, dizendo que ele decidiu se permitir
querer o que quer, porque se nunca o fizer, nunca o terá.
É uma cena
muito bonita!
Estou bem
curioso com como “Chosen Home” vai
guiar a sua história, mas também bastante confiante e empolgado, porque eu já
amei esses três personagens principais desde o início. Destaco, ainda algumas
cenas de Hatano com Hotaru… primeiro quando ela escuta parte da conversa dele
com o ex de Sakuta na creperia e depois o procura no mercado, e os dois
conversam sobre como é ser gay,
porque ela tem dúvidas; depois, quando finalmente entendemos por que Hotaru
pareceu “incomodada” com a presença dos cachorros de Hatano e por que ficava
mudando um banco de lugar… ela tem escondida uma mala cheia de dinheiro, que
agora, ela quer usar para dar a Hatano uma casa. É um gancho maravilhoso que
nos pega desprevenidos e nos deixa curiosos por mais!
Amando desde
já!
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