Mystique in the Mirror – Episódio 3
Sugestões.
Eu não acho
que “Mystique in the Mirror” seja o
melhor BL em exibição e eu ainda tenho algumas questões com a série que me
impedem de rasgar elogios intermináveis a ela… no entanto, eu gosto demais de
assistir! Ela é fascinante e intrigante o suficiente para que eu queira saber como as coisas vão se desenvolver, mesmo
que algumas “teorias” que tenho pareçam tão óbvias que seria uma surpresa se
elas não se confirmassem – o fato de
que o homem que Alan vê no espelho pode ser ele mesmo ou que Win provavelmente
não existe, por exemplo. Gosto do tom, na maior parte do tempo, da série, e
gosto do ritmo que nos dá o tempo de refletir ainda durante o episódio. Assistir a “Mystique in the Mirror” tem sido uma boa experiência.
No fim do
episódio anterior, Alan foi conduzido para um lugar misterioso por uma enfermeira
mais velha que parece ter “desaparecido” subitamente. Ele é encontrado e levado
de volta por Pete, o que introduz uma conversa com o Dr. Nil sobre como a nossa
mente funciona… o médico explica a questão da sugestão e como o nosso cérebro automaticamente processa algumas
informações, usando o exemplo de “Não pense em um gato” ao invés do que eu
considero tradicional: “Não imagine um
elefante voando”. Gosto de como os diálogos são escritos em “Mystique in the Mirror” e de como se
torna visual, aqui, o que o Dr. Nil está explicando, e isso vai ser mais tarde
retomado quando Alan fizer uma descoberta sobre a dita enfermeira.
Depois da
conversa com o Dr. Nil, Alan recebe um conjunto de cartas com ilustrações para
olhar com atenção, estudar – e o objetivo me parece incerto em termos de
tratamento, mas bastante claro em termos de roteiro… Alan fica envolvido nas
cartas e em seus possíveis significados, e se detém um pouco mais naquela
ilusão de ótica conhecida em que o desenho mostra simultaneamente uma jovem e o
rosto de uma velha. Para mim, isso é
basicamente a mesma coisa de confirmar que Alan e o homem que ele vê no espelho
e que pede que ele “se lembre” são a mesma pessoa. Isso já parece tão
evidente quanto a fantasia de Win –
quanto ao Win, eu só me pergunto ainda se ele é uma projeção de Alan, uma memória ou algum tipo de fantasma.
Win costuma
aparecer quando Alan está sozinho e desaparecer antes que possa ser visto por
alguém – e é ele quem aparece no quarto de Alan o convidando para um “passeio
clandestino” até um prédio antigo onde funcionava o hospital antes do prédio
novo… um lugar agora parcialmente abandonado e, consequentemente, com um ar um
pouco mais sinistro. E é ali que Alan vê, em um memorial dedicado a todos os
antigos funcionários do hospital que já faleceram, a foto da enfermeira que
vira na noite anterior… naturalmente, isso o deixa atormentado, e a conversa
com o Dr. Nil depois parece trazer mais dúvidas que respostas: ele pode ter certeza de que nunca vira
aquela foto antes? Ele não teve nenhum episódio de esquecer-se das coisas?
A construção
é bacana! A enfermeira poderia ser a prova de que Alan não está vendo coisa,
porque como imaginaria alguém que nunca vira antes, mas que existira? É uma
imagem, no entanto, que pode estar no seu inconsciente de algum outro momento…
e isso o atormenta enquanto ele lida com isso sozinho, porque Win
misteriosamente escapa no momento em que os enfermeiros entram no prédio
abandonado e pegam Alan… todas as dicas que eu já mencionei no episódio anterior
aliados a esse comportamento de Win aqui me fazem ter algo próximo de certeza que Win não existe… ele
reaparece mais tarde, pedindo desculpas com uma explicação que parece forjada,
e um Alan inicialmente bravo acaba aceitando o seu pedido e o abraça…
É como se Alan precisasse de Win.
Por fim,
preciso mencionar a conversa que Alan tem com Si no refeitório do Hospital
Psiquiátrico, e a cena me chama a atenção em particular porque é,
provavelmente, a primeira interação real
que Alan tem naquele lugar, a não ser pelos médicos e enfermeiros que são
responsáveis por ele – e isso é supostamente confirmado pelo roteiro na maneira
como Pete fala com os dois quando vai
avisá-los de que é hora de ir para o quarto. A força da sequência está no
texto, que tem um quê de reflexão e sensibilidade… Si fala sobre o pós-vida,
levantando novas possíveis teorias para “Mystique
in the Mirror”, e eles falam sobre solidão, sobre saudade, sobre pessoas…
estou gostando e estou curioso em relação aos caminhos que a série tomará!
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