Glee 4x12 – Naked

“This is the New Year!”

Vocês não têm noção de como foi assistir a esse episódio na época de exibição para um jovem adulto que tinha recentemente se entendido e se aceitado como gay… sério. Exibido originalmente em 31 de janeiro de 2013, “Naked” é o décimo segundo episódio da quarta temporada de “Glee” e, depois de Sam e Blaine terem descoberto o uso ilegal de substâncias que melhoravam a performance dos Warblers nas últimas Seletivas, OS NEW DIRECTIONS ESTÃO DE VOLTA NA COMPETIÇÃO. Depois de três semanas sem ensaios porque estavam desclassificados, o grupo precisa voltar a pensar nas Regionais… eles precisam se organizar para escolher as músicas para a apresentação e conseguir dinheiro para a locação do ônibus até o local do evento.

É a Tina quem “resolve” o problema, com uma ideia bem inusitada… ela sugere fazer o “Calendário dos Homens do McKingley”, porque estão com seis integrantes masculinos bonitos no New Directions e ela tem certeza que um calendário sensual com eles venderia bastante – acho uma pena imensa que não tenhamos o Mike nesse episódio, sabe? A ideia, que parece absurda, é aceitada depressa por quase todo mundo, e o episódio traz alguns momentos muito engraçados, mais do que sexy, na verdade, além de uma “briga” entre Finn e Sue (não gosto muito do Finn, mas preciso dizer que ele encontrou a maneira perfeita de vencer a Sue nessa coisa toda, tá?) e a decisão do Artie de que ele prefere não posar para o tal calendário.

A coisa toda do “Calendário dos Homens do McKingley” coincide com o resultado terrível de Sam nos seus SATs, e então ele acaba exagerando e focando inteiramente no seu próprio corpo até que vire uma obsessão – se a audiência ganha alguma vantagem nisso é o prazer de ver o Chord Overstreet usando pouquíssima roupa durante a maior parte do episódio. E ele vira o treinador carrasco dos demais garotos, os preparando para as fotos sensuais e nos entregando a sequência quente de “Centerfold / Hot in Herre”, que conta com exercícios, exibição de corpos e bronzeamento artificial… no fim, é o Blaine quem acaba conversando com o Sam para o ajudara a perceber que ele não é apenas um amontoado de músculos, e isso o traz de volta à realidade.

A amizade de Sam e Blaine é um elemento bonito da quarta temporada de “Glee”. Quando o Blaine conversa com Sam, os olhos de Sam se enchem de lágrimas quando ele confessa o quanto é pesado estar o tempo todo preocupado com o que come e quanto exercício faz, e o Blaine o leva para conversar com a Emma para que ela lhe dê alternativas – existem faculdades muito boas que não exigem SAT para admissão, e é uma opção a ser considerada. Agora, Sam precisa escrever uma redação sobre si mesmo, e quando ele tem dificuldade em pensar em conquistas suas para mencionar, o Blaine novamente arrasa recolhendo depoimentos das coisas incríveis que ele fez pelos amigos e pelo glee club desde que ele chegara.

É uma cena emocionante!

O episódio também nos traz o romance de Marley e Jake em cenas muito bonitas… “A Thousand Years” é simplesmente MARAVILHOSA. Além de o Jake estar indescritivelmente lindo nessa performance, a música é linda e é bonito ver o sentimento sincero estampado nos olhos de ambos. E o Jake fica ainda mais lindo com aqueles olhos brilhando de tanto amor que ele sente. A música termina com o beijo romântico e entregue que ela exige, e por um segundo parece que Marley vai dizer que ama o Jake, mas ela desconversa e fala sobre como ama essa música. Jake fala sobre isso com Ryder mais tarde, e sobre como agora parece que não existe mais nenhuma outra garota no mundo porque a única em quem ele consegue pensar é em Marley…

E ele queria ouvir aquele “Eu te amo”, ele teria respondido que também a ama… então, Ryder diz o que parece ser óbvio: por que o Jake não diz antes? Jake sempre foi um mulherengo, provavelmente nunca sentiu vontade de dizer um “Eu te amo” sincero, então tudo é novo para ele – e, consequentemente, difícil. Ele tenta dizer em música, ao som de “Let Me Love You (Until You Learn to Love Yourself)”, e embora ele não consiga completar dizendo “Eu te amo” ao fim, sua sinceridade é imensa e arranca uma lágrima de Marley… felizmente, eles conseguem dar esse passo importante antes do fim do episódio, quando Jake escreve “Eu te amo” e assina no calendário que ele separa para a Marley e ela responde, emocionada, que também o ama…

Eu gosto demais deles!

Em Nova York, Rachel conseguiu um papel em um filme amador que exige topless em uma cena, e ela fica divididíssima sobre o que fazer a respeito… e que melhor maneira de expressar isso do que “Torn”? Essa é, talvez, a minha performance favorita da Rachel na temporada, porque eu amo o fato de a Rachel ter um dueto com a Rachel – duas versões da Rachel, a de Nova York e a de Ohio, e eu adoro a caracterização e até a forma como ambas têm entonações diferentes na música. Rachel se pergunta se ela tem coragem de fazer isso, e o Brody resolve “dar uma força” de uma forma que eu não conseguiria pensar em outra melhor: ele anda nu pela casa, exibindo a própria nudez como quem diz que “não tem problema” ou qualquer coisa assim.

Kurt, no entanto, está inconformado… em parte, eu acho que o seu discurso é pudorado demais, e é curioso, porque Santana e Quinn pensam o mesmo que Kurt, mas elas conseguem falar com Rachel colocando a situação de uma maneira diferente e, ali sim, sensata: Kurt parece apenas condenar a nudez; as meninas falam sobre como não tem problema uma atriz ficar nua, mas a situação ali não favorece… quer dizer, não é a Kate Winslet em “Titanic”: é um filme estudantil que certamente nem será bom! Então, Rachel acaba voltando atrás em sua decisão, e isso conduz à performance de “Love Song”, que ela começa sozinha ao deixar para trás o estúdio do filme amador e termina em um palco de NYADA ao lado de Quinn e Santana… e a cena traz uma sugestão…

Santana parece gostar “do ritmo de Nova York”.

No fim, o episódio consegue cumprir o seu objetivo: a venda do Calendário dos Homens do McKingley é um sucesso e rende quase todo o dinheiro de que eles precisam para o ônibus para as Regionais, e ganhamos bons momentos: o “Eu te amo” do Jake e da Marley; o Sam indo falar com o Artie e os dois tirando roupas vestidos para o calendário; Sue reconhecendo Finn como um bom adversário; e, é claro, as fotos em si, que são ótimas! O episódio termina com uma performance de “This is the New Year”, e eu preciso dizer: EU AMO. Eu amo os figurinos, eu amo as cores, eu amo o filtro utilizado, eu amo a música e, apesar de muita gente discordar, eu amo essa formação do New Directions. Tínhamos bons personagens aqui que mereciam mais atenção do roteiro!

 

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