It: Welcome to Derry (It: Bem-Vindos a Derry) 1x04 – The Great Swirling Apparatus of Our Planet's Function

“What the hell do you have us chasing?”

Exibido originalmente em 16 de novembro de 2025, “The Great Swirling Apparatus of Our Planet's Function” é o quarto episódio da primeira temporada de “It: Bem-Vindos a Derry”, e é um episódio importantíssimo de origem, com o pequeno Taniel contando a LENDA DE GALLOO, uma história passada de geração a geração sobre uma criatura de milhões de anos que chegou à Terra antes mesmo dos primeiros humanos existirem… melhor do que o seu antecessor, o episódio explora mais a tensão do suspense bem construído do que o horror em si, e coloca novas peças na mesa cujos movimentos devem acontecer nas próximas semanas, e as crianças já entenderam qual é o intuito da criatura: deixá-los com medo antes de, de fato, matá-los.

Ronnie, Lily, Rich e Will correm à delegacia com as fotos que revelaram no fim do episódio anterior, esperando que possam, com elas, provar que Hank Grogan é inocente – mas as fotos parecem muito menos reveladoras do que quando foram vistas pelas crianças… apenas em uma delas o palhaço aparece, distante, quase como um deboche porque não parece significar nada. Hank segue preso, embora clame sua inocência que pode ser confirmada pelas crianças, e Charlotte Hanlon resolve ajudar: ela participava de movimentos contra a segregação e o preconceito no sul e ela sabe da arbitrariedade dessa prisão, bem como a negação de direitos básicos, e eu preciso dizer que Charlotte parece mais incrível a cada episódio! A sua postura na delegacia é impressionante!

Charlotte conversa com Hank sobre seus direitos e sobre o que está fazendo para garanti-los, mas também quer ouvir a verdade dele: onde ele estava naquela noite do massacre no cinema e por que não pode dar seu verdadeiro álibi? A história se complica quando ela descobre que ele estava com uma mulher casada e branca e, naquela época, se souberem disso… Char e Leroy discordam sobre envolver-se ou não no assunto, o que me faz lembrar daquela frase sobre escolher entre o que é certo e o que é fácil: Charlotte está escolhendo o que é certo, com todos os direitos negados a Hank por ele ser um homem negro; Leroy, por sua vez, escolhe o que é fácil. Fortíssima a cena na qual ela diz que “esse é o país que ele jurou defender e ela está tentando fazer com que valha a pena”.

Will, o filho de Leroy e Charlotte, tem uma experiência com a criatura que atormenta Derry e que ninguém parece entender de fato… ele sai para pesar com o pai e, no momento em que ele é deixado sozinho porque Leroy vai ao carro buscar novas iscas, a criatura aparece na forma carbonizada de seu pai do fundo do lago e o puxa para dentro, dizendo que “ele também vai queimar”. A experiência é assustadora para o pequeno Will, que diz ao pai que “há algo ruim em Derry”. A conversa dele com os amigos mais tarde leva todos a começarem a entender o modus operandi da Coisa: ela deixa suas presas com medo, até o momento em que as devora… alguns predadores acham a caça mais saborosa desse modo. Então, eles pensam em uma “solução”…

Inibir o medo.

A Coisa também aparece em uma sequência perturbadora que culminará na Lily tendo que lidar com consequências de algo que não fez… Marge se aproxima dela, enviada pelas nojentas Pattycakes, para vender a ideia de que “Tim Flanagan gosta dela”, para que Lily seja humilhada na frente de toda a escola ou algo assim. É triste ver a Lily toda empolgada e feliz pela primeira vez em muito tempo, e Marge quase conta a verdade, até o momento em que é atacada pela criatura de Derry: correndo desesperada pela escola, com os olhos literalmente saltando para fora, Marge tenta cortar o excesso com uma espátula e com uma serra. A sequência de sangue e horror termina com a Lily em cima da amiga para detê-la, mas não é o que parece quando todo mundo chega e ela está ali, com a espátula na mão, Marge ferida e todo aquele sangue…

E ela sabe o que parece.

Em paralelo, a trama da base e do Projeto Precept, que pretende usar a criatura que “causa medo debilitante” como arma, dá passos que parecem inicialmente tímidos, mas que acabam por revelar bastante coisa… Dick Hallorann pediu um lugar onde ele e seus companheiros pudessem ficar e que não fossem atacados pela chuva, como acontecera antes, e agora eles estão preparando um galpão abandonado como um lugar só deles – e deve ser um cenário importante eventualmente. E quando Leroy Hanlon procura o seu superior em busca de respostas sobre o que é que eles estão caçando, afinal de contas, ele é levado para assistir a um “interrogatório” conduzido por Dick Hallorann com os seus poderes… e isso é usado para contar a história da Coisa.

Dick se vê em uma memória de Taniel na qual ele é questionado sobre a tradicional história de Galloo, que todas as crianças de seu povo conhecem e são incentivadas a aprender e a repetir, para que não se perca… e isso introduz um bom flashback. Milhões de anos atrás, uma criatura chamada Galloo foi exilada dentro de uma estrela e caiu na Terra. O impacto rompeu a sua prisão, mas a criatura foi contida em um espaço da Floresta Ocidental quando um pedaço da estrela partida foi transformada em adaga. Havia, entre os povos que viviam ali e a criatura, uma espécie de “acordo”, em que o espaço de Galloo não era ultrapassado e não se caçava dentro da Floresta Ocidental e, assim, as pessoas puderem viver em razoável segurança por muito tempo…

Até a chegada dos colonizadores. Foram eles que colocaram tudo a perder: eles caçaram dentro da Floresta Ocidental e, por sua vez, foram caçados pelo Galloo que, ao devorá-los, se tornou mais forte a ponto de conseguir caçar do lado de fora. Logo, eles não estavam mais seguros na região e precisavam partir, e Seski foi uma guerreira que tentou contornar a situação. Eventualmente, os estilhaços da estrela em que Galloo chegou ao planeta, que é a única coisa que ele teme, se tornaram a solução, e desses estilhaços foi feita não uma adaga, mas uma “gaiola” – treze fragmentos sagrados foram enterrados em círculo, delimitando o limite que Galloo jamais poderia ultrapassar. É por isso que as escavações, agora, são tão perigosas

Elas podem libertar um mal contido ali há tanto tempo.

 

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