Vencer o Desamor – A denúncia de Bárbara
Parceria de Ariadna e Bárbara.
Eu preciso
dizer que eu estou preocupado com a segurança de Bárbara. Ela está angustiada
com a presença de Calixto, que inicialmente apareceu na casa dos Falcón
fingindo ser um agente imobiliário, e mais ainda agora que ela não tem ideia do que ele busca… afinal de contas, inicialmente
ela acreditava que ele podia ser o pai biológico de Gael, mas se Lupe garante
que o pai de Gael e Rommel está morto, o que Calixto quer, afinal de contas?
Depois de Calixto invadir a casa e Bárbara, Dafne, Ariadna e Gemma trabalharem
juntas para se defender, ele acabou no hospital, e Bárbara se desespera
novamente quando descobre que ele fugiu
de lá… e realmente não demora muito para que ele apareça na frente da casa dos Falcón, atacando
Bárbara em uma cena angustiante.
Bárbara é
salva, no fim das contas, por Lino – e eu devo dizer que tudo aquilo foi muito estranho, e é justamente por isso que eu temo
por Bárbara. Tudo bem que o Lino foi heroico salvando a Bárbara do Calixto e
tudo o mais, mas será que não foi heroico
demais? Alguma coisa me diz que o timing
foi perfeito demais, como se tudo tivesse sido cancelado… como se tudo fosse
uma armação para que Lino se aproximasse de Bárbara. Afinal de contas, ela
nunca tinha visto o Lino na vida, mas agora o trata como seu herói e simplesmente
“confia” nele, o que é extremamente perigoso. Também é bastante estranho e
“conveniente” quando Bárbara chega em casa, encontra Dafne dando aula de inglês
para um novo aluno, e o novo aluno é justamente Lino, o homem que “a salvou”?
Sinto que tem armação aí.
O ataque de
Calixto é perturbador e deixa Bárbara bastante abalada, entregando uma cena
surpreendente de “Vencer o Desamor”,
quando Bárbara conversa com Ariadna sobre o que aconteceu e, naqueles minutos,
elas compartilham uma parceria que deixa todas as diferenças para trás… Bárbara
até permite que Ari segure sua mão. Bárbara sente confiança o suficiente em
Ariadna para compartilhar com ela o fato de que Calixto tentou violá-la, e Ariadna também se abre sobre quando foi
atacada no estacionamento do supermercado, algo que Bárbara nem sabia que tinha
acontecido, e quando elas compartilham essa dor, é como se as brigas delas não
tivessem importância, porque isso tudo é muito maior. Foi muito bonito ver Ari
dando força a Bárbara e ver Bárbara segurando a mão de Ariadna.
Ariadna
acompanha Bárbara à delegacia para ampliar
o seu depoimento. Inicialmente, ela não quer fazer isso, porque “não
aguenta a vergonha”, e Ariadna a incentiva a denunciar e a pensar nas outras
mulheres que podem passar pelo mesmo se ela não fizer a sua parte, e Bárbara
aceita que ela tem razão e que vai fazer isso, por mais que lhe custe. A
parceria das duas é muito bonita, ainda que temporária, e “Vencer o Desamor” aproveita para tratar de questões sociais
importantíssimas, como “Vencer o Medo”
também fazia. Há certa similaridade nessa trama e na de Cristina em “Vencer o Medo”, que também demorou para
denunciar o abuso que sofreu porque sentia vergonha, medo e sabia que ainda
tinha que lidar com pessoas duvidando do
que ela dizia.
Isso também
acontece com Bárbara, e “Vencer o
Desamor” traz uma faceta nova não explorada em “Vencer o Medo”, quando o policial pergunta por que “Bárbara pensa
que Calixto queria violá-la” (a própria formulação da pergunta indica que ele duvida dela, e é desesperador), e então
o policial começa a falar sobre como “as estatísticas dizem que os abusos
acontecem mais a mulheres jovens do que a ‘mulheres maduras como ela’”. É um
desrespeito total, e um novo tipo de violência que Bárbara sofre, depois de ter
sido atacada e ter revivido o trauma para fazer a denúncia… é um absurdo e é
revoltante. Acredito que a denúncia só é registrada porque Ariadna é categórica e diz ao policial que seu
trabalho não é duvidar da vítima, e sim registrar a sua denúncia.
Para mais
postagens de “Vencer o Desamor”, clique aqui.
Para outras produções da franquia “Vencer”,
visite nossa página.

Comentários
Postar um comentário