Glee 4x10 – Glee, Actually
“Have
yourself a merry little Christmas”
Com um quê
de inspiração em “Simplesmente Amor”,
um inteligente e amado clássico natalino de 2003, “Glee, Actually” é o ESPECIAL DE NATAL da quarta temporada
de “Glee”. Exibido originalmente em
13 de dezembro de 2012, como o último episódio antes do hiatus, o episódio começa com mais uma escrita de Sue Sylvester em
seu diário – e ela não é lá uma grande entusiasta do Natal. O episódio, então,
acompanha cinco histórias separadas: Artie e as consequências do seu sonho
natalino; Kurt e uma visita inesperada em Nova York; Jake e uma viagem com o
irmão para Los Angeles; Brittany e a preparação para o Apocalipse Maia, com a
companhia de Sam; e uma história que envolve Marley, a mãe e um presente de
amigo secreto da própria Sue.
A primeira
história é, provavelmente, a melhor de todas… um pouco dramática, traumática,
exagerada, mas bem executada. Artie está se sentindo terrível depois de cair da
cadeira de rodas na neve porque esqueceram de colocar sal para torná-la menos
escorregadia, e quando ele precisa da ajuda de Finn para deitar-se na maca da
enfermaria, ele não tão secretamente deseja que nunca tivesse sofrido o acidente que o deixou na cadeira de rodas…
e, então, o seu desejo é “atendido” em sonho, mas ele se vê em uma realidade
bastante assustadora, na qual as coisas não são nada como ele se recorda. E
Rory aparece como o seu “Anjo de Natal” e seu guia, para explicar o que
aconteceu e o que não aconteceu por
ele não ter sofrido o acidente. Ele era a
“cola do glee club”.
“You were the glue of the glee, Artie. […] No glue, no glee”
Tina nunca
deixou de fingir que gaguejava ou de ser uma garota tímida. Becky não aprendeu
a se respeitar e está grávida. Finn, Puck e Ryder são babacas do time de
futebol que atormentam pessoas no corredor. Kurt sofre bullying na escola e está um ano atrasado por causa de tudo o que
viveu no segundo ano, e nunca conheceu o Blaine. O glee club não vingou, o que quer dizer que Will seguiu casado com Terry,
ela o engana com um bebê que é uma boneca e ele tem problemas demais com
bebidas para perceber a mentira. Emma se casou com Tanaka. Rachel não realizou
seus sonhos e trabalha na biblioteca. Quinn sofreu um acidente do mesmo jeito e
nunca se recuperou, por isso morreu. Artie até tenta reacender a chama do glee com “Feliz Navidad”, mas é em vão.
Ele percebe,
então, que sua realidade não é tão ruim assim.
Enquanto a
Rachel sai para um cruzeiro com os pais na época natalina, Kurt recebe a visita
surpresa de Burt, que quer garantir a perpetuação das tradições natalinas dos
Hummel, e é sempre bom ver os dois juntos, porque eles são uma dupla linda de
pai e filho… infelizmente, Burt tem que dar a Kurt a notícia de que ele está
com câncer de próstata, mas ele diz que foi descoberto cedo e as chances de
cura são de quase 100%. Na troca de presentes daquela noite, Burt diz ao filho
que o seu presente é “grande demais para caber embaixo da árvore” e lhe dá um
endereço aonde ele pode ir para “buscá-lo”, e Kurt se depara com Blaine em uma
pista de patinação, onde eles garantem outra tradição: o dueto natalino. Lindo os dois cantando “White Christmas” e patinando.
Blaine
também conta que, se tudo bem por Kurt, ele pretende se inscrever para NYADA.
Os Puckerman
também compartilham um bom momento. Jake está sendo provocado por babacas na
escola por causa daquela história toda de “não pertencer” e se metendo em
encrenca nos corredores, e Puck resolve levar o caçula para Los Angeles, onde
ele vende a ideia de uma vida incrível,
trabalhando em um estúdio de cinema e morando em uma casona – e eu gosto muito
da performance de “Oh Hanukkah”: os
cenários, as cores, a beleza e o talento do Jake… no fim das contas, a vida de
Puck não está tão perfeita assim, e
Jake o convida a retornar para Lima, Ohio com ele, talvez eles possam iniciar
umas tradições natalinas e formar uma família inesperada… eles saem para jantar
com as duas mães no Breadstix, o que pode ser caótico, mas acaba dando certo.
Brittany,
que acredita no Apocalipse Maia de 2012, gasta todas as suas economias nos
presentes mais absurdos para todos os seus amigos, e o Sam a procura para dizer
que ele também acredita que o mundo está
para acabar… então, eles resolvem viver tudo intensamente, dizendo verdades
para as pessoas ao seu redor, interpretando músicas natalinas com alguns dias
de antecedência – Sam está ótimo em “Jingle
Bell Rock” –, e se casando… felizmente, a cerimônia é “oficializada” por
Beiste, que não tem nenhuma autoridade para “realizar um casamento maia”, mas
sabia que precisava entrar nisso para impedir que eles fizessem uma besteira…
me diverti com aquela coisa de “o mundo acaba em 3 dias”, seguido do “4 dias
depois”.
Por fim,
temos a história de Sue, Millie e Marley. Sue Sylvester tira o nome da mãe de Marley
no amigo secreto entre os funcionários e fica pensando no que pode comprar para
ela, então ela acaba surpreendendo uma conversa de mãe e filha na qual Millie
reforça para Marley o pedido de que elas
não troquem presentes naquele ano… todo o dinheiro que gastariam com isso
vai ir para a terapia de Marley, que está vendo um especialista em distúrbios
alimentares, mas Marley fica um pouco triste e um pouco culpada pelo fato de eles não terem nem uma árvore… a
prioridade, no entanto, é a Marley e que ela esteja bem. Sue se comove ouvindo
toda a história e vendo o abraço das duas, então ela resolve fazer alguma coisa
enquanto Marley canta “The First Nöel”.
Sue vende
uma árvore caríssima que tinha cortado para pendurar enfeites (!) e usa o
dinheiro para invadir a casa de Marley e Millie (!) e deixar seus presentes:
uma árvore decorada, um suéter e 800 dólares em uma meia de Natal, e é muito
fofo, no fim das contas… Millie consegue descobrir que foi a Sue por trás disso
tudo e tenta devolver o dinheiro, mas no fim ela realmente precisa dele e a Sue está
dando de coração. Me diverti com a reação da Sue quando a Millie diz que “a
Marley também quer agradecer”, e Sue faz uma descrição inesperadamente certeira de como seria esse
“agradecimento”. “Have Yourself a Merry
Little Christmas” é linda, as reações de Sue passam do hilário ao
emocionante, e podemos ver também conclusões e momentos de outras histórias…
Para mais
postagens da minha revisita a “Glee”,
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Essa primeira parte do episódio acho que é inspirada em "A Felicidade Não Se Compra" de 1946. Filmado em preto e branco, mas um dos filmes natalinos que mais gostei depois de adulta, vale a pena 🎅🏼🎄
ResponderExcluirO filme é sobre um homem bondoso que entra em apuros depois de ajudar tanta gente ao longo da vida e tenta "se desviver" num rio na véspera de Natal, mas é socorrido por um anjo que mostra pra ele como seria a realidade se o homem nunca tivesse nascido (O filme tem um quê de comédia tbm, pq o anjo é um alívio cômico que tentar salvar o homem em troca de ganhar asas, etc)
ExcluirEu nunca assisti a esse filme, mas vou pesquisar a respeito! Talvez ainda dê tempo de eu encaixar na agenda para ver e escrever para o Natal (se não der, fica para o próximo ano hahahaha)
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