Young Sheldon 4x17 – A Black Hole

“We often regret the things we don’t say”

Tão bom quanto o 15º episódio, “A Black Hole” é certamente um dos melhores episódios dessa temporada – provavelmente um dos melhores episódios da série. “Young Sheldon” tem conseguido contar histórias interessantes e juntar os núcleos de forma eficaz, e esse episódio é mais uma prova disso, colocando toda a família reunida durante o jantar para falar de ciência… do jeitinho especial de cada um, mas é uma noite especial. Tivemos algumas das melhores piadas e dos melhores momentos de “Young Sheldon”, e é impressionante como a série vem conseguindo agregar momentos de emoção pura aos episódios, mesmo quando eles estão sendo muito engraçados – “A Black Hole” me fez rir, mas dois momentos foram muito emocionantes e quase me fizeram chorar: a família se despedindo e, novamente, a narração do Sheldon adulto perto do final.

O episódio começa com o retorno de John Sturgis, e eu devo dizer: ele precisa ficar na cidade e ficar na série, ele está fazendo muita falta – e se isso significar que não veremos mais o Dale, melhor ainda! A química entre Sturgis e Connie é fantástica, e isso guia uma boa parte do episódio. Sturgis aparece na casa de Connie de surpresa e, enquanto conversam, ele conta que está de volta porque perdeu o seu emprego. É cruel e triste, mas é hilário o motivo: porque, ao dar uma entrevista sobre o seu projeto, ele foi questionado sobre a possibilidade de acontecer como Chernobyl, e ele fala que o máximo que o supercollider poderia fazer era gerar um buraco negro que eventualmente consumiria toda a Terra. É HILÁRIA A INOCÊNCIA COM QUE ELE DIZ ISSO. Claro que ele gera pânico e acaba sendo afastado do projeto, então ele está de volta à cidade.

John Sturgis tem 72 anos, perdeu o seu “emprego dos sonhos”, e está decidindo o que fazer da vida – talvez se afastar da ciência, tentar coisas novas, e Connie está uma fofa se preocupando com ele. Especialmente quando, ao invés de voltar a trabalhar na faculdade em que trabalhava (Sheldon consegue que um telefonema para ele, mas ele recusa o convite), ele resolve trabalhar empacotando compras no mercado… quando Mary o vê lá, ela o chama para um jantar na casa dos Cooper no fim de semana, e é aí que o episódio fica MEMORÁVEL. Porque os jantares da família Cooper sempre rendem ótimos momentos (nesse episódio fiquei percebendo o quanto Missy e Georgie cresceram desde o início de “Young Sheldon” e é assombroso; me pergunto como eles estarão lá na 7ª temporada, já confirmada), mas quando eles falam sobre buracos negros

A conversa rende momentos épicos. O primeiro deles é quando eles imaginam o que aconteceria se o projeto do Dr. Sturgis realmente gerasse um buraco negro, e é um momento bastante emocionante. Eles ouvem a sirene de emergência soar, ligam a TV para ver o que está acontecendo, e percebem que um buraco negro vai consumir tudo e não há nada que eles possam fazer para impedir isso de acontecer… então, cada um lida com isso de uma maneira (Mary querendo rezar, Georgie querendo beber uma cerveja…), mas, ao mesmo tempo, como uma família. São momentos lindos quando a Missy abraça o pai e ele a acolhe, ou quando o Sheldon abraça a mãe, como o garoto assustado que, no fim das contas, é o que ele é. Também amei a Connie dizendo que amava todos eles, George dizendo que se orgulhava dos filhos, Georgie pedindo desculpas ao pai pelas vezes que é difícil…

GENTE, QUE CENA MAIS BONITA.

Então retornamos para a mesa de jantar. Essa é apenas uma das possibilidades. Sturgis e Sheldon acabam chegando à teoria de que o buraco negro abriria uma passagem para universos alternativos (EU AMO ESSA TEORIA!), e então eles começam a discutir como seria um universo paralelo, e esse é um dos momentos mais DIVERTIDOS do episódio. Se o primeiro foi emocionante, o segundo é divertido. Destaque, é claro, para a Missy e o Sheldon de papeis invertidos, tanto no figurino quanto na postura, na forma de falar… Missy é a inteligente, enquanto Sheldon é “o único normal da família”, e aquilo ficou hilário. Mas se Sheldon e Missy foram incríveis, Mary foi um espetáculo à parte. Nesse “universo paralelo”, George é um pastor e Mary é mais ou menos uma versão mais jovem de Connie, e ela estava HILÁRIA (e linda) com aquele vestido vermelho provocante, cabelão…

GENTE, EU RI MUITO COM AQUELA MARY, QUE SENSACIONAL!

Por fim, Sheldon também fala sobre a possibilidade de gêmeos, e aqui é o momento em que Missy se diverte, imaginando como seria uma conversa/briga entre Sheldon 1 e Sheldon 2 e, bem… o início seria exatamente como a Missy imaginou mesmo. Eventualmente ela faz com que eles saiam na porrada porque é divertido para ela pensar nisso, e essa parte provavelmente nunca aconteceria, mas o restante foi muito apurado, na verdade! Sinceramente, o episódio me deixou com a sensação de que ele merecia mais do que os 18 minutos habituais de um episódio de “Young Sheldon”. Eu poderia continuar naquela conversa por HORAS, eu poderia ver um episódio inteiro focado no “fim do mundo” da primeira possibilidade ou no “universo paralelo” da segunda possibilidade. Mas acho que o episódio faz o que todo episódio bom deve fazer: nos deixar com vontade de mais.

O encerramento do episódio é muito bonitinho e traz momentos bacanas… dentre eles, os momentos de Sturgis e Connie enquanto ele caminha com ela até em casa (do outro lado da rua, você sabe), e percebemos o quanto eles ainda se importam um com o outro – eu não sei se um dia eles voltarão a ficar juntos, mas eu sei que eles são incríveis e que eu adoraria isso. De qualquer maneira, é uma amizade linda e eu espero ver mais dos dois. Outro momento muito marcante foi o segundo momento do episódio que me emocionou muito, que é a narração de Jim Parsons falando sobre como às vezes nos arrependemos das coisas que não dizemos, e ele fala sobre como gostaria de ter dito mais ao pai quando ele ainda estava aqui… como o amava, por exemplo. Por isso, ele se sente grato pelos poucos momentos em que disse como se sentia, e vemos o pequeno Sheldon dizendo ao George, de um jeito bem fofo, que “aquela noite foi divertida”.

É algo grandioso para aquele Sheldon. É uma demonstração de carinho linda que George sabe apreciar. QUE MOMENTO MAIS EMOCIONANTE! “Young Sheldon” ainda nos fará chorar muito nas próximas (pelo menos) três temporadas que temos pela frente.

 

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