Turma da Mônica Jovem (2ª Série, Edição Nº 42) – Brigada do Limoeiro

Transformar o medo em coragem.

Não é o tipo de edição da “Turma da Mônica Jovem” que me empolga… eu já comentei isso várias vezes e em várias edições diferentes, mas às vezes a publicação assume um tom excessivamente didático que se torna cansativo de se ler. É interessante conhecer um pouquinho do trabalho dos bombeiros e valorizá-los? É sim. Agora, fazer uma edição todinha sobre isso pode ser um exagero. É como se a “Turma da Mônica Jovem” esquecesse que, em primeiro lugar, estamos aqui para nos divertir, para ver uma aventura ou qualquer coisa assim… a parte didática devia estar mais intrínseca à história, e não simplesmente tomando o seu lugar. “Brigada do Limoeiro” me parece muito com uma edição que poderia estar no “Chico Bento Moço” depois de a revista ter perdido a graça e aquele tom sério e maduro que tinha quando começou.

A história começa quando o Cascão e o Xaveco (que ganha um pouquinho de destaque nessa edição, seja na sua interação com o Cascão, seja sendo escolhido para grupos ou saindo correndo toda vez que vê a Denise e o Jeremias se beijando) ficam presos no elevador da escola, e então eles são resgatados por um bombeiro civil que é funcionário da escola e que eles nem sabiam… Xaveco só conseguiu sentir medo o tempo todo, mas o Cascão ficou fascinado. Tanto que ele chega a fazer pesquisas, entender um pouco mais sobre a profissão e cogitar, quem sabe, um futuro como bombeiro – mesmo que isso envolva mexer com água. É bacana ver o Cascão empolgado assim com algo e tomando a dianteira de uma edição, e o Professor Sérgio também aproveita a empolgação dos alunos com o acontecido para levá-los a uma aula diferente.

Os alunos do Colégio do Limoeiro acabam passando um dia com os bombeiros, aprendendo tudo sobre a profissão, sobre a diferença entre bombeiros civis e bombeiros militares e, é claro, fazendo alguns testes e aprendendo algumas coisas. Até que é uma sequência bacaninha, mas não realmente empolgante, porque é tudo uma aula, e nós nos sentimos exatamente como se fôssemos um dos alunos… sei lá, é aquela coisa de quando a “Turma da Mônica Jovem” se torna demonstrativa demais e esquece de contar uma história… surpreendentemente, eu acho que os melhores momentos da edição ficaram com o Xaveco: eu me diverti, por exemplo, com a sequência dele ficando emocionado ao ser chamado para fazer parte do grupo de Cascão e Cebola, e me diverti com as piadas dele lá dentro, por mais infantis que pudessem ser… foi a melhor parte da edição.

No fim, depois de um dia de treinamento, a turma acaba na Mansão 179 para prepararem os cenários de uma apresentação da Isa, conforme tinham prometido, e então eles acabam precisando colocar em prática tudo o que aprenderam durante o dia. Isso porque as fiações da Mansão 179 são muito velhas e uma tempestade ataca o Limoeiro naquela noite, então eles acabam ficando sem luz, acabam ouvindo umas explosões, e a casa começa a pegar fogo… Cascão e a turma conseguem conter um pouco do avanço do fogo (com direito ao Cascão tendo que enfrentar o seu medo de água para fazer o que precisava ser feito) até a chegada dos profissionais que podem colocar fim, de vez, no incêndio. A edição deixa a desejar em questão de roteiro, infelizmente. Vamos ver o que a Edição 43 tem para nos oferecer em relação a isso, né?

 

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